Capitulo 63 (Reparação)

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Maria
Brenda:– Nossa!Você está um pecado de tão linda sabia disso!?
          — Depois de termos discutido bastante na hora que John saiu para trabalhar cedo entre sessões de pegação e dona Lisa tendo nos pego no flagra posso dizer que estava tentando melhorar o clima entre nós é claro que em todas as famílias existiam brigas por vários motivos mas naquela altura nem estava querendo barganhar com uma garota que está tratando comida como inimiga e não aliada mas pelo menos por enquanto não estávamos querendo arrancar os cabelos uma da outra.
Brenda:– Agora que terminei de fazer esses cachos fofos como prefere?
Maria:– O que?
Brenda:– Acorda princesa!
          — Levo um pequeno tapa no ombro meio que me despertando de tudo que estava bagunçado por dentro.
Maria:– Bem preso.
Brenda:– Ótima escolha.
Maria:– Já que demos um tempo na nossa richa.
Brenda:– Pelo menos isso.
Maria:– Tenho que confessar que estou nervosa.
Brenda:– Pelo que?
         — Enquanto sentia minha melhor amiga prender meus cachos com o máximo de cuidado possível no topo da cabeça como um coque mesmo e colocando grampos percebo que não tinha respondido sua pergunta.
Maria:– Por conhecer alguém da convivência de John.
Brenda:– Nossa!Você me assustou.
Maria:– Pelo que?
Brenda:– Não você!Mas esse granpinho safado aqui!Uau!
Maria:– Que?
Brenda:– Ia enfiando esse danado no seu crânio!
Maria:– Você é assustadora às vezes!
Brenda:– Voltando ao assunto amiga você tá viajando e quer saber por que?
Maria:– Sim quero.
Brenda:– Seu namorado ou ficante ou escambau que for quer te apresentar para as pessoas que ele gosta e isso é algo positivo.
Maria:– Sei lá tá sendo tudo diferente do que tinha planejado na cabeça.
Brenda:– O plano de trepar e ir embora não deu certo né?
Maria:– Brenda!
Brenda:– Que é?
Maria:– Sua avó pode ouvir.
Brenda:– Tem problema não ela já sabe do seu rolo amoroso mas por via das dúvidas.
          — Ela se afasta e escuto a porta fechar.
Maria:– Onde dona Lisa está?
Brenda:– Vendo sua novela na sala sabe como ela ama essas coisas mas voltando ao começo.
Maria:– Tá mais pro meio.
Brenda:– Que seja!Olha você e ele tem um lance legal tá?Não deixa essa sua paranóia sem sentido afetar isso beleza!?
Maria:– Ok.
          — Enquanto Brenda fazia sua mágica em meu cabelo penso comigo e meus botões que talvez esteja correta nisso e que essa fase insegura que estou passando é apenas doideira da cabeça.
Brenda:– Não acho que farei muito sentido nesse seu lance mas beleza.
Maria:– Do que está falando garota?
Brenda:– Sei lá amiga é um jantar pro cara apresentar a namorada pro outro,nessa equação as melhores amigas não estão presentes.
Maria:– Que sorte que eu não gosto de matemática.
Brenda:– Você me entendeu.
             — Não gostava da minha garota se rebaixar assim porque quando minhas feridas ficaram insuportáveis essa doida esteve do meu lado me aacalmando e cuidando então espero retribuir o favor que me fez por anos,ao parar um pouco o que está fazendo e lhe deixar de joelhos na minha frente porque queria ter uma idéia mais ou menos de onde estava seu rosto e toquei sua face com uma das mãos.
Maria:– Eu te amo sabia?
          — Ao tentar falar os motivos de tê-la guardado dentro da minha alma sinto água descendo pelos meus dedos.
Maria:– Por favor não chore.
Brenda:– Eu também te amo.
         — E me abraça pela cintura e sei que aquilo entre nós não vai ter fim,claro que de vez em quando brigavamos mas que família não fazia isso!?
Maria:– Tudo bem!
Brenda:– O que?
Maria:– Preciso terminar de me arrumar e por favor seque esses olhos valeu?
Brenda:– Beleza!Mas com que roupa eu vou!?
Maria:– Com o que você quiser!O corpo é seu ora!
Brenda:– Tudo bem sabichona!Então acho que vou escolher meu vestido branco.
Maria:– Era um curto acima dos joelhos!?
Brenda:– Esse mesmo!E como você sabe?
Maria:– Uma vez você bateu foto comigo e pude sentir o quanto era confortável aquele tecido além do mais chutei também.
Brenda:– Pois é além de ser de alças tem uma saia rodada que adoro!
Maria:– Então vai assim mesmo,olha pode me emprestar alguma sandália?
Brenda:– Droga!
Maria:– Nem me lembrei de lembrar pro seu"boy"de comprar uma me desculpa amiga!
Maria:– Não tem problema não!
           — Graças à meu bom Deus que calçavamos o mesmo número deixando nós meio que à vontade para pegarmos calçados uma da outra o tempo todo,no fim acabei calçando sua sandália rasteira e apenas uma já que estava com a bota ortopédica na outra meio que estou no fim de me recuperar daqueles dias e falo isso tanto metaforicamente como literalmente e sinto que dessa vez poderia ser livre de toda a dor e traumas existentes por dentro.
           — Alguns minutos finais se passam e estou nervosa e nem sei por que já que estou com pessoas que gosto muito,tentando dar um fim aos maus tratos e naquela altura poderia me considerar vencedora por estar longe daqueles que me fizeram mal.
          — Então alguém bate na porta e posso imaginar quem seria.
Brenda:– Já tô indo!
        — E pra terminar toda essa neura tenho o meu gato do meu lado,ao senti-lo me beijar no pescoço um arrepio gostoso atravessa a espinha e sinto algo forte entre as pernas.
Maria:– Para!Aqui não!
John:– Você está muito linda sabia?
         — Droga por que preciso reagir sempre dessa maneira as suas carícias?Até parece que estou mesmo apaixonada por ele,sério que a ficha não tinha caído mesmo com tudo que houve?Porra!Estou encrencada!
John:– No que está pensando?
Maria:– Em nada mesmo.
John:– Gostaria de acreditar,sério mas não colou.
Brenda:– Tudo bem amorecos!Estou pronta!
John:– Você vem?
Brenda:– Claro que vou!Algum problema!?
John:– Antônio também vai.
Brenda:– Meu Deus John me assustou!
           — A risada de Brenda aquela altura poderia ser encarada de diversas formas mas pra mim que à conhecia por anos só podia significar uma coisa.
Brenda:– Eu estou bem de qualquer jeito,não se preucupe.
John:– Tá.
Maria:– É óbvio John que minha amiga está bem!
         — À abraço forte querendo que todas as mentiras que contava pra si mesma e para todos se tornassem algum tipo de verdade.
Maria:– Podemos ir?
John:– Claro que sim.
Brenda:– Espera!
Maria:– Que foi?
Brenda:– Cadê a Leticia?
John:– Ligou de última hora e disse que não estaria muito bem para ir.
Brenda:– Droga!Será que está doente!?
John:– Pelo que conheço de Leticia deve estar sim.
Brenda:– Sabe é melhor eu desmarcar isso e ver o que está acontecendo.
Maria:– Olha só!
Brenda:– Que é?
         — Esse cuidado com Leticia era porque primeiramente Brenda não queria dar de cara com Antônio e estava fazendo de tudo para que isso não acontecesse e segundo porque é uma ótima amiga de qualquer maneira.
Maria:– Você não quer mesmo encontrar o Antônio.
Brenda:– Que!?
        — Ela responde mais alto do que deveria me confirmando o que já suspeitava,essa garota quer fugir dos seus problemas conforme descobri sobre seu distúrbio alimentar desejava fazer a mesma coisa com o cara que sentia alguma coisa.
Brenda:– Você tá sonhando!
Maria:– É?Me prove que estou errada!
Brenda:– Como insolente!?
Maria:– Venha com a gente!
         — Ela solta um resmungo baixo e abafado como se não esperasse isso vindo de mim mas nós somos família e não iria abrir mão dela daquele jeito.
Brenda:– Tá!
        — Brenda grita aquela afirmação tão alto que me fez questionar se falou isso pra nós ou ela mesma?
Maria:– Primeiro os cabelos coloridos.
      — Faço uma encenação boba de guarda real que me faz escutar a risada de John.
Brenda:– Muito engraçado é sério John!?
John:– Diga.
Brenda:– Sua namorada é uma comediante,Deus!
      — E assim à convenço finalmente de encarar seus demônios internos e sair para jantar com seus amigos.
Brenda:– Espero estar fazendo o correto.
Maria:– Não se preucupe querida sei que está.

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