Capitulo 55 (À margem das sombras)

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Maria
          — Não devia ter deixado as coisas serem como são mais agora é tarde pra mudar já que estava bem cansada,frustrada,principalmente excitada,parecia que todo o prazer que sentia com aquele cara não me satisfazia,fez o efeito contrário como uma droga quanto mais tinha dele mais o desejava em cima de mim!
Brenda:– Caramba você é uma sortuda mesmo!
         — Voltei pra casa da minha melhor amiga e já passava das duas e meia da tarde terminava de vestir uma saia jeans emprestada dela já que a maioria das minhas roupas tinha ficado em casa,não tinha cabeça alguma em voltar agora e recomeçar o mesmo drama clichê e batido entre mim,dona Graça.
Brenda:– Quer saber de uma coisa?
Maria:– Que!?
Brenda:– Ei!Não joga sua raiva de sexo frustrado em cima de mim!
Maria:– Me desculpa é só que...
Brenda:– Beleza!
Lisa:– Não deixe minha"abelhinha"pertubar você querida.
Brenda:– Vó!
           — Ao escutar a porta ser aberta percebo que se não intervir as duas vão começar à se bicar era tipico delas começar uma briga do nada apenas por falta de diálogo.
Maria:– Brenda?
Brenda:– Diga!
Maria:– Lisa tem razão!Não deixarei você me torrar a paciência!
Brenda:– Qual é!Vocês adoram brincar com a minha cara não é!?
Lisa:– Com certeza!
Brenda:– Dá licença ok!?
Maria:– Não acha que tá sendo chata com ela?
Brenda:– Te digo mais uma coisa.
Maria:– O que?
Brenda:– Além de ficar mais gata do que eu nas minhas regatas brancas você é um pé no saco!
Maria:– Também adoro você!
Brenda:– Calça meus sapatos.
Maria:– Me sinto péssima pegando suas coisas assim!
Brenda:– Por que mulher!?
Maria:– Sei lá só não acho certo.
Brenda:– Somos amigas,melhores tá entendendo!?
Maria:– Certo.
Brenda:– O que é meu é seu!
Maria:– Nossa estamos oficialmente juntas então!?
Brenda:– Na alegria e na tristeza,todas aquelas outras coisas!
            — Pra terminarmos aquela nossa louca conversa batemos na mão uma da outra como respeito e cumplicidade,me sentia bem com isso porque sabia que quando meu mundo ruia ela estava lá pra me amparar.
(MOMENTOS DEPOIS)
John:– Podemos ir?
Brenda:– Com certeza!
Maria:– Mal posso esperar pra vê-la!Estive preocupada com ela.
John:– Não se preocupe com a Lurdes aquela,dura como aço.
            — Ao me ajudar à sentar no banco do passageiro percebo algo estranho brotando no peito era algo tão desconfortável que me fazia bufar de raiva e vergonha,por que estava me sentindo daquela forma!?
Maria:– Nossa que gracinha!Vocês são íntimos de novo,ótimo!
Brenda:– Eita que venenosa!
          — Nossa é sério que falei esse tipo de coisa tão alto!?Nem parece que fui eu à dizer isso!Mas por que do nada senti essa vontade de falar esse tipo de loucura!?Não é possível,Deus estou com ciúme!?
John:– Não fique enciumada querida.
Maria:– Quer parar!?Não tenho ciúmes de você!
Brenda:– Certo.
John:– É tá certo.
Maria:– Olha aqui não estou gostando nenhum pouco do tom de vocês dois!
Brenda:– Você tá muito brava,tá naqueles dias!?
Maria:– Cala à boca garota!
John:– Que humor em?
Brenda:– Pois é.
           — Não importava se estivesse tirando uma com a minha cara eu definitivamente não estava sentindo aquela palavra com"c"estou só pensativa com tudo que passava e naquele momento cogitar um relacionamento com um cara que tinha um sexo selvagem e quente não era uma alternativa muito segura.
Maria:– Droga!
Brenda:– Sei como é amiga mas o trânsito de São Paulo e de matar mesmo.
Maria:– Não é isso garota!
Brenda:– Então me explica que bicho te mordeu!?
            — Poderia mentir e dizer que aquela meia hora que passei dentro do carro dele não gerou uma tremenda tensão sexual entre nós mas não poderia mentir para a única pessoa que sabia quando estava mentindo.
Brenda:– Aproveita que estamos sozinhas no estacionamento do hospital.
Maria:– Não é nada amiga é sério!
Brenda:– Quer tentar de novo?
Maria:– Queria ser uma boa mentirosa.
Brenda:— Nem que quisesse muito agora desembucha!
            — Ao dizer seu nome o escuto falar que já tinha terminado com a"pessoa"que o tinha ligado ao chegarmos,com isso devia estar falando das mulheres que marcariam um programa,por que essa parte começou à me incomodar tanto!?
John:– Podemos entrar?
Maria:– Quem era?
John:– Um amigo da boate que eu trabalho parece que hoje vou trabalhar no turno da noite.
Brenda:– Caramba John aquele lugar é super badalado!Cara arranja aí umas entradas vips pra gente,por favor!
John:– "Nós?"
Brenda:– Pois é!Vou levar sua garota pra curtir um pouco.
Maria:– Deixa eu me recuperar primeiro.
John:– Ela está certa não está cem por cento pra dançar na boate.
Brenda:– Ah pensei que estivesse com ciúme dela se divertir.
John:– Brenda no fim da noite posso persuadi-la como um cavalheiro.
Maria:– Que classe.
John:– Não se anime querida já que sabe quais são minhas regras.
            — Era como imaginava mesmo,John iria insistir naquele assunto,como um prego enferrujado enfiado na carne,por que não podia apenas fazer o que fazia melhor e se esquecer de compromissos!?Estávamos nos dando tão bem na cama que não podia pensar em nada diferente da casinha.
Brenda:– Se quiser pode ficar com meu pequeno vaso de flores.
            — No caminho Brenda tinha insistido pra passarmos numa floricultura para levar um pequeno presente pra Lurdes,fiquei com tanta coisa na cabeça dando voltas e mais voltas que nem pensei muito sobre isso mas agora sem nada nas mãos pra levar me sinto inútil e egoísta por pensar mais em mim do que em uma amiga.
Maria:– Deus!
Brenda:– Que foi?
Maria:– Tô sem nada pra levar para Lurdes.
Brenda:– Não esquenta com isso amiga.
           — Ao entrarmos no seu quarto escutamos sua voz um tanto alegre parecia que estava mesmo feliz por nós ver.
Lurdes:– Não acredito que vieram mesmo,entrem!
Brenda:– Valeu gata e toma.
Lurdes:– Nossa rosas!Não precisava.
Brenda:– Não se preocupe com isso,foi um presente da Maria,meu.
Lurdes:– Maria querida se aproxima.
          — Sou guiada por Brenda até a cama onde Lurdes estava e toco em sua mão pequena,macia e tento lhe dar o máximo de conforto que posso,apesar de mal conhecê-la,na verdade nem conhecia ela desde aquela noite posso falar que está assim como eu sentindo alguma coisa com esse encontro porque sua mão está apertando a minha tão calorosamente que me sinto bem realmente por essa visita,por falar nisso tem uma certa pessoa que não quero por nada no mundo encontrar nesse hospital.
Maria:– Lurdes o meu irmão ele...
Lurdes:– Foi no banheiro.
           — Droga,só de mencionar que aquele estúpido pode estar em alguma parte se espreitando,pronto pra dar o bote à qualquer momento faz meu coração acelerar um pouco no peito.
Brenda:– Perdi alguma coisa aqui garotas!?
Maria:– O que?
Brenda:– Seu irmão psicopata tá fazendo o que aqui com ela?
Lurdes:– É uma história meio louca.
Brenda:– Sou fã desse tipo de coisa.
         — Não queria compreender e muito menos ouvir o que Lurdes iria contar pra Brenda porque Alex me fez muito mal e pessoas não podem mudar da noite pro dia dessa maneira,eu não acreditava em sua redenção.
Maria:– Melhor eu sair pra vocês conversarem um pouco não acha?
Brenda:– Vai aonde maluca!?A gente acabou de chegar.
Lurdes:– Fica aqui,seu irmão pelo que vejo é um idiota mas nem tudo é perdido.
           — Não consigo acreditar que ela pode estar defendendo ele!?Como isso foi acontecer!?Se Lurdes soubesse o que fez comigo,será que pensaria da mesma maneira?
Maria:– Lurdes não faça isso.
Lurdes:– O que?
Maria:– Defender ele,só eu sei o que passei naquela casa com aquele cara!
Lurdes:– Eu sei que aconteceu uma coisa horrível,seu irmão me contou.
Brenda:– Alguém pode me dizer o que tá rolando por favor!? 
Alex:– Eu posso explicar se quiserem.
            — Merda!Parece que meu coração vai ser esmagado por uma mão invisível e ouvi-lo só me traz memórias ruins do passado que preferia não lembrar,esse tipo de proximidade me faz muito mal.
Brenda:– Ótimo!Agora o circo tá armado!
John:– Não se eu puder evitar.
           — Incrível como duas pessoas podem tanto te trazer o melhor como o pior,mesmo pensando que à qualquer momento esse desgraçado do Alex vai acabar fazendo o maior barraco e me chamar de vagabunda provavelmente ele apenas passa perto,posso dizer que foi ele pela maneira que esbarra no meu braço e com certeza não foi minha melhor amiga ou meu ficante,claro que foi aquele cara.
Alex:– Toma sua água.
         — Até agora não conseguia explicar porque ele estava tratando Lurdes daquela maneira já que sempre foi um bruto e falso com todos ao seu redor,o mínimo de gentileza e cordialidade com outro ser humano é meio fora da caixinha especialmente quando o conheço infelizmente.
Maria:– O que está acontecendo aqui?
Brenda:– Valeu gênio!Mas essa pergunta eu já tinha feito.
Lurdes:– Quando sofri o acidente eu...
Alex:– Fica calada!Você não tem que falar nada!
          — E aí estava o cara que sempre conheci,que viveu pra infernizar minha vida e antes me sentia atordoada e sem rumo mas agora sabia o quanto estava rodeada por pessoas queridas,não que antes nem imaginasse mas tenho certeza que esses amigos estarão do meu lado para o que der e vier me apoiando e amando,isso me fez ganhar uma energia extra.
Lurdes:– Ok vocês que se resolvam entre si.
Alex:– Eu quero falar com você Maria.
John:– Não vai levá-la à lugar nenhum à não ser que ela queira!
Brenda:– Querem parar com isso por favor!?Estamos num hospital mais respeito.
Maria:– Qual é o assunto?
Alex:– Se vier eu conto.
           — No que ele podia estar pensando pra fazer aquele tipo de comentário?É claro que não seria uma armadilha com tantas testemunhas ouvindo o que esteve me propondo e apesar de ter medo queria descobrir o que está tramando.
John:– Maria você não vai com esse idiota não é!?
          — John tenta me segurar pelos braços como se isso de alguma maneira pudesse me fazer mudar de opinião sobre o que iria fazer mas não adiantava porque desejava ter essa conversa e já fazia um tempo,queria muito confrontá-lo e lhe perguntar o por que de tanto ódio contra mim?
Maria:– Eu converso com você.
John:– Não pode tá falando sério!
Brenda:– Eu vou com ela.
Maria:– O que?
Brenda:– É isso que ouviu moça,quer falar com esse aí,beleza!Mas não vai sozinha!
Alex:– É justo!Podemos ir até a lanchonete do hospital aqui no andar de baixo.
Maria:– Então vamos.
          — Brenda entrelaça seu braço no meu como um sinal de que não estaria indo sozinha e marcando território para Alex entender finalmente que eu não iria servir para seus desejos doentes outra vez.
Alex:– Podemos?
Maria:– Certo.
John:– Ei!
Maria:– Que foi!?
          — Não queria ser tratada como criança e muito menos deixar que alguém interferisse na minha vida ou nas escolhas que fazia porque no fim das contas seria eu à arcar com todas as consequências.
John:– Você e essa vontade de querer mostrar que pode enfrentar o mundo.
Maria:– Eu posso!
          — Apesar de não sentir qualquer ironia na sua voz não consigo suportar essa gentileza toda sobre mim,o que me transforma numa bruxa má por estar com raiva dele se preocupar comigo.
John:– Sei que pode.
         — E ao sentir seu beijo na testa parece que se esvai toda a raiva e sentimento de impotência com ele,todo o resto que me acham inferior por ser cega.
Maria:– Volto logo.
        — Não queria acreditar nisso mas era provável que fosse verdade estava mesmo apaixonada por John,nem foi preciso tanto talvez alguns beijos e amassos e aquele cuidado comigo me fez enxergar o tipo de cara cuidadoso e gentil que existia por baixo do cara musculoso e sexy que morava na casa ao lado.
Brenda:– Nós já estamos chegando.
Maria:– Tá bem.
Brenda:– Olha quer mesmo fazer isso?
Maria:– Sim chegou a hora.
Brenda:– Então tá certo mas nem pense que vou sair desse refeitório entendeu!?
Maria:– Certo mãe.
Brenda:– Engraçadinha,olha só...
Maria:– Que foi?
Brenda:– Meu gato tá aqui!
Maria:– Quem!?
Brenda:– Antônio idiota!
            — Chego numa cadeira e me sento com uma mesa em formato oval,provavelmente ele devia estar me observando,droga!Apenas pensar que Alex podia me analisar me causava um frio na barriga e em minha espinha.
Brenda:– Aqui estão as regras crianças,primeira vou deixá-los à sós mas não me afastarei,segundo se fizer qualquer coisa com ela corto suas bolas fora entendeu,bênção!?
Alex:– O que"cê"acha!?
Brenda:– Que se for esperto vai ficar com suas garrinhas bem longe dela!
            — Apesar dessa situação ser no mínimo bizarra não posso parar de sorrir pra forma extremamente protetora que Brenda me trata,uma maneira até maternal,como desejei que no decorrer da convivência com aquela mulher tivesse me dado qualquer migalha nem precisava ser muita não,agora sei lá as coisas estão loucas como se nada fosse voltar à ser como antes.
Alex:– Que bom que ela se afastou.
Brenda:– É?Porque estou adorando isso,sabe?
Alex:– Tenho certeza que sim.
         — Era estranho estarmos frente ao outro depois de todas as coisas horríveis que houveram entre nós é como querer encarar um reflexo,nesse caso acho que quem deve estar mais arrasado é ele,assim esperava.
Alex:– Nossa mãe ligou à pouco tempo e me contou a conversa de vocês.
Maria:– Sua mãe quer dizer não é meu filho!?Nem pense que vou acreditar se negar que não sabia sobre isso.
Alex:– Eu sempre soube Maria.
        — Droga aquele tipo de claridade entre nós me deixava estranha e sem reação,quer dizer não confio nele mesmo que me contasse que achou a cura pro câncer então não,confiança zero pra nós dois.
Maria:– Parabéns poderia trabalhar como um ator sabe fingir melhor que muitos por aí!
Alex:– Não seja irônica.
Maria:– E como você quer que eu seja hum!?
Alex:– Droga!Lurdes disse que seria difícil mas não dessa forma!Porra!
Maria:– Até agora estou tentando ligar você com ela mas não tenho resposta.
Alex:– Quando ela saiu naquela manhã me encontrou apanhando de uns caras.
Maria:– Tudo bem ganhou minha atenção,continua.
Alex:– E resolveu me ajudar apesar de nem entender porque alguém que nem me conhecia poderia me ajudar.
Maria:– Lurdes é esse tipo de pessoa que ajuda os outros,então o que mais?
Alex:– Àquela mulher deu uma surra naqueles caras,sério parecia uma guerreira sei lá que tipo de merda vocês assistem hoje em dia mas ela me salvou e me tirou dali.
Maria:– Nossa que loucura.
          — Pensar em como Lurdes foi corajosa e se arriscou por um cara que nem merece pisar no mesmo chão que ela me deixa pensativa,não é a toa que John vive à elogiando,mesmo uma grande mulher.
Alex:– Quando atravessavamos a primeira avenida que dava no prédio de casa ela foi pega com tudo por um carro,o resto você sabe.
        — Não era a toa que John rasgava elogios para ela,mais uma vez precisava admitir o tipo de mulher que era em salvar alguém que mal conhecia,mesmo assim não conseguia compreender porque meu irmão estava desse jeito com Lurdes,óbvio que merecia gratidão mas Alex nem sabia o que era esse tipo de coisa e muito menos demonstrar esse sentimento,como se aquela casca dura e sem vida que estava em volta do seu coração estivesse sendo rachada mas não sabia o quanto e nem até quando.
         — O silêncio se prolonga por alguns segundos que se tornam desconfortáveis sendo quebrados por pessoas que iam e voltavam,funcionários daquele lugar até que sou a primeira a quebrar o círculo.
Maria:– Caramba,preciso admitir que é uma baita história.
Alex:– É.
         — Talvez tenha contado isso pra me amolecer de alguma maneira mas se for esse seu plano não vai rolar porque não quero voltar mais para aquele lugar onde sofri consideravelmente por gente que acreditei ser mesmo minha família.
Maria:– Se for apenas isso pode me dar licença?
Alex:– Não garota!Senta aí!
        — Ao achar que ia me levantar sou surpreendida pelo tom autoritário na voz dele,como pensei antes esse cara está além de qualquer tipo de redenção e só mais um jogo pra amaciar seu ego!
Maria:– O que vai fazer se eu não quiser?
Brenda:– Estou curiosa também.
Alex:– Olha só Maria manda a sua "cadelinha"parar de latir por favor.
Brenda:– Sempre cheio de graça.
Maria:–"B"tá tudo bem,não se preocupa.
Brenda:– Beleza tô indo mula ambulante!
Maria:– Acho que essa foi pra você!
Alex:– Não me diga.
         — Escuto um barulho de xícara sendo levantada,provável que tenha bebido um pouco do seu café e mesmo tentando soar o mais calma e natural possível não acredito que estou conversando com o cara que fez tanta coisa ruim comigo.
Maria:– Não que eu acredite nesse monte de baboseira Alex mas devo confessar que assim vai conseguir balançar alguns corações.
Alex:– Eu entendo que esteja puta comigo,não tiro suas razões eu te fiz muito mal.
Maria:– O fato de pelo menos reconhecer significa que algo está dentro dessa cabeça vazia,um bom sinal.
           — Sempre acreditei que isso não aconteceria e agora que ouço meu irmão falar que o mal foi feito por suas próprias mãos me faz questionar se não estou em alguma realidade paralela.
Maria:– Precisou apanhar muito na cabeça pra assumir seus erros foi?
          — Aquele tom de deboche na sua voz me faz lembrar que era com Alex que conversava e ele é o tipo de cara que joga com as pessoas.
Alex:– Na verdade não.
Maria:– Se importaria de me dizer o que te fez ter um choque de realidade?
Alex:– Lurdes.
Maria:– Estranho.
         — Se alguém me contasse o que tinha acontecido ao meu irmão e nem acredito que usei esse tipo de parentesco para me ligar à ele mas tá beleza!Eu não acreditaria porque se teve algo que Alex me fez experimentar nesses longos anos que convivemos juntos na mesma casa é que pessoas não mudam dessa maneira só que apesar de ter pensado,deixado muito claro isso à ele tem alguma coisa que me deixa ter um pouco de dúvidas,bem não posso fazer nada neste momento só desejo boa sorte e que isso seja mesmo real,não outra das suas artimanhas pra se aproveitar dos outros.

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