CAPÍTULO 18

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ESTELA 18

Estou no Brasil a uma semana, trouxe Maria comigo e Bob.
A casa é linda, o lugar é um espetáculo sem contar o calor que nos convida a tomar banho de piscina, estou no norte do Paraná perto da cidade de Maringá em um condomínio rural.

Antes de efetuar a compra eu e Ema fizemos muitas pesquisas e agora que estou aqui me sinto satisfeita, eu queria sossego e o encontrei.
O lugar é um grandioso condomínio rural. Poderia criar alguns animais se eu quisesse, penso.
Saio todas as manhãs para caminhar e conhecer o Lugar. Bob e Maria me acompanham e assim também se exercitam comigo, reclamam muito do sol super quente logo a sete da manhã, esse é o Brasil.

Por enquanto me sinto muito bem, já tenho um médico que vai cuidar da minha gravidez nesses últimos quatro meses, terei meus bebês aqui. 

Ema como sempre não desisti de me deixar informada sobre tudo, me ligou ontem e disse que Melissa esteve no escritório de Valentim o chamando de amor. E que mesmo ela detestando a loira agradeceu sua chegada Valentim queria saber de mim.

Acho que também devo agradecer? Perguntei se ela tinha contado algo ela disse que não, porque no exato momento a lacraia chegou e o assunto acabou, mas ele disse que terminar a conversa.

-Se ele voltar a perguntar diga que estou ótima e que fui viajar, minta, diga que estou no Canadá mande ele plantar batatas. Ema rio. -Não quero perder meu emprego dizendo desaforos ao meu chefe!

Quando terminei minha ligação com Ema fui para o jardim onde tem um enorme pé de manga espada. Pedi para Bob construir um balanço-me sentei nele e me balancei devagar sentindo uma sensação de liberdade.

Aquele mal estar, a sensação de estar sendo enterrada viva naquela mansão se foi. O amor que senti pela quele homem me deprimiu, julguei o que meu pai fez com minha mãe, mas deixei Valentim fazer comigo.

Apoio meus pés e impulsiono, meu corpo para frente e sinto meus filhos se mexendo, paro para senti-los.

Acho que eles também gostaram daqui o clima do meu país é maravilhoso, estamos no finalzinho da primavera, o calor já está a toda com a chegada do verão, acho que meus bebês nascerão no final do outono não vejo a hora.



Valentim

Ema achou que eu tinha esquecido da conversa que Melissa atrapalhou, antes que seu horário terminasse a chamei em minha sala. O que ela me disse não me agradou, recorri a Vicenzo e ele só fez confirmar o que Ema tinha me dito.

-Porque não me contou Vicenzo? -Valentim, não tem nem um direito de ficar chateado, Estela não lhe deve satisfação, a vida dela só pertence a ela. Quando viajou com Melissa para as Maldivas informou ela, pediu permissão a ela.

-Uma coisa não tem nada a ver com a outra. -É aí que se engana amigo, tem tudo a ver, mas como sempre só enxerga o seu lado, apenas o seu ponto de vista, a sua razão, sua verdade e ela que se dane não é.

Vicenzo jogava pesado, eu não era seu dono, ela não era minha propriedade, ela era a mulher que eu amava, mas não aceitava, aquela que eu queria sobre meu domínio. Fiquei em silêncio, não tinha mais argumentos para aquela conversa com Vicenzo, ele não trairia a confiança dela éramos amigos, mas o vínculo que construiu com ela, então pouco tempo era inabalável ele me via como um cretino.

Sai da sua presença e ele se foi com Ema segurando em sua mão, parei frente a porta da minha sala vi quando chamaram o elevador e ele a abraçou seu corpo lhe dando um beijo.  Formavam um casal bonito, ali eu via duas pessoas que se completavam formando algo juntos. E eu como disse Valério um dia, eu vivia minha vida de merda.

A cor do  Pecado COMPLETA.Onde histórias criam vida. Descubra agora