Para Sempre Sua - COMPLETO

Trinta e três

Depois que limpo seus machucados, Damon vai em direção ao banheiro tomar banho e eu recolho tudo o que eu havia usado para jogar fora.

Pego o kit de primeiros socorros e guardo umas coisas, recolho as roupas que ali estavam e pego sua camisa branca vendo que estava manchada de sangue e desgastada em algumas partes devido a briga de hoje, decido jogar também. Não iria fazer falta.

Guardo o kit de primeiros socorros e jogo algumas coisas no lixo.

Minha cabeça estava latejando em dor devido aos acontecimentos de hoje. Levo minhas mãos até minhas têmporas as massageando enquanto vou procurar algum analgésico para tomar.

Eu ainda estava em choque depois de tudo o que tinha acontecido. Aquele homem quase o matou na minha frente e eu nunca me senti incapaz como ali. Foi umas das piores sensações que eu senti em minha vida. O pânico tomava conta de cada célula do meu corpo, juntamente ao medo. Eu senti muito medo. Medo de perdê - lo. Medo de perder a mim mesma junto.

Reviro os armários da cozinha procurando pelo remédio e quando o encontro quase choro de felicidade. Encho um copo com água e tomo sentindo a água gelada arranhar minha garganta.

Coloco o copo na ilha da cozinha e pego um remédio para Damon. Passo pela sala bem decorada que estava totalmente escura e subo as escadas até seu quarto. Ponho o remédio no criado - mudo junto ao copo com água. Tiro meu tênis branco e meu moletom preto, ficando apenas com uma blusinha e uma calça jeans.

Me sento na cama e fecho meus olhos.

Eu nunca me imaginei vivendo uma situação parecida com essa. Eu nunca tinha sequer me apaixonado antes, obviamente eu tinha gostado de garotos e ficado com algum deles, mas nada chegou perto do que eu sinto por Damon. Eu o amava tanto, tanto e essa era a pior parte. Porque mesmo sabendo que eu não devia, eu ainda ficava, eu ainda acreditava.

Ouço o barulho da porta se abrindo e ele sai do banheiro com apenas uma toalha branca enrolada em sua cintura, algumas gotículas de água escorriam pelo seu abdômen. Seu rosto ainda tinham pontos roxos, próximo a boca e ao olho esquerdo.

- Você está bem? - é a primeira coisa que ele pergunta.

- Melhor do que você, com certeza. - falo e solto uma risada sem humor, mas ele continua sério. Ele sabia que eu estava mentindo.

Eu não estava bem.

Eu estava puta, furiosa, preocupada, irritada.

Damon tira sua toalha ficando apenas de box preta e veste um short de moletom. Seus olhos caem novamente em mim e dessa vez eles estão preocupados.

Ele caminha até mim e segura em meu braço.

- Anjo, o que foi isso?

Olho para onde ele está tocando e vejo que meus braços estavam roxos no lugar que haviam me segurado. Agora é quase como se eu conseguisse sentir dor.

- Não é nada. - falo.

- Filho da puta. - xinga. - Anjo, me desculpa, a última coisa que eu queria era que você ficasse machucada por minha causa. Eu sinto muito. Sinto muito mesmo.

- Está tudo bem. - abraço meu próprio corpo.

- Não, não está tudo bem. Você está machucada por minha causa.

- Damon, agora qual é a diferença? Já foi, já passou. - me levanto ficando de frente a ele. - Esse roxo no meu braço é a menor das minhas preocupações porque eu quase vi meu namorado ser enforcado na minha frente por um cara que eu nunca vi na minha vida e eu não pude fazer nada.