Cinco

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Entro em uma cafeteria para pedir um café e ler um livro que eu havia acabado de comprar. 

A cafeteria conseguia ser um dos meus lugares favoritos do mundo, logo atrás das livrarias. 

Eu gostava de lugares assim. Calmos. E o aroma do café deixava tudo mais aconchegante. 

Vou em direção ao balcão para fazer meu pedido. 

- Um café médio, por favor. - peço para o atendente. 

Ouvi a porta se abrindo e vi que Damon tinha acabado de entrar. 

Aquilo não podia estar acontecendo. 

É claro que fingi que não o vi. Fixei meu olhar no quadro com o cardápio e tentei não olhar em sua direção.

- Vai fingir que não me viu? - pergunta, parando bem atrás de mim. 

- Eu não te vi. - respondo, mantendo o olhar no cardápio. 

- Não seja mal educada, anjo, eu sei que você não é assim. 

O cara me entrega o café e eu pego agradecendo e indo em direção ao caixa. 

- Vou querer o mesmo que o dela. - Damon fala, me seguindo. - Os dois cafés são por minha conta. 

Me viro para ele. 

Tento ignorar como ele ficava malditamente bonito naquela camisa azul de mangas e em como seus olhos eram como oceanos que te fazem querer se perder ali.

- Você não precisar pagar o meu café. 

- Não preciso mas eu quero pagar. É só um café, Aurora. - diz, olhando em meus olhos. 

Seu olhar é tão intenso que fico desconcertada por um momento suficiente para que ele passe na minha frente e pague pelos dois cafés. 

Bufo irritada com a atitude e vou até uma mesa vazia. 

Ele era tão confiante e arrogante que me dava vontade de bater nele. 

- O quê está lendo? - pergunta, se sentando na cadeira a minha frente. 

Levanto meu olhar para ele que me olhava de volta com curiosidade. 

- Não lembro de ter te convidado para sentar aqui comigo. 

- Não precisa de um convite. Tanto eu, como você, sabemos que você gosta da minha companhia.

Dou uma risada irônica e ignoro que tinha um pouco de verdade no que ele falou.

- Você é confiante demais. Uma vez me disseram que os mais confiantes são os que têm menos a oferecer. -  Eu disse, lançando um olhar sarcástico.

- Já disse o quanto eu gosto dessa sua língua afiada? - se inclina em minha direção. 

Droga. 

Por que ele tinha que ser tão bonito? 

Dificultava tudo. 

Era difícil ver seus olhos azuis e ficar irritada.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto.

Ele me olha como se fosse obvio. 

- Bebendo café, no meu lugar favorito. 

Dou risada e rolo os olhos. 

- Qual a graça? - pergunta, me encarando.

Dou de ombros e respondo: 

- Você não parece ser o tipo de cara que gosta de vir em uma cafeteria, pedir um café e ficar sentando observando o movimento. Aliás, pensei que seu lugar favorito fosse um bordel. 

Para Sempre Sua - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora