Capitulo 23 (Não entre em pânico)

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Maria
        – Meu coração parecia que ia sair do peito,batia tão alto que talvez meu vizinho estivesse escutando e naquele segundo a única coisa que iria realmente me tranquilizar era voltar  no tempo,retirar aquele pedido estúpido porque estava me sentindo triste,deslocada e quando Lúcia me contava que estava apaixonada pelo último cara que podia me apaixonar pensei e concordei comigo mesma"POR QUE NÃO!?"
Maria:– Droga sou uma idiota!
John:– Não seja tão má contigo querida.
Maria:– Pelo menos finge!
John:– O que garota?
Maria:– Que não pode ouvir meus pensamentos!?
John:– Você é maluca!
Maria:– E você é um bêbado e garoto de programa!
          – Devo ter pegado pesado porque o silêncio recai como uma pedra gigante,não pretendia ser grossa mas John adorava me provocar de diversas formas,nem devia ter falado esse tipo de coisa.
John:– Nossa...
Maria:– Olha eu...
         – Por que escutava sua risada agora?Não sou motivo de piada,o que falei que pareceu tão engraçado assim pra esse idiota!?Isso me deixava com os nervos à flor da pele e com vontade de batê-lo até que caísse no chão.
Maria:– Qual o seu problema comigo?
John:– Acredite vizinha nada mesmo.
Maria:– Por que está rindo?
John:– Você é engraçada e minha cabeça parece que vai explodir.
Maria:– Sinto muito.
John:– Não sinta porque sempre sou um idiota!
Maria:– Que,isso não seja tão malvado com você querido.
John:– Vem aqui.
Maria:– Desculpa?
John:– Chega mais perto por favor.
Maria:– Para que?
John:– Só vou contar se você aproximar.
          – Droga devo ser mesmo uma idiota por que contra todos os meus extintos de ir embora e deixá-lo continuo seguindo sua voz até me aproximar e esbarrar nos pés da cama.
Maria:– O que você quer?
John:– Deita aqui.
Maria:– Perdão?
John:– Está perdoada,pode deitar por favor?
Maria:– Pra que?Você parece estar bastante bêbado.
John:– Eu não mordo vizinha.
Maria:– Você que está dizendo.
John:– Não sei o que falar sobre isso Maria.
Maria:– Não precisa me contar nada.
John:– Eu transei com um cara noite passada.
Maria:– Ah,isso é ruim por que?
John:– Desde que comecei à trabalhar nesse tipo de coisa não tinha feito programa com homens pelo menos não ainda.
Maria:– Então você não é bi?
John:– Se fosse talvez não estivesse me sentindo dessa maneira,merda!
Maria:– O que está acontecendo?
John:– Acho que vou explodir a minha cabeça!
Maria:– Vai passar,a Leticia já te deu um comprimido pra dor.
John:– Reconfortante vizinha obrigado.
         – Aqueles momentos em silêncio são muito torturantes e como posso apoiar alguém se nem mesmo eu me apoio nos devidos momentos que preciso de ajuda?Era sempre meu terror e minha vontade de ser livre contra o doente do meu irmão.
John:– Preciso conversar com alguém,não estamos fazendo nada,não vou morrer de tédio olhando pra cima então...me salve de ficar nesse beco sem saída Maria!?
Maria:– Tá bem.
          – Como minha mãe falava quando faziamos alguma coisa errada"O QUE NÃO TEM REMÉDIO,REMEDIADO ESTÁ."Então me sento na cama do seu lado com as mãos cruzadas nas pernas e tentando não ficar sem graça com essa situação toda e como vim me meter nesse tipo de coisa?Só precisava levar minha irmã até lá embaixo.
John:– No que você tá pensando?
Maria:– Eu sou louca.
John:– Certo.
Maria:– Não preciso que me confirme nada tá bem?
John:– Ótimo,ainda está de pé aquele pedido safado seu?
Maria:– Para de me lembrar disso!Estava nervosa naquele dia,falei sem medir as consequências!
John:– Certo tipo o que?
Maria:– Não preciso te contar mais nada ok?
John:– Valeu e vamos voltar pra o outro assunto doutora?
Maria:– Como é?
John:– Sobre meu trabalho e tal.
         – Resolvo ceder e me deitar de uma vez do seu lado e o sinto levantar as cobertas e ao ficar tão perto daquele jeito me sinto confortada de alguma forma até acolhida,loucura achar que um estranho pode fazer mais bem do que alguém da sua própria família,mesmo com suas mãos bobas ao redor da cintura e sua respiração forte no pescoço não me sinto ofendida nem nada do tipo só que é uma sensação ótima,posso morrer porém não revelarei à ninguém que estou muito aconchegada assim.
John:– E aí o que achou?
Maria:– Do que?
John:– Da minha cama.
Maria:– É apertado mas confortável e aí você acha que pode lidar com isso em vez de se sentir culpado pelo que fez?
John:– Não é isso que falei apenas não me sinto confortável com o que pratiquei.
Maria:– Aconteceu já não é?Deveria apenas aceitar e seguir em frente.
John:– É isso que fala pra você quando aquele maldito faz as coisas que fez!?
          – Droga só porque me abri um pouco percebo que não devia ter falado aquele tipo de coisa,agora me sinto censurada por um estranho,a culpa é sobretudo minha,com isso estou queimando de vergonha pelo que disse.
John:– Desculpa fui longe demais.
Maria:– Está desculpado mas por favor não foque tanto na minha vida.
John:– Tudo bem,como te falei antes não tenho nada contra homossexuais mas não sentia esse tipo de coisa à muito tempo.
Maria:– Que é?
John:– Me sentir sem rumo pelas coisas que acabei fazendo na vida.
Maria:– Se não se sente mais bem então pare.
John:– Não é tão fácil quanto parece moça tenho contas pra pagar e de qualquer forma a vida continua!
           – John estava certo não importava a forma que éramos machucados porque precisávamos recompor os pedaços e seguir em frente e era isso que fazia todo santo dia,ao sentir sua respiração em meus cabelos o sinto mais perto meio que quebrando a distância ao meu redor só estive conversando e agora me sinto submergindo nas suas palavras.
Maria:– O que está fazendo?
John:– Tentando dormir um pouco.
Maria:– Tudo bem acho melhor...
John:– Não precisa se mexer basta ficar assim mesmo.
Maria:– Você planejou isso!
            — Não estou brava só que me sinto bem sem graça e com certeza em segurança Deus!Estou mesmo querendo fazer isso com esse vizinha safado!?
John:– Quieta vizinha quero dormir um pouco.

Aos teus Olhos - Série IMPERFEIÇÕES Onde histórias criam vida. Descubra agora