Dezoito

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Levo o cigarro até meus lábios enquanto sinto o carinho de Damon em minha cintura. Eu estava sentada em seu colo e ele fazia carinho em mim com uma mão, enquanto a outra segurava um copo de bebida.

Estávamos em uma festa na praia. De início eu não queria vir, mas Damon consegue ser bem persuasivo quando quer e eu cedi ao seu pedido, mesmo tendo dito várias vezes que eu não viria.

Havia bastante gente na festa e uma multidão cercava uma grande fogueira no centro do lugar. Eu fiquei bem surpresa porque achava que não ia ter nada demais, mas tinha música, muita bebida e algumas mesas e cadeiras espalhadas pela areia. Ele me deu um copo de cerveja e nós começamos a beber.

Conversamos com algumas pessoas, porque não tinha como sair com ele e não ser parado por todo tipo de gente.

Agora estávamos sentados em uma mesa conversando com seus amigos. Madison havia me mandado uma mensagem perguntando onde eu estava e pelo que parecia ela viria até aqui também.

- Eu não sabia que você fumava. - diz Dean, se referindo ao cigarro em minha mão.

- Só às vezes. - dou de ombros.

A verdade é que as coisas ficaram tão diferentes de repente que essa era a única maneira que eu encontrava de me acalmar.

- E vocês pombinhos como estão? - Josh, acho que era esse o seu nome, pergunta. - O Damon está sendo um bom namorado? Porque acredite em mim Aurora, esse cara aí não vale nada. Se eu fosse o seu namorado compraria flores, chocolates e todas essas coisas. Te levaria para jantar em ótimos restaurantes, porque é assim tem que se tratar uma garota.

- Vai a merda. - Damon fala ao meu lado.

Olho para Josh e sorrio.

- Tudo isso para quê? Por que não consegue ser suficiente para uma garota? - falo.

Todos eles me encaram em silêncio, até os outros caírem na gargalhada. Josh continua me encarando e quando todos param de rir ele fala:

- Eu gostei dela.

Sorrio para ele e dessa vez, ele retribui o sorriso.

- Essa é minha garota. - Damon diz, e beija meu pescoço.

As coisas estavam incríveis e eu estava muito feliz. Assustadoramente feliz. Mas aquilo me assustava, porque, como dizem: sempre há calmaria antes da tempestade.

Eu queria acreditar que aquilo não era passageiro, que nós realmente nos dávamos bem e que aquilo ia dar certo.

Mas toda vez que nós estávamos juntos, que eu estava deitada em seu colo enquanto ele falava algo, ou até mesmo quando eu olhava em seus olhos azuis, eu tinha essa sensação.

A sensação de que algo iria acontecer me desconcertava.

Hoje quando eu estava saindo de casa tive uma pequena briga com meu pai. Ele havia dito que não queria que eu saísse mais com Damon, que ele não estava me fazendo bem. Usando o fato de que eu estava fumando depois que nos conhecemos e que eu mal parava em casa. Eu apenas sai de casa, não queria prolongar uma discussão por algo estúpido.

- Está tudo bem? - pergunta.

- Sim. - sorrio. - Minha bebida acabou, vou pegar outra.

- Quer que eu vá com você? - faz menção de se levantar.

- Não precisa. As bebidas estão logo ali, eu volto logo.

- Tudo bem. Mas volta logo.

Eu assinto e vou em direção a mesa de bebidas.

Para Sempre Sua - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora