Duzentos e dois anos se passaram desde que Prythian se libertou das garras afiadas de Hybern. Feyre e Rhysand tiveram filhos e o segundo é Akinli um dos jovens mais poderosos do mundo.
Desde muito novo Akinli procurava pelo o amor, mas o que ele não...
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Desvio do golpe de Tarwen enquanto faço surgir lobos de água para acabar com os de fogo de Maeen.
Lutei com cada um dos irmãos de Serina — menos Rhoe, por ser muito jovem —, é impressionante o fato de todos serem incrivelmente bons no que fazem. Maeen por exemplo, se especializou em animais de fogo, já que não possui o gelo. Tarwen prefere mais a espada, com técnicas especiais dos seus dois poderes. Cardan e Evalin optam por usar o gelo em quase toda luta.
Por mais que sejam ótimos, ainda não estão aptos para me derrotar.
Sorrio internamente quando minha espada está prestes a se chocar com a de Tarwen, mas de repente sua lâmina se torna gelo puro, fazendo a minha se quebrar em vários pedaços. Maeen coloca sua arma nas minhas costas e seu irmão a minha frente.
— Vocês gostam de um golpe baixo, não é mesmo? — falo ao levantar as mãos em alto.
— É tudo ou nada, Akinli — Tarwen dá de ombros.
— Tem certeza?
Ele faz uma expressão confusa, nesse momento vou parar em sua mente, por mais que tenham o escudo mental, ainda existe algumas brechas, assim como o de Maeen. Adentro.
Se afastem. Ordeno, os dois vão para trás imediatamente.
— Parece que vocês não treinaram o suficiente suas proteções metais, lamentável.
— Isso é baixo — Maeen diz com dificuldade.
— É tudo ou nada — pisco e saio de suas mentes. — Precisam treinar melhor, dessa vez foi eu, na próxima, será alguém indesejável.
Eles concordam resmungando algo, cruzo os braços tentando não rir, de supetão Serina aparece no ringue.
— Estou decepcionada com vocês, Akinli conseguiu vencer os dois.
— Só porque é daemati — responde Tarwen, eu ergo o cenho. — A propósito, nunca vi você lutando com ele, tem medo de perder não é, Serina?
— Na verdade não quero humilhar tanto meu parceiro.
— Ah! — digo — Não seja por isso princesa, vamos ver quem vai ser humilhado aqui.
Ela coloca as mãos na cintura me encarando, ao ver que estou falando sério me lança um sorriso selvagem. Uma espada de gelo se forma em sua mão eu ergo as sobrancelhas, mas em resposta uma de escuridão vem a minha.
Atravesso para trás dela, contudo Serina já está do outro lado, rindo.
Vi o suficiente dos seus treinos.
Não consegue ficar uma hora sem me observar, não é? Falo maliciosamente.
Ela não responde, apenas joga minúsculos pingos de chamas nos meus pés, que, por pouco realmente não pegam fogo.
— Não baixe o espírito de irmão chato agora, Tar — Serina resmunga.
Atravesso para seu lado, certo de que vou pegá-la sorrateiramente, mas por incrível que pareça nossas espadas se chocam e ela dá um passo para trás.
— Você não foi o único treinado por excelentes guerreiros, Akinli — minha parceira começa a golpear rápido.
Não recuo, meu sorriso cresce mais. Nos dias que Serina passou em Velaris nós não chegamos a realmente lutar, aquilo era apenas um aquecimento comparado a isso. As técnicas dessa fêmea é de outro mundo, literalmente.
Atravesso novamente, porém ela não fica surpresa, na verdade já estava preparada, porque nesse momento Serina se vira e me dá uma rasteira inesperada, caio com tudo no chão.
Não deixo que me encurrale, atravesso para mais longe, suspiro cansado, não consigo ficar usando isso toda vez. Mas ela não me deixa descansar, avança novamente, dessa vez mais agressiva.
Entro no ritmo, sinto cada vez mais a emoção nessa luta, não posso comparar com nenhuma outra, talvez seja porque estamos ligado, mas a cada passo, a cada batida do coração, a cada olhar, sinto a sincronia profunda dos nossos corpos. Sinto a luz da parceria brilhando.
Nos afastamos um pouco, percebo que ela está animada, Serina também sente tudo isso.
Avançamos novamente, coloco cada emoção do momento na espada, e algo impressionante acontece quando ela se choca com a de Serina: luz... Luz tão intensa explode da colisão.
Eu e ela somos arremessados para trás, bato com força no chão, meu corpo inteiro dói. Porém, após uns segundos consigo levantar.
— O que aconteceu? — meus pais aparecem preocupado. Procuro imediatamente Serina que está com sua mãe e pai, fico aliviado quando vejo que ela está bem.
— Não sei — os encaro. — Em um momento nossas espadas colidiram, e no outro luz saiu dela... — falo atordoado — Eu realmente não sei.
— Pode ser o laço de parceria — comentou Mor. Ela, Nestha e Elain chegaram a dois dias, Az e Cass estão cuidando da cidade.
— O que? — Aelin pergunta — Como um laço de parceria pode fazer isso?
— Bom, não sei. Mas existe laços de parcerias que podem ser extremamente fortes, nunca vi acontecer até agora, porém uma emoção exagerada dos dois pode acabar gerando energia provida do laço. Acho que o fato deles não serem do mesmo mundo contribuiu com isso.
Todos ficam em silêncio, mas é por poucos segundos, porque logo em seguida tudo é preenchido por palmas e assovios, olho ao redor e vejo todos os guerreiros eufóricos.
Contudo, acabo me deparando com Amren de braços cruzados encostada em uma árvore próxima.
Seu olhos vem de encontro ao meu, eles parecem sombrios. Então eu percebo que não há motivos para ficar alegre com isso.
