Impopular (Romance Gay)

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18 de março de 2043, quinta-feira.

Cinco dias desde os vazamento dos vídeos e fotos. Estava deitado no sofá, com minha mala já pronta. Na verdade todos já estavam prontos. Só faltavam Talita e Aisha que por algum motivo ainda estavam lá encima arrumando suas malas. Alexandre bufava ao meu lado direito, no lado esquerdo estava meu namorado. Eu estava com a cabeça apoiada em seu ombro, ele fazia carinho em minha mão.

Do lado de fora de casa, ainda havia centenas de repórteres acampados em nossas portas, sempre tentando arrancar informações extras de qualquer um de nós. Nem mesmo os empregados, motoristas ou o carinha que limpava nossa piscina tinha um minuto sequer de paz. Era só qualquer um aparecer do lado de fora que todos eles levantavam do chão, preparavam suas câmeras e microfones, e nos bombardeavam de perguntas. Minha mãe saiu do escritório do meu pai, carregando seu mesmo tablet de sempre.

- Onde está Talita? - observou ao nosso redor - E sua amiga, Jean?

- Estão lá em cima ainda. - respondeu Alexandre, revirando os olhos.

- Alguém vai chamar elas. - falou, olhando para o tablet. Cinco segundos depois, ouvimos um barulho com o que parecia ser um helicóptero. Olhei através das janelas, e realmente tinha um helicóptero pousando em nosso jardim. Poucos segundos depois já começavam os flashes, tive que fechar um de meus olhos. - O transporte de vocês já chegaram.

- Nós vamos de helicóptero para o aeroporto? 

- Óbvio que não. Você é burro? Vocês vão para uma base  particular do seu pai, de lá vocês vão pegar um jatinho.

- Eu nem sabia que nós tínhamos uma base de jatinhos.

- Vivendo e aprendendo, porque eu também não sabia. - Alexandre falou, levantando-se e subindo as escadas para chamar as atrasadas, em minutos elas apareceram com cada uma no mínimo três malas enormes.

- Gente...? Pra quê isso tudo? - perguntei para as duas. Observando-as descendo as escadas. Quem sofria mais era Alexandre, carregando duas malas de cada uma. Não pude deixar de rir.

- Sem perguntas por agora, maninho. Vamos, estamos atrasados. 

- Hum, é mesmo?? - falou Alexandre. Talita apenas desceu seus óculos de sol que estava apoiado em sua cabeça. Talita fez o mesmo, rindo do irmão do meio.

Seguramos nossas malas, nos dirigindo para o helicóptero, a ordem de nossa mãe foi para que nós não respondêssemos absolutamente nenhuma pergunta. Nem mesmo dos motoristas do helicóptero. Então entramos em total silêncio. Noah sentou ao meu lado esquerdo, no meu lado direito estava o piloto. Os demais sentaram atrás de nós. Quando terminamos de nos ajeitar dentro do helicóptero ele começou a decolar. Indo pelos fundos vi que lá também estava lotado de gente, não tinha um espaço sequer para passar um carro. Então foi por isso que tivemos que ir de helicóptero.

Chegamos a base de jatinhos do meu pai. Descemos junto com as malas, um homem de terno nos esperavam em frente a um avião, digo, avião mesmo. Não era jatinho nenhum, era literalmente um avião. 

- Bem vindos. - falou o homem assim que chegamos na frente dele. - Me chamo Juliano, serei o copiloto de vocês hoje. Podem entrar, nós guardaremos as malas de vocês. - estendeu a mão para a porta, que descia lentamente para nós. Era um pouco diferente da porta do avião mas mesmo assim não deixava de parecer um avião desses que aparecem no aeroporto.

Ao entrar, sentei na primeira cadeira que vi. Havia um corredor imenso, a cada três cadeiras havia um frigobar, a luz interna era um azul bebê, que foi trocado para amarelo bem clarinho assim que entramos. Talita e Aisha sentaram juntas nas cadeiras de frente para nós. Talita foi logo abrindo o frigobar e pegando dois refrigerantes sem açucar, um para ela e outro para Aisha.