32. Como nos velhos tempos

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Ceci apertou a campainha ansiosa. Depois de dois toques, Edward desceu correndo para abrir a porta. Surpreso, abriu um sorriso e deixou Ceci e Lynn entrarem. Ceci abraçou-o e beijou-o, eufórica.

- Oi, Edward... – disse Lynn com o rosto corado.

- O-oi... – gaguejou ele em resposta. Era estranho encontrar Lynn depois do que fizeram, especialmente porque ela mesma parecia bem constrangida.

- Papai, nós vamos almoçar juntos hoje de novo! –  exclamou Ceci agarrando-se ao pescoço dele.

Os três saíram com o carro de Lynn e foram almoçar no restaurante de um conhecido dela. Durante o almoço Ceci conversava animadamente com os pais, que trocavam olhares envergonhados.

Lynn sentia o corpo pegando fogo a cada toque de Edward, ainda que acidental, não conseguia olhar em seus olhos. Ansiava pelo seu toque, seu calor.

Edward, do outro lado da mesa, tentava se concentrar no que a filha dizia, lutando contra os pensamentos sobre Lynn. Tinha certeza que a cena do dia anterior se repetiria e isso o estava enlouquecendo. Finalmente deu a hora de levarem Ceci à escola.

Os três se levantaram, Edward fez questão de pagar a conta, segurando a mão de Lynn quando ela estendeu o cartão de crédito ao garçom. O simples toque das mãos fez com que uma corrente elétrica percorresse o corpo de Lynn de ponta a ponta.

Ela suava dentro do vestido bege. Cada vez que Edward encostava nela, ela se segurava para não gemer. Aquilo era uma tortura, nenhum dos dois aguentava mais. Deixaram Ceci na escola, se despedindo carinhosamente. A garota sorria, incrivelmente contente por finalmente estarem no mesmo ambiente sem ninguém brigar.

Os dois entraram no carro e fizeram o percurso em silêncio. Lynn se concentrava na direção e Edward tamborilava os dedos na coxa.

Mal estacionaram o carro e Lynn pulou para cima dele enquanto a porta da garagem ainda estava se fechando.

Os urros de prazer enchiam a garagem fechada. Os vidros, há muito, haviam embaçado. Lynn sentou no colo dele levantando a saia do vestido e afastando a calcinha, ao mesmo tempo em que ele abria o zíper da calça e expunha o membro rígido ansiando por ela desesperadamente. Edward beijou-a com violência, fazendo brotar um pouco de sangue em seus lábios rosados, mas não tinha a menor importância para Lynn, a dor se misturava ao prazer alucinadamente. Ela estava tão úmida que ele deslizou para dentro de uma só vez. Edward segurou sua cintura, conduzindo-a para cima e para baixo sobre seu pênis. O veículo balançava com os movimentos deles. Lynn entrelaçou os dedos nos cabelos dele, forçando sua cabeça para trás, fitando-o intensamente enquanto mexia os quadris. Os gritos dela saiam entrecortados, contra a sua vontade. Edward apertou-a contra si ainda mais, marcando sua pele alva. Faziam sexo com desespero, os movimentos se aceleravam a cada batida do coração. Lynn fechou os olhos e encostou a testa à dele, estremecendo. O orgasmo sacudiu todo o seu corpo, intensificando-se quando sentiu Edward se contraindo sob ela, gemendo descontroladamente.

Depois de chegarem juntos ao êxtase, se afastaram desajeitadamente e saíram do carro, sentindo o constrangimento recair sobre eles mais uma vez.

- Não quer entrar... Pra... Tomar um banho, sei lá... - sugeriu Edward.

- Ah... claro - disse Lynn, com o olhar baixo.

Os dois entraram na casa pela porta de acesso da garagem e Edward guiou Lynn até o banheiro.

- Fique a vontade - disse, sem jeito.

- Obrigada.

Edward fechou a porta e se retirou.

Lynn se recostou na porta por um momento, respirando fundo. Aquilo era uma loucura. Ela estava enlouquecendo! Tirou o vestido amarrotado e a roupa de baixo melada e apoiou-os na bancada de  mármore. O líquido quente escorria entre as suas pernas.

Ela ligou o chuveiro depois de prender o cabelo no alto da cabeça e tomou uma ducha rápida. Usou o  sabonete de Edward, identificando o cheiro que o corpo dele exalava. Olhou-se no espelho depois de sair do banho e notou o lábio machucado e as marcas vermelhas nos quadris e no tórax. Lynn se enrolou na toalha de Edward,  inebriada com o cheiro dele impregnado em seu corpo.

Abriu a porta e viu que Edward tomara banho no banheiro social e estava entrando no quarto com uma toalha enrolada na cintura. Ela perdeu o fôlego quando seus olhos encontraram os dele e sentiu o fogo lambendo-a entre as pernas novamente. Lynn lançou um olhar quente, quase doloroso, na direção dele.

Igualmente excitado, Edward avançou em direção ao  banheiro e, beijando-a, fez com que Lynn sentasse na bancada, arrancando a toalha de seu corpo com violência. Penetrou-a com a mesma intensidade e força de poucos minutos atrás. O desejo cegava-os de tão voraz. Os dois gritavam inconscientes de o estarem fazendo. Edward carregou-a até o box e ligou o chuveiro gelado em cima deles. Lynn enterrou as unhas nas costas dele, arranhando-o e fazendo-o sangrar, enlaçando-o com as pernas. Ela gozou e logo depois Edward também.

Ainda ficaram naquela posição ofegando durante  alguns segundos, sentindo as batidas dos corações descontrolados. Edward colocou-a de pé com delicadeza, ensaboando-a em seguida. Lynn mal tinha força nas pernas, seu corpo estava pesado mas ela se sentia nas nuvens.

Depois do banho, entrou no vestido depressa e guardou a calcinha na bolsa. Edward acompanhou-a  até a garagem, onde ela pegou o carro e foi embora apressada.

As três semanas seguintes voaram, recheadas por encontros diários entre Lynn e Edward com a desculpa de levar Ceci à escola.

Depois iam para a casa de Edward e saciavam os prazeres que os atormentavam durante o dia. A agenda de Lynn ficara extremamente apertada naquele mês, pois ela tirara as tardes de folga   praticamente todos os dias, deixando-a com trabalho dobrado nos finais de semana. A segunda feira era o dia mais violento para os dois, pois era quando se  encontravam depois de passarem dois dias longe um do outro.

*

Paul chegou de viagem numa  sexta a noite e esbarrou em Lynn, que chegara exatamente ao  mesmo tempo.

- Oi, meu amor - disse Paul indo abraçá-la.

- Paul! - exclamou ela com surpresa por encontrá-lo em casa. Suas bochechas coraram instantaneamente, parecendo agitada e hesitante.

Ele a beijou sentindo um gosto estranho nos lábios dela.

- Sua boca está com um gosto esquisito - observou ele esfregando os lábios com o cenho franzido.

- É que eu ainda não comi nada... – justificou ela.

Paul olhou-a sentindo que algo estava errado, mas não disse mais nada. Abraçou Ceci que apareceu nas escadas gritando de alegria, catou as malas e subiu para o quarto. Lynn esperou que ele tomasse banho.

- Que foi, meu bem? Qual é o problema? -  indagou Paul enlaçando a cintura dela. Era fácil ver que algo a estava incomodando, mas ele sabia que era difícil para Lynn se abrir as vezes.

Ele beijou o pescoço dela e Lynn empurrou-o suavemente virando o rosto para o lado quando ele tentou beijá-la.

- Eu preciso de um banho... Não estou me sentindo muito bem... Estou com dor de cabeça - justificou ela, desvencilhando-se dele com delicadeza.

Paul afastou-se enrolado na toalha e foi se vestir,  contrafeito com as atitudes de Lynn. Os últimos meses estavam se arrastando lentamente em direção a um enorme vazio. Ele se sentia assim todos os dias e não sabia como conversar a respeito com ninguém.

Garota Ingênua [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora