CAPÍTULO 69

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 SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

ESTELA CAPÍTULO 69

Aos poucos vamos nos adaptando a rotina na casa nova, na noite que meu marido nos trouxe e revelou-me a surpresa fiquei emocionada. Jamais passou pela minha cabeça morar na casa que um dia foi do meu pai, cruzar os mesmos cômodos que ele cruzou um dia.

Eu não o conheci, não convivi com ele, acho que até um pouco de raiva eu sentia pelo abandono. Por ter deixado minha mãe para trás, por não me assumir, mas esse sentimento já o abandonei, afinal não é nem um pouco saudável ter sentimentos de raiva por alguém que já morreu, ainda mais uma pessoa que você compartilhou o mesmo sangue. 

 Valentim me contou que meu pai era um homem culto, educado, viajado, apreciava bons vinhos tocava piano, andava sempre muito elegante, sorridente, muito inteligente de um bom gosto notável. Disse também que eu devo ter herdado o bom gosto em me vestir dele, uma das salas da casa tem um piano enorme, meu marido disse que era do meu pai ele fez questão de deixa-lo no mesmo lugar.

A primeira noite aqui foi cheia de surpresas, primeiro ele revelou sua vontade de me ver grávida segundo a casa que era do meu pai, terceiro e mais encantador, foi quando passei pela porta encontrando pessoas que considero importantes para mim Vicenzo, Ema, Bob e Maria pessoas que eu considero como família, que estiveram comigo nos momentos que eu mais precisei e meu marido percebeu isso.

Meu marido não é o tipo de pessoa que cria vinculo ou amizades ou se relaciona com funcionários, mas eu não penso da mesma forma o que importa para mim não é a classe social o dinheiro o que importa para mim são as pessoas, o que elas podem representar e somar a minha vida, são os sentimentos o respeito e a lealdade, acho que meu marido está começando a entender isso.

A casa é maravilhosa, de uma beleza ofuscante, uma casa que parece ter vida própria designer antigo, mas com toques sutis de modernidade, toda em tons pastéis do jeito que eu gosto.

Nunca gostei de coisas coloridas extravagantes, sempre fui apaixonada por cores neutras a começar pelo meu guarda-roupa, cores quentes o máximo que eu poderia usar seria um amarelo, mas sendo bem suave. 

Valentim acertou em cheio na decoração na pintura, ele conhece o meu gosto, parecia que eu tinha escolhido tudo que estava ali a cada decisão tomada, a casa do bosque era muito bonita a casa do centro da cidade também, mas essa não tinha palavras para descrever, sem contar o tamanho, iria levar algumas semanas para conhece-la e não me perder.

 Então para me localizar marquei os cômodos tendo um ponto de referência agora mesmo estou na sala do piano, os funcionários também aumentaram sem contar a quantidade de seguranças a cada dois metros tem um, achei um exagero até parece que estamos nos preparando para uma guerra, irei falar com ele sobre isso. 

Quando entrei aqui aquela noite pensei que iriamos conhecer e voltar para casa, depois nos mudaríamos com calma, mas não foi isso que aconteceu, Valentim tinha tudo pronto a única coisa que veio da outra casa foram os pertences pessoais, quando ele disse que queria começar do zero e construir nossas memórias não pensei que seria tão radical.

Quando ele mostrou aos filhos os quartos com suas caminhas eu fiquei um pouco preocupada, eles nunca dormiram separados e aquela realidade deles e minha iria mudar, cada um iria dormir em seu quarto a partir daquela noite pelo menos foi o que ele achou que aconteceria.

 O quarto de Emanoel tinha dois tons, cinza e branco na parede, uma cama de tamanho normal, mas baixa para não ter problemas para ele subir ou descer, teria seu banheiro um closet que era um charme só de olhar, outro dia eu iria olhar as roupinhas com mais atenção.

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