Epílogo

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Dois anos depois...

Rio de Janeiro

─ Coração, vamos nos atrasar! – Avisei, pela quinta vez.

Karol estava há horas no banheiro e eu não conseguia achar um motivo para aquilo.

Estávamos para ir à festa de aniversário do Lionel, mas não era nada formal, seria em um barzinho que tocava música ao vivo e, até onde eu sabia, ele agora estava namorando um dos cantores, por isso havia decidido que passaria seu aniversário ali.

─ Deixa de pressa! – Ela gritou do outro lado da porta.

Chequei as horas.

Estávamos atrasados mesmo. Lionel comeria nossos fígados.

Resolvi ir até a janela. A noite estava fria e uma brisa gostosa invadia o nosso quarto.

Tínhamos nos mudado definitivamente para o Rio, pois uma filial da empresa onde ela advogava fora aberta ali, então decidimos que era o momento perfeito de nos juntar de uma vez, já que meu pai estava pra se aposentar e eu assumiria a empresa, mesmo que vez ou outra ainda precisasse ir à Argentina, porém até então estava tudo muito bem equilibrado.

Balancei a cabeça enquanto sorria me lembrando de tudo que passamos até chegar onde estávamos e, sinceramente, eu não mudaria nada. Cada decisão que tomamos, cada momento que passamos, nos fez mais fortes. Calibrou nosso amor.

Girei nos calcanhares para chamá-la novamente, porém Karol já vinha na minha direção com as mãos escondidas atrás das costas.

Franzi o cenho.

─ O que foi? – Perguntei.

Ela ficou na ponta dos pés e beijou minha boca, depois se afastou sorrindo.

─ Tenho uma coisa pra você.

─ Pra mim?

Karol fez que sim com a cabeça e puxou de detrás das costas uma caixinha azul com um laço rosa; peguei a caixa nas mãos, mas não entendia nada, porém abri como ela tinha mandado e tamanha foi minha surpresa ao ver um par de sapatinhos azul e um par de sapatinhos rosa e, no meio deles, um teste de gravidez que era positivo.

Quando nossos olhares se cruzaram, ambos estávamos emocionados e entorpecidos.

Zonzos de emoção.

─ Como eu não sei se é menina ou menino, comprei os dois. – Deu de ombros, mas já estava chorando.

Puxei-a para junto de mim, incapaz de formular alguma frase.

A perca do nosso filho anos atrás nos tinha destruído por dentro, passei muito tempo carregando a dor da culpa e a dor da saudade que se embolavam no meu peito e não me permitiam seguir em frente, mas acabei aceitando os desígnios da vida.

Nosso neném estava em um bom lugar.

E agora... Lá estava outro bebê, outra vidinha a caminho... Um pedacinho de nós dois.

Nosso filho. Nosso segundo filho.

─ Eu estou... Deus do céu! Eu sou o homem mais feliz desse mundo todo!

Karol ria alto quando se desvencilhou dos meus braços e fitou meu rosto.

─ Fruto do nosso amor. – Sibilou, emocionada. ─ Eu te amo, Ruggero Pasquarelli; mesmo que você diga coisas sem noção e adore me tirar do sério com suas estatísticas do mundo do sexo... – Nós dois rimos. – Eu te amo e sempre vou te amar.

Beijei sua testa e fechei os olhos por um momento.

─ Eu também te amo, Coração, mesmo que você finja não gostar das minhas estatísticas e dos brinquedinhos que comprei na quinta passada... – Lanço-lhe uma piscadela e ela me dá um tapa no braço. ─ Ai!

─ Cretino!

Começo a rir ainda mais e iço seu corpo para junto do meu, encaro seus olhos verdes e suspiro pesadamente, tendo toda a certeza do mundo que minha vida começou exatamente no dia em que cruzei o caminho dela e que esse filho era a forma de Deus dizer que nos abençoava, que nossa união finalmente se firmava para sempre.

Encostei a testa na dela e sorri.

─ Para sempre, Coração.

─ Para sempre, Amor.

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FIM

E aqui encerra essa estória maravilhosa que soube perfeitamente roubar meu coração todinho hahahahaha e espero que o de vocês também!

Eu nunca imaginei que encerraria esse livro com tantas leituras e em #1 no ranking de SoyLuna. É muita coisa boa pra um dia só! kkkk Vocês são foda! Obrigada por tanto carinho, apoio e puxões de orelha hahhahaa 

Obrigada por sempre estarem comigo!

Enfim minhas diabinhas, até a próxima!

Obrigada por tanto!



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