Capitulo 4 (Onde vamos parar?)

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John
- Estava ainda em cima da coroa que tinha me ligado pra se divertir um pouco e enquanto gemia como uma atriz pornô meus pensamentos voavam pra algo um pouco diferente do habitual não que fosse difícil manter o sincronismo enquanto metia dentro dela,aliás não precisei fazer muita coisa dessa vez foi mais direta e me implorou que a comesse porque estava bem frustrada com aquilo que não estava tendo ultimamente em casa,mesmo sabendo que não me diz respeito a mulher me conta e resolvo lhe ouvir e até de vez em quando lhe dar uns conselhos e admito que acabou até que rápido não estava tão envolvido como gostaria nem pensei tanto agora que fiz um apurado do dia e essa grana vem bem à calhar no fim das contas.
- Coloco os quinhentos reais no bolso uma hora mais tarde e resolvo comprar alguns alimentos no mercado,percebi que estava vazio porque quando fui beber uma cerveja descobri que não tinha nada lá,cara preciso me ligar mais nessas coisas,até me orientar um pouco,daqui umas quatro horas vou pra boate trabalhar e preciso no mínimo colocar algo no estômago sem ser bebida alcoólica,se pudesse me manter limpo até o dia seguinte seria uma imensa vitória.
- Pego minha moto preta e vou há um supermercado que ficava há algumas quadras daqui,logo que chego e estaciono na entrada noto um rosto familiar,essa garota só podia estar me perseguindo,ao descer noto seu olhar fixo no vazio,parecia que observava alguma coisa ou alguém mas ao olhar não tinha nada além do estacionamento com alguns carros,aparentemente vazio,quando me aproximo percebo que meus próprios passos estão mais lentos,preguiçosos como se não quisesse mexer naquela imagem,droga!Ela é bonita,do tipo de beleza que é genuina não fabricada por cirurgias,dietas idiotas tinha várias curvas nos lugares certos,seios pequenos mas firmes que adoraria experimentar,porra!Sem falar no rosto pequeno em formato de coração,lábios grossos,cabelos longos,ondulados,castanho escuro,claro que a vizinha é no mínimo suculenta.
Maria:- Quem tá aí?
- Estranho não ter me notado mesmo estando escuro e tal à não ser,sou um idiota por não ter notado isso!
Maria:- Estou avisando!
John:- Calma vizinha,sou eu.
Maria:- Nossa John,"cê"me assustou cara!
- Ela passa a mão no peito como se isso à estivesse assustado mesmo,me pergunto o que tem acontecido na sua vida pra estar assustada,retraida dessa forma parece até que alguém e à essa altura poderia dar um palpite de quem seria o maldito que lhe provocava esse pânico.
John:- Alguém anda fazendo coisas erradas hum?
Maria:- Pensei que todo mundo não soubesse!
John:- Sobre o que?
Maria:- Sou uma espécie de demolidor e saio por aí a noite combatendo ladrões e qualquer sorte de gente má!
John:- Engraçadinha.
- Ela me dá um sorriso franco e sem entender o porque daquilo me sento do seu lado,à observo por alguns segundos contra a luz do mercado,parece estar pensativa como se pudesse encontrar respostas para todas as suas dúvidas.
John:- Tá fazendo o que por essas bandas?
Maria:- Apenas esperando uma amiga que foi fazer compras,você?
John:- Mesma coisa,posso te perguntar algo?
Maria:- Posso pensar em responder,sim deve fazê-la.
- Estava certo em pensar que o tem de linda tem de sarcástica,bom saber disso porque não tinha gostado do estado que estava na vez que a encontrei no corredor e novamente precisava lembrar que essa menina não é problema meu.
John:- Faz muito tempo que é cega?
Maria:- Desde que nasci.
- Ela me diz com um meio sorriso mas compensando com seu olhar triste,perdido é uma pena que isso tenha acontecido com você,queria ter dito isso mas não falei nada,o silêncio começou à ficar por toda parte ao nosso redor porque estava com raiva desse tipo de coisa ter acontecido à essa moça.
Maria:- John?
John:- Ainda aqui.
Maria:- Por que ficou calado?
John:- Sei lá esse tipo de coisa me deixa desconfortável.
Maria:- Ah você não é o único.
- Droga sinto que falei besteira,já que sua expressão muda pra algo mais sério,não foi minha intenção.
John:- Me desculpa se falei alguma coisa que não gostou.
Maria:- Não é isso,que não gosto de ser tratada diferente só porque sou cega.
John:- Sinto muito se passei essa impressão mas não é isso.
Maria:- Então o que é?
- Quando vou me explicar e dizer que aquilo não era pra acontecer com garotas como ela que mereciam mais do que a pena de gente sem noção e desinformada parece que existe um bloqueio na garganta,foi à muito tempo que resolvi falar alguma coisa que não envolvesse trabalho e sexo e além dessas coisas parece ser só mais papo furado.
"- Maria quem,seu amigo?"
- Nesse momento saem uma senhora e uma jovem que carregavam três sacolas de compras e se encaminhavam pra perto de nós,essa é minha deixa pra entrar antes dessa conversa ficar mais bizarra.
John:- Foi ótimo conversar com você vizinha mas agora preciso ir.
Maria:- Eu digo o mesmo também vizinho.

Aos teus Olhos - Série IMPERFEIÇÕES Onde histórias criam vida. Descubra agora