Dezessete

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- Vamos sair. - a voz de Damon soa do outro lado do telefone.

Eram quase duas da manhã e eu já estava dormindo quando ele me ligou. Sua voz parecia necessitada e desesperada.

Eu odiava quando me acordavam antes das minhas oito horas de sono. Eu ficava irritada e parecia que eu não tinha descansado o suficiente. Então quando ele me ligou eu não fui a pessoa mais gentil ao atender.

- Você está louco? São quase duas da manhã, Damon.

Ele suspira do outro lado da linha.

- Eu preciso te ver, anjo.

Fico quieta por um tempo, apenas nossas respirações no telefone. Eu estava cansada. Tinha tido um longo dia lotado de trabalhos da faculdade e tive que ir resolver umas coisas para a minha mãe.

Penso em sua proposta.

- Tudo bem. - falo e me levanto da cama.

Eu odiava que eu não conseguia dizer não para ele. Era apenas sua voz soar perto de mim que eu estava completamente rendida. Isso não podia estar certo.

Eu sempre julguei pessoas que faziam tudo o que a outros pessoa queria, e aqui estava eu, me arrumando para ir para Deus sabe onde.

Visto uma roupa qualquer e calço um tênis saindo de casa silenciosamente.

Quando fecho a porta, eu o vejo encostado em sua moto.

Ele estava tão bonito com a luz dos postes o iluminando. Seus cabelos estavam bagunçados, ele usava um moletom preto e uma calça jeans.

Sua expressão parece confusa e perturbada. Seus olhos nunca estiveram tão revoltos. Ele tinha um cigarro em seus lábios e o joga fora quando vê eu me aproximando.

- Aconteceu alguma coisa? - levo minha mão até seu rosto.

Ele apenas nega com a cabeça e me beija. Seu beijo é urgente. Necessitado. Como se ele quisesse provar tudo o que eu poderia dar, e eu deixo que ele me beije. Coloco meus braços ao seu redor e aproveito cada segundo.

- Vamos sair daqui. - diz e eu assinto.

Subo em sua moto e ele me dá um capacete, colocando o seu em seguida. Ele segura em minhas coxas e me puxa para mais perto.

Eu não ligava para onde nós estávamos indo. Eu iria para qualquer lugar com ele ao meu lado. Aquilo podia soar inconsequente, mas nem eu sabia o que estava acontecendo comigo.

Ele dirige rápido. O vento bate em meus cabelos e eles voam para todos os lugares. Aperto meus braços em volta de sua cintura e deito minha cabeça em suas costas. Ele leva uma mão até a minha e faz um carinho nela.

Sorrio.

Eu estava patética. Mas a verdade é que eu não dava a mínima.

Depois de alguns minutos em cima da moto nós paramos em frente ao que parece ser a entrada para alguma cachoeira. Olho para ele sem entender nada.

- Apenas vem comigo. - diz e segura em minha mão.

Nós começamos a caminhar por uma trilha e tinha árvores por todo lado. Era um lugar bonito ao mesmo tempo que era meio assustador.

- Está com medo? - ergue as sobrancelhas.

-Não. É um lugar bonito, embora pareça assustador. - falo e ele concorda.

Caminhamos por mais uns minutos até eu começar a ouvir um barulho que parecia ser uma cachoeira. Quando chegamos lá, me impressiono com a beleza do lugar. Tinha um lago que estava iluminado pela lua cheia e a cachoeira era linda.

Para Sempre Sua - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora