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11 de janeiro de 2043, domingo.

— Ok, o que iremos fazer agora? – falei para Noah, eu estava sentado na cadeira do seu quarto, atrás de mim tinha uma mesa com um notebook cheio de poeira.

— Vem aqui. – Noah deitou em sua cama e bateu no espaço que tinha ao seu lado. Pensei um pouco antes de ir, não queria transar com ele. Pelo menos não por enquanto.

Caminhei até o lugar que pediu para mim ir, me sentei. Ele puxou a gola de minha camisa, me forçando a deitar. Feito isso, Noah colocou sua perna esquerda em cima de mim, mais especificamente na minha cintura. E seu braço em meu peito. Me manti parado.

— Tá, vamos ficar assim então? – perguntei.

— Por enquanto sim, agora dorme.

— Mas nós acabamos de acordar.

— Dá um jeito de dormir de novo, estou com sono.

Suspirei, fazendo meu peito subir e descer rapidamente como se estivesse irritado. Noah continuava na mesma posição.


...

— Acorda. – senti meu corpo sendo chacoalhado com força. Senti cheiro de café da manhã também. Abri os olhos, enxergando tudo ao redor com dificuldade. Passei as mãos nos olhos para tentar melhorar a minha visão.

— Bom dia. – vi Noah sorrir, no lado que Noah estava deitado tinha uma bandeja do refeitório, nela continha dois copos de suco de laranja, dois hamburguês e batatas fritas. Havia molhos em pequenos potes também. Noah me deu um selinho.

— Você sabe que nós não namoramos, não é?

— Não namoramos porque você não quer. – respondeu.

— Isso por um acaso foi um pedido?

— Não oficialmente.

— Que bom, eu não ia aceitar.

— Viu? Você é meio chato. Eu gosto disso. – esticou-se para me dar um beijo. Seu beijo tinha gosto de suco de laranja, espero que ele não tenha se importado de eu não ter escovado os dentes ainda. – Não se lota de comida, quero te levar pra comer fora hoje também.

— Único chato aqui é você.

Sorri. Noah parecia um guri mimado e chato quando o conheci, mas nesse tempo que estamos passando juntos ele está se provando o contrário. Faz raiva as vezes, eu costumo perdoar fácil. Dependendo da situação, claro.

Ao terminar de comer, Noah pediu para eu trocar de roupa. Fui no banheiro, tomei um banho rápido enquanto escovava os dentes embaixo do chuveiro mesmo, para economizar tempo.

Vesti uma camisa branca, sem estampa, um moletom aberto no meio e uma calça jeans azul escura. Noah me emprestou uma bota, o tempo lá fora estava meio chuvoso e eu não estava afim de sujar meu tênis novo de lama.

Noah estava gato para um caralho, sua regata preta estava colada em seu corpo, usava uma bermuda jeans colada também. Suas coxas eram grossas, a vontade de passar a mão era grande.

— Isso tá sendo novo pra mim. – falou, enquanto subia em sua moto e colocava seu capacete. Estendeu um rosa pra mim. – Parece seu cabelo. – riu.

— Tá me chamando de cabeção?

— Eu disse que parece seu cabelo, não sua cabeça. Eu ein.

Noah gostava de ir pilotar alta velocidade, a minha sorte era que as ruas de New Haven não estavam lotadas de carro como nos dias de semanas, se não já tinha batido faz tempo. Ok, uma coisa eu já sabia: Não andar de moto com Noah nos dias de semana.

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