Capitulo 8 (Feridas abertas de um coração partido)

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John
        – Aquela garota estava protegendo alguém mas precisamente seu irmão canalha já que todas as vezes que perguntava quem tinha lhe dado uma surra ela desconversava e perguntava outras coisas era claro como o dia que estava passando o pano para aquele  maldito,droga você tinha que ser complicada dessa maneira,não podia apenas expor ele!?
      – Ao abrir meus olhos e fechar o chuveiro percebo que essa estúpida idéia de ajudá-la tinha ido longe demais,o principal problema era que não estava disposto à parar é tão covarde alguém judiar de uma pessoa assim!
      – Quando saio do banheiro com a toalha preta na cintura percebo que essa preocupação vem talvez do próprio tédio e raiva de mim mesmo pelos dias que se tornaram tão perdidos como meu olhar e a falta"dela"na minha vida.Me aproximo da cama de solteiro que pertenceu a minha mulher, à tinha comprado para não vê-la me esperando no sofá graças às vezes que chegava bêbado em casa,não fazia isso por querer me afastar só que na época não conseguia encará-la muito bem desde que por minha causa sofreu um aborto deveria ter sido mais gentil e responsável e carinhoso com a Marina,porra!Até seus nomes são parecidos não é vizinha?
             – Maria estava dormindo,devo imaginar que hoje não vai ter tanto tempo pra discutir qualquer coisa,nem sei porque estou insistindo nesse assunto,tá na cara que não quer ser ajudada por ninguém mas mesmo assim,perturbador pensar que esse tipo de maldade ocorre no quarto ao lado do meu.
John:– Esqueça isso por enquanto cara!
        – Saio de perto e vou até a estante de livros,claro que não tinha intenção de trazer os fantasmas pra esse lugar mas outra vez entrava em contradição comigo mesmo porque ao mesmo tempo que queria seguir em frente ainda não conseguia desistir do passado.
        – Pego um livro,fazia tempo que não mexia naquele lugar,Marina adorava ler,sempre que podia lhe presenteava com algum,aquele era seu preferido,dentro tinha uma corrente de prata que tinha guardado depois de chegar do seu funeral,estava sempre fechado e sem foto alguma dentro,seu formato de coração parecia deixar as coisas piores,ao observar aquela lembrança percebo o quanto tudo é cruel e doentio.Tinha descoberto apenas uma semana depois da sua morte que esperava um filho,outra vez a felicidade estava nas mãos e como sempre escorreu pelos dedos,era típico isso acontecer,tento fechar o livro mas o maldito colar cai no chão,não tem problema agora porque certas coisas não podem ser recuperadas mesmo.

Aos teus Olhos - Série IMPERFEIÇÕES Onde histórias criam vida. Descubra agora