ESTELA 20
Passei o dia organizando o quarto dos meus pequenos, mais sentava do que organizava, o dia estava sendo exausto me sentia cansada o tempo todo, mas feliz, o sorriso não me deixava mais.
Me deito sobre os lençóis macios e cheirosos que são cuidados pela minha querida Maria e um leve desconforto na lateral da minha barriga me toma. Fico de lado e o incomodo volta e, volta com dor, começo a me preocupar, então chamo por Maria que vem correndo ao meu auxílio.
-O que foi senhora? Já pedi para me chamar de Estela, mas é muito teimosa.
-Não sei, mas estou sentindo dores fortes, começou com incômodos, mas agora são dores.
-Será que seus bebês estão chegando, mas ainda falta uma semana não é mesmo?
-Sim. De repente me sinto fazendo xixi. Maria diz que não é xixi.
-Meu deus a bolsa estourou, meus bebês estão chegando. O choro e o riso vêm sem controle Maria também está emocionada.
-Vou chamar o Bob para preparar o carro, que alegria.
Me levanto com cuidado Bob entra no quarto com Maria que pega as bolsas dos bebês e a minha. Estou de camisola, queria me trocar, mas Maria disse que não a tempo pra isso.
As dores aumentam, sou apanhada no colo, olho para Bob espantada.
-Me desculpe senhora, mas estamos com pressa.
Ele me coloca dentro do carro, Maria senta do meu lado, Bob fecha a porta e segui para o lado do motorista.
Chegamos no hospital Bob desse, vai chamar um enfermeiro que volta com uma cadeira de rodas para que eu sente.
As dores são tão fortes que parecem me rasgar por dentro, não demora muito já estou na sala de parto deitada em uma cama com vários profissionais ao meu lado, estou nervosa, ansiosa assustada e também um pouco triste por estar sozinha nesse momento.
Serei forte e corajosa por meus bebês.
Valentim.
Entro em casa as duas e cinquenta da madrugada, o cheiro de perfume e álcool que exala das minhas roupas me deixam ainda mais enjoado do que estou.
Atravesso o corredor para meu quarto e sinto um frio perpassar meu corpo, tiro meus sapatos meio que cambaleando e os chuto longe. Um mal estar toma meu estomago e uma leve falta de ar aperta meus pulmões.
-Porra qui merda é essa? Xingo, vou arrancando minha camisa, calça e meias me direciono para o banheiro e novamente me sinto mal, um aperto no peito, minhas mãos soam frio e começam a tremer.
Me sento na beira da cama concentro em minha respiração para o mal estar passar, i aí que tudo fica pior Estela toma meus pensamentos.
Respiro ofegante e vou para sacada, preciso de ar. Preciso dar uma aliviada no álcool. Uma vontade louca e urgente para saber como ela está me come vivo, vou à procura do meu aparelho celular e ligo para a única pessoa que pode tirar esse mal estar que está me consumindo para saber dela.
-Valentim . -Vicenzo me desculpe o horário, mas por favor me diga como ela está.
-Está Bem. Sempre a mesma resposta nada além disso.
-Ela vai voltar um dia? -Não sei Valentim, ela não disse.
-Vicenzo diga a ela que.....deixa pra lá não diga nada.
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A cor do Pecado COMPLETA.
RomanceUma história sobre preconceito e paixão. Conteúdo erótico ADULTO. Para maiores de 21 anos.