Capitulo 15 (E se fosse a gente?)

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Maria
        – Teria sido muito direta com ele!?A resposta é claro que não!Estava apenas me expressando e talvez assustado o cara mas não passei dos limites porque aquele era o "trabalho"dele não!?
Brenda:– Nossa você é minha heroína sabia disso!?
        – Tínhamos acabado de chegar na segunda padaria onde a dona Lisa fazia negócios com um dos donos e padeiros  responsáveis e aquele cheiro gostoso de massa sendo colocada no forno tinha aberto meu apetite e foi aí que lembrei de comer alguma coisa é era óbvio que não iria perturbar nenhuma das duas com esse tipo de coisa,elas já estavam sendo muito gentis comigo mas minha barriga estava só Jesus na causa.
Brenda:– Credo porquinha controla os roncos!
         – Nessa hora coloco uma das mãos na barriga à esfregando com um pouco de força pra fazer a fome passar.
Maria:– Sinto muito com toda essa situação esqueci até de comer.
Brenda:– Você em?
        – Quando me preparava pra encostar a cabeça no muro atrás de mim,aguentar firme esse passar de fome do capeta nós escutamos uma criança pelo que parecia de colo chorando e a mulher pelo que escutei sua mãe estava tentando ninar o bebê  para que pudesse voltar ao trabalho,ao me aproximar deles peço para a mulher me entregar a criança que além do choro tentava se soltar como podia dos meus braços,por alguns segundos deixo a criança à vontade,vou tocando pelo que parecia ser um cobertor grosso que cobria o bebê,o embalo lhe cantarolando uma canção que minha mãe adorava cantar quando era mais jovem,nem me lembro da letra só que aquela canção ficou impregnada em meus pensamentos,com o passar dos minutos sinto o bebê se acalmando até perceber que meu"feitiço"tinha dado resultado.
Brenda:– Muito bem cantado bruxinha!
Maria:– Você é tão engraçada.
       – Logo a mulher vem me agradecer e dizer que eu era uma ótima pessoa e tal e aquelas baboseiras novas sobre fazer favores te tornar alguém bom,qualé só estou fazendo o que qualquer um faria ou pelo menos deveria fazer,ao lhe entregar o pequeno nos braços sinto uma sensação nova de ser preenchida por uma pessoa que mal é conhecida por mim.E ao embalar aquele pingo de gente bem lento e suave nos braços, enquanto cantarolava aquela canção  percebia com o passar dos minutos o quanto me sentia bem fazendo isso,até a vontade de fazer John cuspir os dentes começava à passar.
Brenda:– Olha aí num,que cê leva jeito!?
John:– É leva mesmo.
          – Essa não pensei que nossa conversa já tinha sido encerrada com sua negação e confissão de falar abertamente na minha cara que nem pagando ficaria comigo,beleza não seria a primeira vez que levei um fora e nem pensava mais em voltar lá precisava conservar o mínimo de dignidade possivel ainda.
Maria:– Brenda você poderia dizer à esse cara que não posso falar agora?
John:– Precisamos conversar.
Maria:– Não me escutou falando não!?
Brenda:– Ao contrário demorem bastante,eu não ficarei no caminho de vocês!
         – Fico com vontade de dar um tapa na cara da minha melhor amiga mas acho melhor moderar porque apesar de tudo somos íntimas até irmãs diria e segundo tem criança aqui por perto.
Maria:– Aonde você está!?
John:– Não se preocupe com isso.
         – Sem esperar ele me pega pelo braço e vai me guiando pra longe da padaria,daquele mundo doce e irresistível,droga continuo com fome,pra piorar acho que ele escutou minha barriga reclamar.
John:– Quer comer alguma coisa?
Maria:– Não!
         – É claro que meu estômago traidor iria exigir o contrário e isso me faz ficar vermelha,por que comigo!?
John:– Sério mesmo?
Maria:– Cala à boca!
       – Entrelaço minha mão no seu braço e finalmente me deixo ser guiada por ele porque o que não tem remédio remediado está,deveríamos tratar disso de uma vez.
John:– Desculpa pelo...
Maria:– Fica calado por favor!
       – Será que não percebia que aquela conversa era constrangedora pra mim!?Esperava de verdade que deixasse como está e talvez pudéssemos apenas comer e esquecer que citei aquilo ou talvez não,agora estava enlouquecendo por conta própria,que ótimo!
John:– Vem senta aqui.
       – Me ajeito num banco que parecia ser de pracinha embaixo de uma sombra com uma brisa tão fresca que me arrepiava e confortava ao mesmo tempo.
John:–"Cê"vai querer sorvete ou cachorro-quente?
Maria:– Os dois.
John:– Gulosa.
Maria:– Muito obrigado.
       – Queria entender seus motivos de estar ali comigo porque a maneira que sai não foi das mais amigáveis e não iria me desculpar nem nada do gênero sô queria compreendê-lo melhor mas enquanto estava me deliciando com besteiras não iria comentar nada ou responder muito menos.
John:– Então já que vim atrás de você acho que posso te perguntar uma coisa.
       – Fazia sentido mas mesmo assim não queria respondê-lo muito menos ouvi-lo só que era tarde pra mudar de idéia e devo dizer que foi muito paciente enquanto comia aquelas coisas gostosas mas foi só quando dei a última mordida que começou à falar aquelas palavras que por um lado estava disposta à ouvir,por outro só queria fugir daquele lugar e dele.
Maria:– Não vou mais dizer nada sobre"aquele assunto."
       – Faço aspas com meus dedos apenas pra dar mais ênfase nas palavras que nem eu mesma acreditava mas que seja porque John não precisava saber disso.
John:– Só estou tentando te entender ok?Acho que não vai me contar por que quer perder sua virgindade com um cara como eu.
Maria:– Como você?Que,isso John!Pelo que pude sentir"cê"tem tudo no lugar!
        – E quando minhas mãos passeiam pelo seu corpo o vejo se retrair um pouco,segurar meus pulsos e sinto suas mãos grandes na minha pele e estava certa que se quisesse poderia me partir em duas,por que estaria agindo daquela forma?Tudo bem podia estar sendo assediadora com o cara?Provavelmente!Mas em minha defesa seu trabalho era dar prazer aos seus clientes e nesse quesito talvez estivesse agindo pelo jeito certo.
John:– Você quer parar com esse assédio?
Maria:– Me desculpa.
John:– Ok mas não farei nada até que me conte o por que disso você é linda pode encontrar uma transa casual em qualquer rua se quiser.
Maria:– Você tem razão melhor me mexer!
          – Quando me levanto sinto outra vez sua mão me segurar e me fazer sentar,será que sua vontade de ganhar uma grana era tanta ao ponto de não me deixar ir?Sou uma possível cliente então a resposta era positiva.
John:– Não seja engraçadinha.
        – Estou rindo agora não porque gosto de pertubá-lo mas pelas coisas absurdas que venho dizendo sabe que antes não estava me sentindo tão solta mas John me dá leves empurrões que são ótimos pra me distrair da minha família peculiar e do meu irmão doente.
John:– Por favor preciso saber.
Maria:– Por que quer saber isso?
John:– Porque preciso, eu não quero...
       – Vejo sua voz hesitar antes de possivelmente me revelar alguma coisa que em seguida se arrependeria,estou desejando mais saber qual era sua confissão deve ser por isso que lhe proponho aquilo.
Maria:– Posso te contar a razão mas você também me deve uma resposta.
John:– Do que?
John:– Uma resposta por outra o que acha?

Aos teus Olhos - Série IMPERFEIÇÕES Onde histórias criam vida. Descubra agora