Capitulo 71 (A poção mortal)

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Maria
         — Tinha dormido tão bem nos braços do meu homem que nem notei o quanto estava atrasada pra trabalhar é claro que se tivesse colocado o despertador para funcionar não estava tendo essa loucura toda de pôr a roupa e tentar achar o pente até que me desequilibro e antes de cair no chão sou amparada por ele.
John:– Aonde pensa que vai amor?
Maria:– Trabalhar não é esse o plano?
John:– Você tinha me dito que hoje era sua folga não?
          — Fui tapeada por mim mesma que coisa mais ridícula!
Jonh:– Calma não é o fim do mundo.
Maria:– Você acha que estou enlouquecendo não é?
John:– Quer a verdade?
Maria:– Não pode mentir à vontade.
John:– Precisa relaxar moça.
Maria:– Tem toda razão cara!
         — Dou um soquinho de leve no seu ombro e saio de perto indo outra vez para meu quarto.
John:– Ei!Tá indo pra onde?
Maria:– Vou ver minha mãe hoje.
John:– Pensava que a gente ia transar de novo já que dei esses conselhos ótimos.
Maria:– Obrigado meu"Coach"me ajudou muito.
John:– Certo tem certeza mesmo disso?
Maria:– Preciso vê-la John depois do que houve não tive muito tempo pra falar.
John:– Sei disso.
Maria:– Ah é?
John:– Conversei com sua irmã esses dias e parece que sua mãe está mais calma quero dizer para uma pessoa que tentou tirar a própria vida.
Maria:– Você acha que a culpa é minha?
John:– Por que disso?
           — Também não entendia mas alguma coisa por dentro deveria ter sido melhor trabalhada como perguntar se estava bem ou precisar de mim do seu lado e sinto que à negligenciei o que é loucura já que estou fazendo o papel que devia ser da minha mãe.
          — Quando sinto os braços de John ao meu redor parecia que tudo que pensei foi truque da minha cabeça.
John:– Vai vê-la gatinha.
Maria:– Estou me aprontando.
         — Então ele dá um tapa em minha bunda.
John:– Rápido!
        — Coloquei outra roupa e liguei para Lúcia lhe dizendo que iria visitar nossa mãe.
Lúcia:– Isso vai ser ótimo querida!
Maria:– Daqui à meia hora vou aí!
        — Tomei meu café da manhã e me despedi do meu gato.
John:– Você vai ver seu irmão hoje?
Maria:– Não sei ainda mas estou com meu celular em mãos.
John:– Toma cuidado tá?
Maria:– Do que está falando?
John:– Nada é que esse cara apareceu do nada e parece ter te enfeitiçado.
          — Ele tá louco!?Estava mesmo em transe mas não era por nenhuma outra pessoa.
Maria:– Você sabe que estou mesmo enfeitiçada não é?
John:– Tá vendo?
         — John fala essa última frase como uma afirmação das suas dúvidas talvez?
Maria:– Estou mesmo nesse estado por sua causa seu idiota!
John:– Ah certo.
Maria:– Está sem jeito?
         — Continuava encostada na porta e pronta para saír mas queria que falasse a verdade.
John:– Como sabe?
Maria:– Porque pelo pouco tempo que te conheço gato você sempre fica calado quando fica sem saber o que dizer.
John:– Boa sorte com a sua mãe.
Maria:– John?
John:– Oi?
Maria:– Vem aqui agora.
John:– Mandona.
           — Antes que me falasse outra coisa desnecessária lhe beijo e passo minhas mãos naquele corpo que me deixava mega feliz todas as noites,sim posso dizer agora com todas as letras que o amo e não quero mais me afastar dele.
Maria:– Se cuida no trabalho gato!
John:– Você fez de propósito.
Maria:– O que?
John:– Agora vou ficar duro pensando em você!
Maria:– Paciência!
          — Não tinha idéia de como terminariamos esse relacionamento algum dia e se isso acontecesse seria para um futuro muito distante mas agora estou extremamente feliz só que esse momento foi meio que ofuscado pelos altos xingamentos de Lúcia no telefone.
Lúcia:– Idiota!
Maria:– É bom saber que ainda existe gente animada nessa casa.
Lúcia:– Oi querida me desculpa.
Maria:– Não precisa falar nada,Antônio!?
           — Ela grita de uma maneira que pensei ter dado a pior notícia do mundo mas é algo incomum ver minha irmã soltando fogo pela boca por causa de um cara.
Lúcia:– Não fale esse nome ok!?
Maria:– Tudo bem mas se quiser falar o que tá havendo?
Lúcia:– É uma história complicada e estou me odiando por isso.
Maria:– Calma maninha até parece que fez algo horrível.
Lúcia:– Bem eu...
Maria:– Você o que?Não vai me dizer que saiu com o cara encheu a cara e depois transaram?
          — Estou mencionando assim porque é absurdo até eu falando dessa forma como se minha irmã pudesse fazer algo desse tipo tão irresponsável.
Lúcia:– Na verdade sim.
        — Droga!É possível que Lúcia tenha cedido finalmente porque está se apaixonando ou talvez toda essa loucura tenha lhe feito surtar e deitar com ele!?São tantas as possibilidades que minha cabeça dá voltas.
Maria:– Como aconteceu?
Lúcia:– Por favor!Eu gostaria de deixar essa história no passado.
        — Outra vez o telefone toca e tenho certeza que Antônio não vai desistir tão fácil assim.
Maria:– Melhor deixar os pombinhos à sós e a nossa mãe?
Lúcia:– No quarto.
Maria:– Beleza vou dar uma olhada nela!
        — Tinha pensado em diversas formas de falar o que queria com ela já que foi tão recente mas esperava que desse certo tudo entre nós novamente e pudéssemos recomeçar como família mas quando cheguei perto da cama estava toda descoberta e será que tinha ido ao banheiro tão cedo?Chamei pelo seu nome mas não tive resposta alguma.
Lúcia:– Então à encontrou?
Maria:– Estou chamando por ela mas até agora nada.
Lúcia:– Estranho vou ver no banheiro.
Maria:– Certo.
        — Alguns segundos se passaram quando ouvi o grito abafado de Lúcia e fui logo lhe perguntando o que estava acontecendo?
Lúcia:– Mãe!Por favor acorda!
Maria:– Lúcia o que houve!?
        — Estava ouvindo barulho de água e algo sendo arrastado.
Lúcia:– Maria chame ajuda!Vou tentar reanimá-la!
Maria:– Certo!
        — Sem entender muito bem o que estava acontecendo vou indo até a saída quando abro a porta começo à gritar por ajuda e John aparece me perguntando qual era o problema e lhe peço que ajudasse minha mãe junto da Lúcia.
        — Aos poucos fomos atraindo a atenção das pessoas que moravam no prédio e Brenda chega em seguida junto da sua vó que trata de ligar para a ambulância mas John já tinha feito isso.
Maria:– Deus!
Brenda:– Calma amiga vem comigo!
Maria:– É tudo minha culpa!
       — Alguns segundos depois chegam pessoas provavelmente para tentar ajudá-la e com isso os minutos seguintes são torturantes e angustiantes enquanto chorava nos braços da minha melhor amiga e meu namorado ouvia Lúcia soluçar baixo até que aquilo acontece.

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