Eu preciso de você. Agora.
Aquelas palavras tinham um efeito sobre mim que tornava impossível me controlar ou concentrar.
Eu devo ter levado umas cinco multas por velocidade e por ultrapassar o sinal, mas quem poderia me culpar? Havia sangue demais indo para lugares que não era exatamente onde ficava a razão e o bom senso.
Passei pela portaria e dessa vez o porteiro não me barrou, mas talvez se tivesse apenas tentado, eu não teria sido tão cordial como da primeira vez.
Enquanto esperava no elevador, tentava repetir para mim mesmo que ela podia estar me chamando apenas para conversar, colocar os pontos nos is e, talvez, me esculhambar por ter batido no noivo dela.
Eu tinha dado um belo murro na cara dele e não me arrependia um tico sequer.Assim que as portas metálicas se abriram, adentrei o corredor sem pensar muito e avancei na direção do apartamento dela.
A parte consciente da minha cabeça, me fez erguer a mão para bater na porta e, assim que ela abriu, comecei a falar:
─ Karol, olha só, eu sei que...
Mas lá estava a boca dela engolindo a minha, me puxando para dentro do apartamento pela gravata, me arrastando para sei lá onde, mas que eu iria mesmo assim, só porque ela mandou.
Seus beijos me tiravam o fôlego e precisei fechar a porta com um chute; encostei-a na parede e um quadro escorregou e caiu ao nosso lado, mas isso era o de menos.Eu queria comê-la ali mesmo, colocá-la de costas e entrar nela até que fôssemos praticamente um só, eu só precisava que ela me pedisse...
─ Você veio logo... – Ofegou entre um beijo e outro, tentando desabotoar minha camisa, mas desistindo e resolvendo arrancá-la fazendo os botões voarem pela sala. – Preciso que faça aquilo que falou no elevador...
Segurei seu pescoço fazendo-a olhar pra mim, deslizei minha outra mão por cima de sua calça de moletom e toquei de leve sua boceta.
Quente.
Ela gemeu.
─ Peça! – Falei com a voz rouca de desejo. – Peça e eu farei.
Senti suas mãos descerem até a cintura da minha calça e começarem a desafivelar meu cinto, logo o cós folgou e seus dedos desceram o zíper enquanto desabotoava o único botão...Eu ia explodir de tesão... Mas ela não falava.
Estava me castigando.
─ Pedir? – Sussurrou empurrando minha mão que segurava seu pescoço e prendendo-a para trás nas minhas costas. – Eu pensei que eu mandava.
Tentei morder seu lábio, mas ela levou a boca até meu queixo e depositou um beijo, depois desceu pelo meu pescoço e dali foi trilhando um caminho de beijos quentes pelo meu peito, despertando coisas absurdas pelo meu corpo inteiro, me torturando... Segurei seus cabelos com força, puxando-a para minha boca, mas ela apenas sorriu e continuou descendo os beijos...
─ Karol... – Gemi quando ela se ajoelhou na minha frente, passando a língua pela pele logo acima do cós da minha cueca. ─ Está brincando com fogo, coração...
─ Apenas aproveite...
Com destreza ela abaixou minha cueca e meu membro saltou para fora ficando muito perto de seu rosto, ela riu maldita e me olhou com as sobrancelhas arqueadas antes de, finalmente, tocá-lo e umedecê-lo com a ponta da língua.
Aquilo foi o suficiente para me fazer apoiar a palma da mão na parede e segurar um urro.
Ela era cruel.
Ficava passando a língua úmida pela extensão, saboreando como se fosse a coisa mais deliciosa que já provou, fazendo movimentos de vai e vem sem muita pretensão, me olhando como quem sabe que tem o controle do meu prazer nas mãos; ela levou a língua até a cabecinha e lambeu com vontade, gemendo, dedicando uma boa quantidade de tempo naquela região.

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Luxúria
FanfictionSINOPSE LUXÚRIA: "Três anos atrás Karol havia feito uma coisa que se arrependia amargamente; ela havia traído o, até então, namorado. Pensar nisso a fazia ter dores de cabeça. Trair significava que ela não era a mulher perfeita que Michael esperava...