Capítulo 10

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A primeira coisa que vejo quando acordo é o mármore branco do teto

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A primeira coisa que vejo quando acordo é o mármore branco do teto.

Meus pensamentos estão uma completa desordem, e, por alguns minutos apenas fico olhando para cima.

Meu lar... Meu lar tinha sido tomado novamente. Muitos feéricos agora estavam mortos... Minha família e os outros sobreviveram por pouco.

Fecho os olhos com força, não posso continuar pensando nisso, tenho que me concentrar. Pedir ajuda para Taryn é essencial.

Faço um esforço para sentar na cama, trinco os dentes no processo. Tudo dói, parece que fui atingida por algo muito forte. Se bem que, devo ter sido separada do meu corpo por alguns minutos, eu difinitivamente não tinha uma forma definida ao cair pelos mundos.

Mas por quanto tempo fiquei desacordada? Será que consegui chegar em Prythian? E se eu consegui, como? O que era aquela corda...

Então eu sinto.

Sinto aquela corda, não. Não uma corda. Um laço... Um laço brilhando  como a luz de mil sóis dentro de mim. Uma energia tão pura, tão bonita que se liga a outra pessoa.

Solto um gritinho me remexendo inquieta, acabo por cair de bunda no chão.

Por Mala! Isso é um laço de parceria. Um laço de parceria! Por que isso se formou? Não faz o menor sentido, não agora que Orynth está destruída. Tudo o que eu menos preciso é um parceiro.

Coloco as mãos no rosto, respirando fundo.

Preciso ser racional, é só um laço de parceria, não muda muita coisa. O que eu devo pensar agora é em como salvar Terrasen, e talvez toda Erilea...

Meu parceiro é de outro mundo?! Com certeza não pode piorar.

Não. Na verdade sempre pode.

Uma batida na porta me tira dos meus devaneios, encaro por cima da cama enquanto ela abre e a imagem de Taryn se revela.

Solto o ar que nem percebi que estava prendendo. Graças a Mala eu não fui parar no mundo errado, na verdade graças a esse laço de parceria.

— Serina? — Taryn chama com a voz preocupada.

— Aqui — ergo a mão como um sinal, então me levanto.

— O que você estava fazendo no chão? — ela se aproxima.

— Aparentemente o chão me faz pensar melhor — tento soar engraçada, mas é em vão.

A fêmea me lança um meio sorriso. A encaro, de algum modo vejo que mudou, não é a pessoa que conheci dois anos antes, seu rosto obteu um ar mais maduro, o cabelo está nos ombros e sua áurea parece brilhar. Taryn agora ofusca a visão.

— Por quanto tempo dormi? — perguntei sentando na cama.

— Três dias — responde encostando na parede com os braços cruzados.

Corte de Chamas e Luz Estelar  𝙖𝙘𝙤𝙩𝙖𝙧 + 𝙩𝙤𝙜Onde histórias criam vida. Descubra agora