Duzentos e dois anos se passaram desde que Prythian se libertou das garras afiadas de Hybern. Feyre e Rhysand tiveram filhos e o segundo é Akinli um dos jovens mais poderosos do mundo.
Desde muito novo Akinli procurava pelo o amor, mas o que ele não...
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O fogo me consumiu, e não de um jeito bom. Sempre achei que fosse amiga das chamas, mas essas... Sou inimiga até que prove o contrário.
Abro os olhos, imediatamente meus sentidos ficam a mil. Ouço todos os som, sinto o mais leve tremor na terra, minha força se eleva para algo surreal.
Sei o que fazer assim que vejo a barriga de Akin. Coloco a mão direita sobre o ferimento e invoco o fogo colorido. Ele se infiltra na sua corrente sanguínea em partículas minúsculas mas poderosas. Ordeno que combata o veneno, e assim ele o faz, nesses míseros três minutos de controle.
Antes que o laço se desfaça por completo, o agarro e puxo de volta com tudo que tenho. Me mantendo como a passagem de Akinli para casa.
Não é hoje o dia em que você vai morrer. Sussurro pelo elo.
Sinto quando as chamas vencem o duelo. E no meu colo, Akinli volta a respirar profunda e pesadamente, ainda desacordado.
Agradeço internamente a pessoa que me deu esse poder, sem ela isso não seria possível.
Repouso sua cabeça no chão.
— Cuidem dele — digo.
Me afasto, a multidão de guerreiros em volta se concentram um pouco mais longe agora. Estão admirados, mas com medo, sabem muito bem o que acontece após os três minutos.
O fogo começa a avançar por cada poro do meu corpo, o reivindicando para si.
— Syrius... — peço com um último controle.
Imediatamente uma barreira de contenção se forma ao meu redor. Em menos de um minuto eu me transformarei naquela besta, e todo o processo de respirar e inspirar começará novamente... Estou pronta.
Mas isso não aconteceu. Meus olhos começam a ficar sonolentos, meu corpo pesado, e minha mente desorganizada. Antes que eu me transformasse, desmaiei.
✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
Acordo sentido o cheiro de pinho das montanhas que vêm através do vento, abro os olhos, a primeira coisa que vejo é o teto branco.
Me reviro na cama, até que eu finalmente consigo sentar, fecho os olhos com força quando uma dor dilacerante passar por minha cabeça.
Ao passar, ergo o olhar. Estou no meu quarto, e ele parece... Parece do mesmo jeito que tinha deixado.
Desço da cama às pressas.
Será que tudo não passou de um sonho?
Vou até a varanda e minha animação se esvai. Os escombros ainda fazem parte da paisagem da cidade. Fecho a mão em punho, é doloroso ver algo tão bonito destruído.
