Capítulo 38

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O resto da minha semana foi extremamente agonizante

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O resto da minha semana foi extremamente agonizante. Passei a maior parte do tempo tentando me controlar para não ir atrás de Akinli, e o resto terminando de organizar o casamento.

Continuei rezando a Mala, até mesmo a Mãe e o Caldeirão para que meu parceiro lembrasse, para que nosso amor fosse maior que tudo isso.

Mas, infelizmente, o dia final chegou. E, talvez minhas esperanças tenham ido embora por completo. Principalmente agora, que eu vejo meu reflexo de noiva no espelho, faltando apenas duas horas para a cerimônia.

Meus cabelos foram soltos em uma cascata cacheada, meu rosto foi detalhado com tinta dourada, e o vestido... É esvoaçante, enorme, e muito dourado. Além de ser completamente fechado nas costas, me deixando desconfortável. Lumiere não queria ver nenhum resquício da tatuagem.

Eu não consigo me sentir mais ridícula.

Olho o relógio do meu aposento no castelo de Serisea, nos casaremos no templo central do continente. Respiro fundo, duas horas para tudo acontecer.

Duas horas para eu esquecer Akinli completamente.

Duas horas para eu me casar com um monstro.

Duas malditas horas.

— Você está linda — a voz me pega de surpresa.

Me viro para encarar Lumiere que me observa perto da cama.

Ele traja um terno branco. Parece jovem. Parece bom.

Quero me casar de branco. Akinli certa vez falou isso. Minha garganta fecha, deveria ser ele a estar no altar me esperando.

Tão injusto. Tão injusto.

— Você tirou o preto — comento sem alegria.

— Superstições — dá de ombros. — Dizem que o branco traz coisas boas.

— E dizem que ver a noiva antes do casamento dá azar. Ah, é mesmo — respondo sarcástica. — Esse casamento sempre foi fadado a ser um azar assim que me forçou a isso.

— Eu não te forcei, você escolheu — sorri.

— Eu não chamaria isso de escolha.

— Chame do que quiser.

— Você sabia, não é? — minha voz saí furiosa ao mudar de assunto. — Sabia que o laço seria desfeito, por isso não se preocupou com o casamento.

— Então você finalmente descobriu — o sorriso muda para algo perverso. — Me perguntei quanto tempo iria demorar para que isso acontecesse — faz uma pausa. — O Oráculo foi bem preciso quanto a isso, nunca me preocupei.

— Eu nunca vou te amar. — Cuspo as palavras. Ele não parece se surpreender.

Eu sei — sua voz sai fria. — Não espero que isso aconteça, e uma parte de mim fica aliviada, o amor te torna vulnerável, fraco. Você é apenas uma arma, Serina Galathynius. Não se esqueça disso.

Corte de Chamas e Luz Estelar  𝙖𝙘𝙤𝙩𝙖𝙧 + 𝙩𝙤𝙜Onde histórias criam vida. Descubra agora