Capítulo 42

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Já faz cinco dias desde que a guerra começou, perdemos em torno de quatrocentos soldados, e não parece ter fim

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Já faz cinco dias desde que a guerra começou, perdemos em torno de quatrocentos soldados, e não parece ter fim. Os números aumentam diariamente, estamos ficando esgotados.

Lumiere não deu nenhum sinal de vida sequer, se continuar assim teremos que ir atrás dele, com todos os riscos. Não podemos mais prolongar essa luta.

Não sofri danos sérios, nem os outros. Mas, infelizmente, Torria Ashryver não conseguiu sobreviver ao ferimento de batalha. Um golpe terrível a Gavril e os irmãos, a Serina e sua família, todos eram muito próximos.

Mesmo de luto, continuam batalhando. Continuam lutando pelos que se foram.

Esquivo de um golpe do inimigo, depois o apunhalo, ele cai no chão. Não sei quando parei de me importar, não sei quando se tornaram apenas números, não vidas. Me sinto horrível por pensar assim.

O sol da tarde já paira pelo o horizonte. Estreito os olhos ao ver algo bem famíliar.

Outro portal sendo aberto em um morro alto, quase imperceptível pela luz certeira. Alguém inclina um pouco um instrumento inusitado.

Parece com algo que já me falaram. É alto, de formato cilíndrico, meio curvado. Reviro minhas memórias mais afundo.

Parece muito com a torre... Congelo.

Serina avisou que Lumiere têm armas que podem dizimar qualquer coisa. E se for a que estou pensando...

Atravesso até o local. Vou andando sorrateiramente entre as árvores, paro a uma distância que dê para ouvir os dois feéricos ao lado do aparelho conversarem. Vejo agora que o instrumento segura um espelho gigantesco.

— Já estão trazendo as bruxas? — o macho de cabelos castanhos pergunta.

— Não — o outro de pele verde responde. E recita palavras que não compreendo. — Só chegarão perto do anoitecer, mas por enquanto isso vai ajudar a não sermos identificados — complementa, a arma ficando invisível.

— Quando as bruxas fizerem a Renúncia, será o fim deles — diz.

— E de metade do nosso exército — pregueja o outro. — O rei não se importa com nenhum de nós.

— É óbvio — balança a cabeça. — Mas quanto mais cedo isso acabar, mais vidas do nosso povo serão poupadas — de repente me sinto mal, eles só querem salvar seus companheiros.

Mas eu também quero salvar os meus. E farei o que for preciso.

Não há dúvidas, o instrumento é uma Torre de Bruxa. Aelin contou que usaram isso na guerra passada de Erilea, e destruiu metade dos seus aliados.

Trinco os dentes, aflito. Sinto o cheiro de magia vindo daquilo, deve ter muitas proteções para não ser quebrado. Não consigo sozinho.

Vão para a tenda de reuniões, tenho notícias, e não são boas. Aviso a todos.

Corte de Chamas e Luz Estelar  𝙖𝙘𝙤𝙩𝙖𝙧 + 𝙩𝙤𝙜Onde histórias criam vida. Descubra agora