ESTELA 21
Cinco anos depois.
O dia de retornar havia chegado, as crianças haviam crescido e eu tinha planos para minha nova vida na Alemanha.
Meu país era o Brasil, mas meus negócios e minha fortuna estavam na Alemanha, eu poderia continuar vivendo longe, deixando Vicenzo cuidando de tudo, mas não era certo, eu queria aprender a lidar com as empresas.
Queria aprender a lidar com toda aquela fortuna que me amparava confortavelmente. Eu estava disposta a aprender a cuidar do meu patrimônio, e Vicenzo me apoiava. Durante todos estes anos ele cuidou de tudo na minha ausência, era muito competente aplicado, leal, eu o considerava meu irmão.
No jato acomodei meus filhos em seus acentos, curiosos riam empolgados mexendo em tudo, contei a eles da nova casa que era grande e a piscina enorme, adoravam água. Eu estava voltando, mas não moraria na mansão do bosque, aquela prisão luxuosa seria apenas uma fachada, se acaso ele me procurar.
Pedi a Vicenzo para comprar uma casa perto do centro, segura, muito segura.
A viagem foi longa, dose horas para ser exata, mas tranquila, meus filhos dormiram a maior parte do tempo e isso ajudou bastante. Maria me olhava do seu acento e eu sabia exatamente o que lhe preocupava.
-Acho que nunca estarei preparada. Falei e ela apertou os lábios como se dissesse que já sabia, eu fugi amando aquele homem, e durante esse tempo afastada sinto que esse amor permanece, dormente.
Ela e Bob ficaram todos esses anos ao meu lado, mas quando suas férias venciam eu disponibilizava o jato para que eles pudessem visitar suas famílias. As crianças se apegaram a eles como família e eles a elas.
Vó Maria era chamada todo o dia e quando queriam nadar, tio Bob que não tinha sossego. Em uma de suas férias Bob me contou que o viu, quando saia de um bar na madrugada, não estava acompanhado, mas carregava uma cerveja, nunca o presenciei tomando cerveja ou senti o cheiro quando estávamos juntos.
Chegamos era noite, Vicenzo e Ema estavam nos esperando no aeroporto com a equipe de segurança que mandei contratar.
Pego Elisa no colo, Bob pega Emanuel e saímos do avião. Elisa está acordada e olha curiosa para todos os lados, descemos as escadas sentindo o friozinho característico daquele país. Vamos ao encontro de Ema que corri com os braços abertos para nós, Elisa sorri com a boquinha cheia de dentes, da os bracinhos para Ema.
-Dinda. -Oh meu deus qui coisa linda. Ema abraça minha pequena a enchendo de beijos, seus bracinhos gorduchos se enroscam no pescoço dela, Elisa a aperta devolvendo o chamego.
Cumprimento meu amigo com um abraço, ele cumprimenta Bob, Maria e pega meu filho dos braços de Bob com carinho, meu pequenino abre os olhinhos sonolento e volta a fechar novamente com priguiçinha.
-Eles estão lindos Estela? Sorrio com o comentário de Vicenzo, balancei a cabeça confirmando o que ele dizia, vendo eles embalarem meus filhos em seus braços.
Entramos todos no carro fomos conversando, rindo, meus filhos ganharam Beijos e abraços a todo tempo dos meus amigos que estavam encantados com eles. Só viram eles uma vez quando fizeram um ano, passaram uma semana comigo no Brasil, amaram o lugar e o clima.
Naquela primeira noite passamos em claro com Ema me contando tudo sobre a vida boemia que Valentim levava. Perguntei se ele tinha se casado com Melissa, eu temia a verdade, mas a curiosidade sempre me foi maior que a razão, disseram que não, não vou mentir que a resposta me deixou aliviada.
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A cor do Pecado COMPLETA.
RomanceUma história sobre preconceito e paixão. Conteúdo erótico ADULTO. Para maiores de 21 anos.