Duzentos e dois anos se passaram desde que Prythian se libertou das garras afiadas de Hybern. Feyre e Rhysand tiveram filhos e o segundo é Akinli um dos jovens mais poderosos do mundo.
Desde muito novo Akinli procurava pelo o amor, mas o que ele não...
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Atravesso diretamente para a biblioteca da Casa do Vento após minha conversa com Serina.
Eu manteria distância como pediu, mas faria de tudo para encontrar um modo de controlar as malditas chamas. Encontrarei um modo de desfazer esse contrato.
Não a perderei. Eu não posso. Não quando eu descobri que ela é o essencial para viver.
Adentro mais afundo a biblioteca e começo a vasculhar as inúmeras prateleiras, em busca de algo que me ajude.
✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
Três semanas depois, eu praticamente me mudei para o lugar. Não consigo parar de vasculhar. De tentar.
Li quase todos os livros, e nada. Nada que fale das chamas coloridas. Nestha procura na biblioteca das sarcedotisas, mas sem resposta ainda. Amren ficou com a de Orynth, e sem sucesso também.
Eu tenho apenas mais um mês. Um mês para salvar tudo.
— Akin? — papai chama na porta.
— Aqui — respondo olhando o livro a minha frente.
— Feyre mandou comida... — suas palavras se perdem — Pelo Caldeirão, isso está pior que ontem.
Levanto meu olhar para ver ao redor, realmente está bem pior. A cama improvisada é uma bagunçada de lençóis e cobertores. E, em volta têm muitos pratos de comida. Suspiro fundo.
— É, tem razão. Como estão as coisas em Terrasen?
— Boas — diz. — Amanhã teremos um segundo jantar com Lumiere, para firmar o acordo de que não fará nada ao nosso mundo.
Volto a ler o livro.
— Akin — meu pai chama mas eu não respondo, estou concentrado no último parágrafo da página.
— Akin — chama de novo.
— Akinli. — Dessa vez sua voz saí como a do Grão-Senhor. Me volto para ele — Você está com uma aparência horrível, essa busca está acabando com você.
— Eu não posso deixar que ela se case com ele — minha voz saí embargada. — Não posso.
— Eu sei, mas você não precisa se perder no processo. Está aqui há três semanas, Rue, Griffin, eu, sua mãe, sua família Akinli, estamos preocupados com você.
— Perdão pai, mas não posso fazer a mesma coisa que você fez quando mamãe estava prestes a casar com Tamlin. Não posso.
As palavras parecem acertar ele em cheio. O macho desvia o olhar.
— Desculpa, eu não queria...
— Está tudo bem — acena. — Tenho orgulho de você Akin, de verdade. E sei que encontrará um jeito, mas como eu já disse... Não precisa se perder para isso.
