[Sky]
A festa de Lauren ficou o máximo. Decoração, fantasias, todo detalhe em vista. Ela se empenhou em deixar tudo maneiríssimo. Tudo ia bem... até o tal de Lionel chegar.
Eu não sabia o porquê, mas olhar aquele cara abraçando Alaska me deixou nervoso. Sai de lá. Nick percebeu tudo, como sempre. Ele me conhecia melhor que eu mesmo. Felizmente Crystal Chell'Berry apareceu para me salvar. Beijá-la não foi ruim. Era bonita... Não tanto quanto Alaska cantando no microfone mais tarde em sua roupa de Tifanny Valentine, mas muito bonita. Lá pelas tantas, vi Alaska indo embora. Nathaly voltou algum tempo depois e entregou a chave para Nicholas que, muito ocupado em rodear meu irmão e aproveitar o tempo com ele, me deu para guardar. Crystal me pediu para levá-la em casa e Nick não fez objeções quando perguntei se podia pegar o carro emprestado. Durante o caminho, Crystal tentou voltar a engatar os beijos, mas eu não dei tanta corda assim. O clima tinha passado. Parei na porta da casa dela, a algumas quadras de distância.
— Quer entrar? — ela perguntou, tamborizando as unhas escuras na barra do vestido branco.
Um branco bonito. Não tanto quanto o que a esquentadinha usou, mas bonito.
— Hoje não, gatinha. Valeu.
Ela revirou os olhos e saiu, bufando, para os portões. Garotas... Quem conseguia entender elas?
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A chuva caiu assim que saí da rua de Crystal. Aproveitei para dirigir. Embora fosse perigoso pelo asfalto molhado, me acalmava estar no volante. Resolvi que daria uma passadinha em casa para ver mamãe e Todd e avisar que Sammy estava bem e demoraria voltar — isso se ela ainda estivesse acordada. Outra tarefa seria colocar meu telefone-celular para carregar. Para minha grande surpresa, conforme dirigi pela vizinhança, avistei alguém. Usei a buzina e os faróis, mas ela não se moveu, então freei bruscamente. Meus olhos ajustaram a imagem da figura de pé. Pisquei para acreditar. Por que, em nome da minha Santinha, Alaska estava parada ali? Com aquela roupa e o cabelo, só podia ser ela. E eu quase a atropelei. Qual o meu problema? Claro que o mínimo que pude fazer foi abrigá-la. Ao analisar seu rosto, a notei triste e pensativa. A deixei em silêncio sobre o assunto, apesar da aflição que alastrou em meu peito por não fazer ideia do que a deixou em tal estado. Se fosse o tal de Lionel, ele se veria comigo.
Eu parei num acostamento aos arredores da cidade. Alaska me contou o ocorrido. O restante eu deduzi. Tudo bem, foi péssimo beijar o namorado da irmã. Foi sim. Mas quem era eu para julgá-la? Por seu estado, ela já o fazia. Alguma coisa dentro de mim ficou incomodada em vê-la tão jeito, frágil e machucada; totalmente diferente da menina durona que eu conhecia. Era melhor que ela estivesse me ofendendo do que chorando assim. E, sem Sammy por perto, meu dever era apoiá-la. Eu nunca deixaria uma garota nessa situação sozinha. Fiz a única coisa que achei que fosse ajudar; a abracei com uma força acolhedora, permitindo que ela lamentasse o quanto quisesse. Pelo passar da noite, não a deixei sozinha de maneira alguma.
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A claridade solar levaram minhas pálpebras desacostumadas a piscarem algumas vezes. A chuva não prevalecia, sim um sol consideravelmente forte para o outono. Estava frio pelas minhas roupas e o banco úmido. Meu osso da nuca reclamou. Dormi de mal jeito. Pelo lado bom, Alaska parecia confortável dormindo em meu peito. Seu rosto pacífico — inédito — descansava em meio ao sono profundo e os cabelos pouco secos faziam um contraste bonito na pele um pingo morena. As vezes eu observava Nathaly dormindo — antes de ela se assumir lésbica — e, por mais que ela fosse digna de modelo em capa derevista, não se comparava a Alaska.
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Quase Clichês
Подростковая литература[Concluída]. Imagine que estamos quase no final dos anos dois mil, onde a moda ainda é brega e ao mesmo tempo maravilhosa. Garotas abusam de um estilo ousado e meninos passeiam com o moletom do time de futebol do colégio; as séries mais icônicas...