Por mais que tentasse, Lynn não conseguiu ficar na sala por mais de dez minutos. Edward parecia ter um ímã que a atraía para perto dele. Sua razão lhe dizia para ficar na sala com Ceci, mas seu corpo queria ir para a cozinha e estar perto dele. Se não tivesse saído do apartamento de Edward, não precisaria ficar angustiada daquele jeito, sem saber que desculpa dar para poder voltar para lá.
- Edward... - "precisamos conversar", pensou Lynn apreensiva sobre qual a melhor maneira de pedir permissão para voltar ao apartamento dele sem parecer que ela precisava de Edward mais do que tudo em sua vida.
Ele já havia dado um jeito de cobrir o rombo da janela, mas a cozinha estava muito fria. Lynn estremeceu e pediu para que ele voltasse logo para a sala.
- ... será que você faria a gentileza de acender a lareira? Estou congelando... – gaguejou ela nervosa.
- Claro, agora mesmo – assentiu Edward placidamente, um pouco desconsertado com a suavidade das palavras dela.
- Edward, obrigada por vir aqui hoje – murmurou Lynn insegura. Seu coração batia aceleradamente.
Ele a olhou com uma expressão melancólica, mas não falou nada. Caminharam em silêncio até a sala. Edward acendeu a lareira sem dificuldade alguma e deitou-se no tapete grosso e macio. Estava exausto. Os últimos acontecimentos o haviam deixado esgotado emocionalmente e necessitava muito auto-controle para não passear furtivamente pelo bar da casa de Lynn em busca de um refúgio na bebida. Mas aquilo agora estava fora de cogitação, nunca mais seria um mau exemplo para seus filhos, jurou que a bebida nunca mais seria um problema para ele nos tribunais, caso precisasse lutar por esta segunda criança, novamente. De Elizabeth Parker podia-se esperar qualquer coisa.
Lynn estava sentada numa poltrona, observando Edward deitado. O passado soprava carícias quentes em sua memória, sempre o achara lindo, desde a primeira vez em que seus olhos encontraram os dele. Riu de si mesma pela primeira vez, ao constatar que o mesmo sangue que a mantinha viva também circulava pelo corpo do único homem no mundo capaz de lhe satisfazer, como se esse encaixe perfeito, a natureza idêntica só fosse possível por causa do DNA.
Lynn balançou a cabeça, o sono da gravidez era delirante. Ela estava se segurando para não ir até lá, deitar ao seu lado, se aconchegar. Era orgulhosa demais para tal.
- Lynn... Quer deitar aqui? Para relaxar um pouco? – sugeriu Edward ansiando que ela aceitasse, mas sem querer parecer muito desejoso.
- Não sei... - "por favor, insista, insista", pensou Lynn.
- Como quiser, então – resmungou ele. Não iria insistir. A relação dos dois estava conturbada demais e ele não queria irritá-la.
Lynn se decepcionou por Edward não ter insistido e também porque perdera a chance de deitar-se na frente do calor da lareira.
A chuva começara a ficar forte novamente, num instante os vidros começaram a bater e um relâmpago ecoou pela sala, fazendo com que Lynn desse um salto da poltrona direto para os braços de Edward no tapete. O contato fez um calor percorrer os corpos deles avidamente.
Ele a envolveu nos braços, acariciando seus cabelos. Aos poucos, as mãos delicadas foram soltando lentamente seu suéter, na medida em que Lynn ia se acalmando. Ela aconchegou-se mais no peito de Edward, que começou a ficar cada vez mais excitado com o roçar dos seios e das pernas dela em seu corpo. Ousou colocar uma das mãos dentro do robe de Lynn em busca do seio delicado. Lynn não se opôs, pois queria Edward naquele momento, precisava senti-lo dentro de si, precisava beijá-lo. Ela procurou a boca dele e o beijou desesperadamente, se aninhando sobre ele como uma gatinha em busca do carinho do dono.
Lynn sentou-se sobre ele e desamarrou o robe, deixando que a brancura da pele fosse substituída pela cor alaranjada do fogo proveniente da lareira. Tirou o suéter de Edward, beijando-lhe o peito e o pescoço, mordendo sua orelha, a boca novamente... Ele inverteu a posição e deitou-se com cuidado sobre ela, beijando-lhe todo o corpo da cabeça até o pé, detendo-se demoradamente no meio das pernas dela, que se contorcia e gemia baixinho para não acordar Ceci, que havia sido colocada adormecida no quarto de hóspedes a uma porta de distância quando a tempestade cedeu um pouco.
- Lynn... não devemos por causa do bebê... - sussurrou Edward com uma expressão angustiada.
- Não vai acontecer nada... eu prometo... por favor... venha, Edward... venha agora! Eu te quero...
Edward não podia negar aquele pedido, pois estava explodindo de paixão e desejo por Lynn. Passou a mão pela barriga dela ternamente, depois inclinou-se um pouco mais e beijou-lhe o ventre. O toque úmido e quente dos lábios dele fez com que ela estremecesse de prazer. Era como voltar atrás no tempo, para um dia muito distante, quando todas as mágoas e dores não existiam. Edward livrou-se das calças e da cueca e encaixou lentamente seu membro dentro dela, penetrando-a com carinho e cuidado, tentando fazer o mínimo de ruído possível. Beijou os lábios entreabertos de prazer que Lynn lhe oferecia. Não queria que aquele momento acabasse nunca, queria tê-la para sempre, a amava desesperadamente. Ele esperou que ela atingisse o clímax e depois relaxou, deixando todo seu amor inundá-la.
Adormeceram abraçados em frente à lareira, embalados pela satisfação sexual obtida há poucos instantes.
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Garota Ingênua [COMPLETA]
RomansaLEIA A SINOPSE APÓS O AVISO: Se você estiver lendo esta história em qualquer outra plataforma que não seja o Wattpad, provavelmente está correndo o risco de sofrer um ataque virtual (malware e vírus). Se você deseja ler esta história em seu formulár...