31. Caminho sem volta

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O desejo que sentia por Edward era incontrolável. Por mais que o odiasse, não podia negar que sua pele ansiava pelo toque dele, seu cheiro era inebriante.

Edward levantou sua blusa em busca do seio intumescido e ela não fez qualquer oposição. Aquela boca quente repousou em um de seus mamilos e ela gemeu, contorcendo o corpo de prazer. Sem saber como, acabaram no banco de trás do carro, totalmente entregues ao desejo avassalador que os consumia. Lynn estava com a saia erguida e sem blusa. Edward estava com o rosto no meio de suas pernas estimulando-a de forma selvagem como nunca havia feito antes.

Lynn percebeu o quanto precisava daquela relação. Pela primeira vez em vários anos, sentia toda sua sexualidade aflorando e desejava ser penetrada com força e paixão. Edward ergueu o corpo e a beijou, deixando-a em êxtase ao acariciar seu sexo latejante com os dedos. Lynn buscou o membro de Edward dentro das calças, sentindo-o rígido e úmido. Não estava mais agüentando a excitação e ela mesma posicionou o membro dele entre as coxas e começou a empurrá-lo para dentro de si. Edward afastou a mão de Lynn delicadamente e penetrou-a como nos velhos tempos em que faziam sexo no celeiro ou na cozinha, muito rápido e forte. Lynn arqueava as costas, elevando os quadris a cada estocada, fazendo Edward gemer. A respiração dele em seu pescoço provocava arrepios por todo seu corpo. Não demorou muito para que Lynn chegasse ao clímax, mordendo o ombro dele com força enquanto seu corpo estremecia com os espasmos do orgasmo intenso, e logo em seguida Edward, gemendo vigorosamente em cima dela, enterrando os dedos em seus quadris.

Ficaram refestelados na mesma posição por alguns minutos, até que o calor dentro do carro ficou insuportável, obrigando-os a se arrumar e sair.

- Bem... Eu já vou indo, Edward - disse Lynn, ofegante, enfiando a alça da bolsa no ombro e alisando a saia, numa tentativa inútil de desamassá-la. Não sabia bem como agir depois desse breve momento de cegueira.

- Obrigado por permitir que Ceci viesse aqui hoje, fora do dia estipulado - disse Edward, ajeitando os cabelos, sem saber exatamente o que dizer.

Lynn ficou aliviada por ele estar agindo como se nada tivesse acontecido entre eles. Se Edward voltasse a falar de amor, estaria perdida, pois em nenhum momento cogitara a hipótese de se separar de Paul e voltar com ele, embora aquele momento de intimidade houvesse reavivado todos os seus sentimentos mais íntimos em relação à Edward.

- Adeus - disse Lynn.

- Até logo - volveu Edward.

Lynn parou o carro na garagem de casa e deitou a cabeça sobre o volante. Sentia-se úmida ao pensar no que ocorrera poucos minutos atrás. Ainda permaneceu na mesma posição durante um tempo, até que um dos seguranças se aproximou e bateu no vidro suavemente, perguntando se ela estava passando mal. Dizendo que não, ela saltou do veículo e entrou na mansão. Paul ainda não retornara e Ceci estava na escola. Novamente sentiu-se sozinha. Subiu para o quarto e tomou um longo banho na banheira de hidromassagem.

Sem ter o que fazer, num dos raros momentos de folga, Lynn se deitou e recomeçou a ler um livro. Entediada com a leitura, ligou a TV e pegou no sono depois de meia-hora.

Ceci entrou no quarto da mãe, sorrateira. Ela estava dormindo. Parecia um anjo. A garota admirou a mãe por um momento, ajoelhada no chão com a cabeça apoiada no final da cama. Os cachos dourados se esparramavam pelo travesseiro feito uma pintura a óleo. Os longos cílios castanhos se sobrepunham ao tom alvo da pele, onde discretas sardas salpicavam o nariz e as bochechas. Ceci abriu um sorriso afetuoso. Sua mãe era a mulher mais linda no mundo inteiro. Largando a mochila no chão e tirando os sapatos, ela deitou ao lado de Lynn e a abraçou sorridente, sentindo o perfume delicioso da mãe.

- Oi, meu amor... – disse Lynn abrindo os olhos e apertando a menina contra o peito – Como foi a aula?

- Foi ótima, mamãe! – exclamou ela passando os dedinhos pelas mechas loiras emoldurando o rosto angelical – Daqui a duas semanas vai haver uma Feira da Renascença.

- Que legal, Ceci.

- Nós vamos fantasiados com as roupas da época - contou com empolgação, fazendo cafuné na mãe.

As duas ficaram discutindo o assunto durante o banho de Ceci e o jantar. Lynn colocou-a para dormir, deitando-se ao seu lado na cama de solteiro enquanto contava uma história cheia de fadas e princesas, antes de ir para o próprio quarto.

Durante a noite sonhou com Edward e acordou com a roupa de baixo ensopada.

Garota Ingênua [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora