Confusa

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— Ei, me solta! Eu sei andar sozinha!

Eles já andavam há algum tempo, Yoona estava sendo praticamente arrastada pelo mais alto, que segurava com força seu pulso, enquanto ele movia-se muito mais rápido do que ela, fazendo-a não conseguir acompanhá-lo. A garota observava-o andar a sua frente, sentindo-se indignada com a facilidade que ele transitava por entre os galhos e raízes de árvores no chão, sem nunca tropeçar em nenhum deles, ao passo que ela, se atrapalhava com os pés e só não caiu por diversas vezes por conta do aperto firme em seu punho, mantendo-a equilibrada e em pé. "Será que esse idiota não percebe que eu estou tropeçando toda hora?" Pensou.

— Se você parasse de ficar olhando para mim e se preocupasse com seus próprios pés, não estaria tropeçando tanto, meu anjo. — O rapaz disse, sem parar de andar e sem olhar para trás, como se respondesse aos pensamentos dela.

— Eu não estaria tropeçando se você não estivesse me puxando! — Revidou.

— Tudo bem. — Ele disse, soltando-a no mesmo momento em que outra vez ela tropeçava em alguma raiz de árvore, fazendo-a se desequilibrar e cair de joelhos no chão.

— Mas que droga! — Yoona gritou, no mesmo tempo em que se colocava sentada. — Porque você fez isso? — Indagou irritada ao observar o rasgo nas calças do pijama e seus joelhos machucados, e agora sujos de terra, sangue e pequenas pedrinhas que pareciam ter penetrado sua pele.

— Eu achei que tivesse dito que sabia andar sozinha. — Pontuou irônico, enquanto se virava na direção dela. Olhou para baixo, fitando a garota sentada. — Vamos, se levante, minha paciência com você já está se acabando.

— Eu não vou com você enquanto não me disser quem você é e pra onde está me levando. — Falou ríspida, enquanto tentava limpar ao menos que um pouco as pedras e a terra dos joelhos.

— Você não está em posição de mandar, meu anjo. Agora levante-se daí. — Exigiu.

— Eu já disse que não vou. — Ela o desafiou, agora olhando em seus olhos e massageando o pulso dolorido, que com certeza ficaria com hematomas pela força desnecessária que ele aplicara ali.

— Levante-se agora! Por que eu não tenho problema nenhum em deixar o seu outro pulso igual a este. — Embora sua voz se mantivesse no mesmo tom de desdém de antes, seu olhar transparecia a impaciência que sentia.

Yoona se manteve no mesmo lugar encarando-o com raiva e em um movimento mais rápido que qualquer olho humano pudesse acompanhar, o moreno se colocou diante dela, puxando-a pelo seu outro pulso - até então ileso. Ele a levantou, colando seu corpo ao dele, deixando seus rostos próximos o suficiente para que ela sentisse o hálito quente dele contra a sua pele.

— Embora eu fosse adorar me divertir com você agora mesmo, preciso antes saber que criatura você é, e quem te mandou aqui. Então seja uma boa garota e me obedeça. Sim? — As palavras foram proferidas num sussurro calmo e hipnótico, enquanto ele olhava no fundo dos olhos de Yoona, que por sua vez encontrava-se perdida no traços perfeitamente desenhados do rosto dele.

"Droga, porque ele precisa ser tão bonito?" Tão imediato o pensamento lhe passou a mente, um sorriso malicioso brotou no rosto do rapaz a sua frente, fazendo com que a mesma olhasse para seus lábios vermelhos e cheios, numa espécie de transe.

— O que foi meu anjo? Tem algo que gostaria de me dizer? — Ele aproximou seu rosto ainda mais do dela, que com o movimento inesperado, saiu de seu transe dando um passo para trás.

— Pare de me chamar assim, eu não sou seu anjo. — Tentou manter a voz firme, mas falhou no final da frase, ao perceber a forma intensa com que ele olhava para ela.

The Leech (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora