Duzentos e dois anos se passaram desde que Prythian se libertou das garras afiadas de Hybern. Feyre e Rhysand tiveram filhos e o segundo é Akinli um dos jovens mais poderosos do mundo.
Desde muito novo Akinli procurava pelo o amor, mas o que ele não...
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Depois que toda a náusea e tontura passou por todos, e eles finalmente se recomporam, veio a apresentação das Cortes com o pessoal de Terrasen. Foi bem demorada, muitos deles se tornaram amigos imediatamente, como se conhecessem a anos. Também nos reunimos no conselho guerra, para discutir informações e estratégias.
No final da tarde os filhos dos Grão-Senhores já estão prontos para ir. Eu caminho sozinha entre as tendas, feliz por tudo ter dado certo. Tenho que admitir que mais cedo entrei no modo automático.
Então, paro abruptamente ao ouvir a risada de Akinli. Ergo o cenho ao caminhar sorrateiramente até sua tenda, ele conversa com Lareth, ela não para de sorrir.
Por algum motivo não deixo de trincar os dentes com a cena.
Não demora muito para a fêmea se despedir, eles se cumprimentam uma última vez e Lareth vai na direção oposta.
Tento me virar para ir também, mas meus pés estão plantados onde estou. Preciso confrontar Akinli.
— Parece que você e ela são bem amigos — caminho até ele.
— Tivemos algo casual, se é que me entende — dá de ombros.
Algo casual?
— Ah.
— Está com ciúmes? — me encara erguendo o cenho, sinto minhas bochechas queimarem.
— Não — respondo amarga. — Não temos nada, não tenho porque estar com ciúmes.
— Como se isso impedisse alguma coisa, princesa — sorri sarcástico.
— Idiota — reviro os olhos e saio batendo o pé.
Mas não posso deixar de notar que a ideia de Akinli com outra pessoa não me é nada agradável.
✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
— Sabíamos que você conseguiria — Maeen diz entrando na minha tenda junto com Evalin a noite. — Afinal, você é Serina Galathynius.
— Talvez eu só tenha muita sorte — sorrio para elas.
— Não, acho que o que você tem é coragem, e coragem pode mover montanhas — Eva afirma.
— Talvez — balanço a cabeça. — Com vocês duas aqui, me lembro das noites de garotas que fazíamos quando éramos mais novas — mudo de assunto.
— Bons tempos — Mae suspira baixinho. — Não tínhamos que nos preocupar com deveres.
— Ou guerra — Evalin acrescenta.
— O que eu não daria para voltar aqueles dias sem preocupações — comento.
— Nós vamos ter aqueles dias de novo — Maeen fala com firmeza. — É aquela coisa, depois dos dias de chuva sempre vem o sol.
