Duzentos e dois anos se passaram desde que Prythian se libertou das garras afiadas de Hybern. Feyre e Rhysand tiveram filhos e o segundo é Akinli um dos jovens mais poderosos do mundo.
Desde muito novo Akinli procurava pelo o amor, mas o que ele não...
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Me pego observando as estrelas que estão mais pulsantes de uma semana para cá.
Talvez seja a mudança da estação para o solstício de inverno. Sorrio ao ser acolhida pelo vento gelado de Terrasen.
Existe outros mundos lá fora. Cresci com histórias de mamãe e sua viagem entre eles, sempre fui fascinada por tal. Mas ao decorrer do tempo deixei de pensar sobre, então, dois anos atrás uma fêmea simplesmente caiu de um portal a minha frente.
E venho pensando a cada minuto por todos esses meses.
A herdeira da Corte Primaveril parou aqui por causa de um livro, em busca da sua última parte para salvar a melhor amiga.
Taryn falou com tanto fervor e amor de Prythian, que atiçou bastante minha curiosidade em conhecer o lugar. Mas é improvável que isso um dia aconteça.
De qualquer modo, espero que sua história tenha acabado bem.
— Você está muito sonhadora, Serina — Maeen se aproxima de mim no parapeito da janela da biblioteca.
— Sonhos são às únicas coisas que ninguém pode roubar de você, Mae.
Ela ri baixo e eu me volto para minha irmã. Maeen possuí os mesmos cabelos prateados de papai, porém, seus olhos azuis são de uma linhagem antiga.
— No que estava pensando? — sua pergunta me faz ficar surpresa.
— Taryn — dou de ombros.
— Às vezes também penso nela — ela sorri olhando as pessoas no jardim. — Nada comparado a você, é claro. Mas sabe... Acho que deveríamos parar com isso, não há chances de voltarmos a vê-la.
— Será? — apoio os cotovelos no parapeito — Ou já se esqueceu dos livros na biblioteca secreta dos nossos pais?
— Nunca mais pense nisso — arregala os olhos. — Esse conhecimento é extremamente perigoso, só deve ser usado em uma emergência gigantesca — faz uma pausa. — Além de que, não desvendaram muitas coisas nos livros de Maeve.
— Mas o feitiço para a viagem entre mundos, sim — sorrio.
— Serina...
— Eu já entendi, Maeen — suspiro. — Jamais vou usar isso, só se algo bem ruim acontecer. O que nunca será o caso.
— Pelo menos não lhe falta todos os miolos como pensei — nós rimos.
Mae se despede, e eu volto encarar as estrelas no céu. Daqui uma semana milhares delas vão passar sobre toda Terrasen.
E por coincidência, é no aniversário de duzentos anos em que minha mãe assumiu o trono. Será uma grande festa.
Uma festa para comemorar o renascimento de um reino.
