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1 de março de 2043, domingo.

— Como foi com seus pais? – perguntei, tirando minha camisa e me jogando na cama. Noah fez o mesmo.

— Foi normal. Eles estão felizes que minhas notas e meu desempenho estão melhorando. – abraçou-me, fazendo uma conchinha. – Isso tudo graças a você.

— Graças a você. Eu não faço suas provas.

— Mas você me incentivou a estudar, e eu agradeço por isso.

Selei nossos lábios, iniciando um beijo molhado.

— Sabia que eu falei para eles que estou namorando um cara?

— Perai, que?

— Isso mesmo que você ouviu. – riu.

— E qual foi a reação deles?

— Normal, ué. Ficaram felizes até. Não posso esperar menos de um casal gay.

—  Você tem dois pais?

— Sim.

— Uau, essa eu não sabia.

Noah riu.

— Quase ninguém sabe, na real. Só Chase. Sinto falta dele.

— Hum. – falei.

— Mostrei até uma foto nossa para eles, acredita? Eles falaram que te reconhecem, só não lembram de onde. O meu outro pai é brasileiro também, incrível né?

Engoli em seco, muito seco, mas tipo, muito mesmo.

— Haha, que legal! – falei.

— Eles até me ensinaram palavras em português para falar com você, olha. 

Noah pegou seu celular e leu o que tinha nele.

Vamos transar mais tarde?

Eu ri, não acreditava que Noah tinha perguntado ao seus pais isso.

— Não acredito que você perguntou como falar isso em português pra eles.

— Perguntei, ué. – eu sorri e dei mais um beijo nele.

— Eles – selinho – querem – te – conhecer.

— Acho melhor não.

— Porque não?

— Eu acho que está muito cedo para eu conhecer seus pais.

— Cedo nada, já quero marcar nosso casamento para o mês que vem.

— Tá doido?

— Já disse que sim, por você. – falou. – Quero conhecer seus pais também, então adianta o processo aí e assume nosso namoro pra eles logo.

— Só se me pagassem um milhão de doláres.

— Olha que eu pago, ein?

— Babaca.

Rimos e nos reviramos na cama. Iniciamos mais um beijo, dessa vez, quente e rápido. As mãos bobas logo começaram a surgir, Eu estava sentado em cima do pau de Noah, ele apalpava o meu por cima da bermuda, eu rebolava em cima do seu. Nosso beijo continuava, parávamos as vezes só para respirar, mas logo retomávamos o beijo. Noah tentava desabotoar os botões da minha bermuda, mas eu saí de seu colo.

— Agora não.

Noah bufou, decepcionado.

— Precisamos conversar.

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