Trinta e nove

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- Eu te odeio. - e a primeira coisa que eu falo. - Eu te odeio por te amar tanto. Te odeio por não conseguir te deixar mesmo quando eu sei que eu devia. Eu te odeio, Damon, por te amar mais do que eu já amei alguém em toda a minha vida. Te odeio porque tudo o que eu faço desde que tudo isso aconteceu é chorar porque eu não consigo lidar com outra perda. Eu te amo tanto e você está em mim como se fosse uma doença ou algo assim que eu não consigo me livrar nem que eu queira. Eu te odeio tanto, mas te odeio principalmente porque eu nunca vou conseguir te odiar como eu te amo. - ele não me deixa terminar e apenas me puxa para seus braços. 

- Eu sinto muito por fazer você passar por isso. - diz. 

Eu posso sentir a dor em sua voz e aquilo me corta profundamente. Eu sei que ele se culpava por toda a situação, mas quem era realmente o culpado naquilo tudo era o pai dele. 

- Eu sei que você me mandou embora e acha que o melhor para nós dois e ficarmos separados. Eu sei que você me ama a ponto de não querer me colocar em risco por conta de tudo o que está acontecendo. E eu tentei. Eu realmente tentei seguir a minha vida, eu fui para uma festa hoje em um bar no qual eu nunca ouvi falar antes e eu beijei um cara. - falo. - Eu beijei um cara que eu nunca vi na minha vida, porque eu tava tão perdida que no momento aquilo pareceu certo. 

Damon olha para mim e eu vejo sua postura vacilar quando eu falo. 

- Mas não deu certo. Porque toda vez que ele tocava no meu corpo eu só conseguia pensar que era você que eu queria que estivesse ali. Enquanto ele me beijava, eu pensava que eram seus lábios que eu queria que estivesse tocando os meus. E quando eu olhava em seus olhos, eu só queria que fossem seus olhos que estivesse ali, olhando para mim.

- Porque tem algo em você que me traz de volta a vida e sim, eu sei todas as consequências, eu sei tudo o que vamos enfrentar mas eu não ligo. Eu não consigo virar as costas para você, Damon. Nunca conseguiria. - minha voz está embargada e lágrimas aparecem em meus olhos.

- Anjo, não faz assim. - pede. - Eu não posso ser egoísta a esse ponto, Aurora. 

Eu o ignoro e continuo a falar. 

- Eu sei que a vida não tem sido gentil com nenhum de nós dois. Pode dizer que eu estou sendo burra e que estou perdendo tempo com você, mas quando você quebra, eu quebro com você também. A vida pode nos bater de todas as formas, mas querido, eu aguentarei os socos por você.

Quando eu termino de falar, Damon está me olhando com uma emoção que eu nunca vi antes. Ele me olha como se pudesse ver a vida através dos meus olhos. 

Ele avança em minha direção e me toma em seus braços, e eu fecho os olhos, sentindo uma lágrima cair do meu olho esquerdo. 

- Por quê você tem que ser tão maldita mente teimosa? - diz, com um sorriso em seus lábios. 

- Nunca mais fale aquelas besteiras novamente, Damon. Eu não quero outra pessoa, eu não vou casar e ter filhos com outra pessoa. E acima de tudo, eu nunca vou virar as costas para você. 

Ele me olha uma última vez antes de segurar em minha cintura e beijar meus lábios e como sempre, eu me entreguei completamente a ele. 

Eu estava de volta ao meu lar. 

Eu estava nos braços da pessoa que eu mais amava na vida e aquilo não podia estar mais certo. 

 

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Para Sempre Sua - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora