Capitulo 59 (O que me faz pular)

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Maria
- Apesar de Lurdes estar conversando com Brenda à apenas umas mesas adiante da minha não posso parar de pensar que talvez tenha tornado as coisas fáceis demais pro Alex que além de estar em silêncio depois do que tinha me revelado estava tamborilando os dedos na mesa de plástico como se participasse de uma banda de metal.
Maria:- Olha dá pra parar de fazer esse barulho chato por favor!?
- Falo isso mais alto do que deveria e baixo um pouco a cabeça com vergonha das minhas ações é claro que minha vida esteve longe dos problemas normais e cotidianos se é que posso chamar meus anos anteriores de algo bom e saudável para se viver,provavelmente a resposta é não.
Alex:- Me desculpe.
Brenda:- Alguém precisa de mim!?
- Vejo minha amiga se colocar do meu lado com sua mão apoiada em meu ombro e mostrando território caso Alex tentasse qualquer gracinha.
Alex:- Com certeza não.
Brenda:- Sei...Maria?
Maria:- Estou bem querida,obrigado.
Brenda:- Beleza.
Lurdes:- Brenda quer parar de ser desconfiada e terminar de me ouvir!?
Alex:- Melhor voltar.
Brenda:- Tá mas continuo de olho em você!
Alex:- É impressão ou Brenda está mais chata que o normal!?
Maria:- O sujo falando da mal-lavada?
Alex:- Eu sei que...
Maria:- Nem começa com suas coisas tá Alex!?Sei que está tentando,parece ser verdadeiro mas mesmo assim não consigo acreditar mais em você!
Alex:- Maria me desculpa por tudo que fiz pela forma que te joguei da escada naquele dia e a pior coisa de todas foi...
Maria:- Tentar abusar de mim.
Alex:- Eu sei que não mereço seu perdão mas espero que um dia possa me deixar entrar na sua vida de novo.
- Quero tentar entender mas a raiva que sinto por tudo é bem maior do que poderia engolir,tentando forçar a entrada dessa maneira com tantas desculpas e lamentos só me dá mais certeza que Lurdes vem colocado um pouco de juízo nesse cabeçudo e que estar longe da influência ruim da nossa mãe pode ser algo muito benéfico.
Maria:- Que estranho.
Alex:- O que?
Maria:- Nada estou só...pensando.
- Aquele silêncio mais uma vez assombrando como um fantasma e depois do que ouvi sobre ter um irmão por parte de mãe me fez ter muita vontade de conhecê-lo,ele tinha me contado que não se encontrava mais no Brasil mas tinha residência fixa na Itália,em seguida me deu um telefone caso me desse vontade pra ligar.
- Entre minhas mãos aquele pequeno papel brincava em dar voltas como se jogar com minhas emoções fosse a coisa mais sadia e boa possível,agora o que seria melhor?
Maria:- É loucura pensar em como a vida da gente muda em tão pouco tempo.
Alex:- Nem me fale.
Maria:- Posso não querer você de volta na minha vida mas Lurdes foi a melhor coisa que te aconteceu,meio que colocou luz dentro desse buraco negro que chamou de coração por tanto tempo.
Alex:- Bem engraçado mesmo.
Maria:- Por nada.
Alex:- E então?
Maria:- O que?
Alex:- Vai ligar pra ele?
Maria:- Eu não sei.
- Me sentia nervosa e ao mesmo tempo eufórica com a perspectiva de achar alguém lá fora compatível o suficiente comigo pra entender e até mesmo me acolher,será que uma aproximação era a forma correta de tentar chegar ao lado de uma pessoa que você nem sabia que existia?
Maria:- Bom você fez a sua parte é melhor eu ir embora.
- Me levanto e sinto sua mão em meu braço o que me faz retrair um pouco como se seu toque pudesse me queimar como no passado já tinha feito e nem fazia tanto tempo assim.
John:- Melhor tirar suas mãos dela!
- Droga!Nunca me senti tão bem por ouvir a voz de alguém dessa maneira e ao me soltar em seguida o sinto me abraçar é claro que quando queria John sabia como fazer uma verdadeira entrada.
John:- Sentiu minha falta?
Maria:- idiota!
- Preciso abraçá-lo e senti-lo o mais perto que pudesse já que apenas dessa forma é que a loucura sobre perspectivas teria se acalmado mais em meu interior.
Maria:- Como soube que eu estava aqui?
John:- Brenda me telefonou pedindo que fosse buscá-la.
Maria:- Ela já foi?
Lurdes:- Precisou ir sim,Alex?Pode me ajudar à voltar pro meu quarto.
Alex:- Claro.
- Aquele tom calmo e neutro dele só tinha sido usado com a dona Graça e era incrível como algumas pessoas conseguiam extrair leite de pedra porque se alguém me contasse que Alex o cara abusador da minha familia teve um pouco de respeito com outro ser humano eu diria que essa pessoa tomou uma cachaça pra tamanho devaneio mas não aquilo é real,parece tão verdadeiro quanto o que sinto por John.
Maria:- Eles já foram?
- E novamente o silêncio fica ao nosso redor,poxa a gente mal se vê e quando poderíamos estar matando um pouco a saudade nos pegando ele fica pensando em trabalho!?
Maria:- Terra pra John?
John:- Hum?
Maria:- O que há com você!?
- Tento me esquivar dele mas sou segurada mais uma vez por aqueles braços que não importava pra onde eu fosse esse idiota parecia estar.
John:- Pra onde vai?
Maria:- Você está estranho.
John:- Por que?
Maria:- Fica querendo dar uma de bravo pra cima do Alex,que negócio é esse de marcar território parece esses pobres cachorrinhos de rua.
John:- Fui chamado de cão,obrigado pelo elogio.
- Droga estou me sentindo meio culpada mas isso só dura até o fim da página um já que escuto sua risada e percebo que está brincando com a minha cara.
Maria:- Você!
- Tento bater em seu braço mas sou colocada contra a parede sentindo seu hálito à poucos centímetros da boca.
John:- Sim eu.
- Não consigo entender por que minhas pernas estão moles como gelatina e o coração parece que vai sair à qualquer momento pela boca.
John:- Que foi?
Maria:- Hum?
John:- Você fechou os olhos.
           — Só podia ser brincadeira esse cara!No momento que achei estar sendo romântico esse idiota me faz ficar vermelha por acreditar que iria me beijar naquele exato segundo.
Maria:– Você não ia?Ah esquece!
          — Não consigo nem dar o primeiro passo já que ele coloca sua mão contra meu ombro e me beija na testa pra em seguida ser na boca,óbvio que John adorava brincar comigo como um gato jogava com seu ratinho,que imbecil eu sou por pensar dessa forma!
John:– Era isso que queria?
Maria:– Não.
           — Prefiro mentir com dignidade do que servir de motivo para chacota mais tarde.
John:– Mentirosa!
Maria:– Cala à boca!
          — Me lembrei do por que ter vindo até o hospital e resolvi contar à ele sobre o que Alex havia me revelado e pelas diversas dúvidas que surgiam em minha cabeça e de como estava tremendamente eufórica com essa nova possibilidade.
         — Mas ao revelar que meu irmão de sangue não fosse do Brasil o senti ficar meio retraído como se pisasse em ovos e não entendia como de repente poderia ter mudado assim parecia até que estava inseguro com alguma coisa.
Maria:– Agora que já entramos no seu carro pode me contar o que está te aborrecendo?
John:– Nada por que?
        — Apesar de ter ligado o carro e começar a sair do estacionamento parecia que iria me perguntar mais alguma coisa só que não houve nada.
Maria:– John?Quer tentar de novo?O que acontece?
John:– Tudo bem você é boa!
        — Escuto um barulho parecendo que tinha batido em alguma coisa.
Maria:– Para de descontar no seu carro idiota!
John:– Se for ligar pra sua família e se acertarem e tal...você acha que pode...
Maria:– Posso o que!?Fala!
John:– Você vai querer ir embora?
       — Essa pergunta me pegou de surpresa,não que isso nem tenha passado pela minha mente mas não conseguiria me imaginar longe das pessoas que me faziam bem e não estou me referindo à família adotiva que tinha apesar que sentiria uma falta enorme de Lúcia,só que era uma hipótese longe da realidade.
Maria:– Do que está falando!?Eu nem liguei pra ele ou ela nem nada.
John:– É mas...
Maria:– Só que cala a boca!Precisa confiar em mim e no meu julgamento sobre tudo.
John:– Confio em você apenas não tenho confiança no resto das pessoas.
Maria:– Que gracinha.
John:– Droga!Você tá pedindo!
Maria:– Por que a gente tá parando?
John:– Não vai dar tempo!
Maria:– Do que?
           — Antes de lhe fazer mais perguntas e insistir que estava sendo ridículo por acreditar que iria mesmo embora com pessoas que mal conhecia só por serem do meu sangue eu sinto sua boca na minha e sua mão segurando minha nuca com firmeza e gentileza enquanto descia pela minha saia jeans e me acariciava entre a malha da calcinha e só por senti-lo desse jeito começo à me excitar era quase que imediato a influência que seus toques causavam em mim.
Maria:– John por favor!Aqui não!
John:– Não consigo esperar mais!
           — Sinto a cadeira que estou sentada ser reclinada pra trás me fazendo deitar e em seguida ele por cima enquanto beijava meu pescoço tão demoradamente,fazendo com que  falasse seu nome várias vezes,estava me segurando em seus braços e sentia seus músculos flexionarem ao me acariciar ou quando suas mãos entravam pela minha blusa de mangas até o feixe do meu sutiã que estava na frente,libertar meus seios enquanto enche suas mãos com eles os massageando,apertando em seguida.
Maria:– Não podemos!
John:– Me fale pra parar!
Maria:– Eu comprei camisinha!
          — Droga!Soei tão desesperada que nem parecia minha voz,como se fosse outra pessoa na minha pele me mandando falar e sentir os estímulos mais safados possíveis.
John:– Como é!?
         — Sua risada inunda aquele lugar e me contagia fazendo com que eu sorria e sinto sua cabeça em meu ombro e seus lábios chuparem minha orelha e o sorriso dele continuava lá como uma zombaria e uma louca vontade de ser penetrada por esse idiota surge com mais vontade.
Maria:– Comprei alguns com a Brenda!
John:– Sua safada!
        — Ele enche sua mão com minha bunda me fazendo fraquejar e me contorcer com cada carícia,ele sabia que estava me causando arrepios até na alma se é que poderia ser possível,ao escutar um barulho de plástico sendo rasgado soube que tinha encontrado as camisinhas que falei,claro que estive ruborizada mas lembrei de John,como era carinhoso,cuidadoso toda vez que ficávamos juntos então apenas relaxei.
John:– Antes de continuar amor preciso que saiba de algumas coisas.
Maria:– John!
          — Tento puxá-lo para mais perto como sinal para que continuasse porque estava tão perto de gozar que se não fizesse agora iria enlouquecer em seus braços.
Maria:– Droga!
John:– Que foi?
         — Não sei se ficava com mais raiva daquela risada com um tom de deboche disfarçado ou se tentava introduzi-lo para mais dentro sem ter sucesso já que esse idiota era maior e tinha força pra me deixar apenas ouvindo,merda!
Maria:– Anda fala!
John:– Mesmo sendo garoto de programa à um certo tempo sempre fiz exames para saber como andava minha saúde e sobre doenças transmissíveis fique tranquila porque não tenho nenhuma,sempre disse à qualquer cliente que faria sexo com camisinha até porque nesse tipo de trampo que faço nunca é demais ter cuidado já vi diversos colegas meus contraírem hiv,outras doenças horríveis.
Maria:– Droga!Me desculpe John!
John:– Não lamente amor.
             — Ele captura um dos seios na boca o chupando com calma,aumentando as lambidas em torno do bico quando escutava meus gemidos e ao puxá-lo um pouco apertei seus cabelos e mordi um pouco meu lábio querendo que aquela doce tortura não tivesse fim,estava emergindo no prazer e pulando de alegria por senti-lo daquela maneira.
John:– Mas querida...
Maria:– Hum?
            — Precisei abrir meus olhos e tocar em seu rosto com minhas mãos tentando decifrar o que estava em sua mente e naquele cara enigmático.
John:– Suas chances de gerarem uma criança pode ser consideráveis.
            — Apesar de não acreditar ser possível uma gravidez uma parcela de mim estava temerosa,não acho que aquilo viria tão cedo,eu era muito jovem pra pensar em ser mãe,sei lá formar uma possível família,já tinha problemas demais com aquela adotiva e sem dúvida acreditava que a nova que apareceu não me deixaria voltar à ser a mesma.
John:– Maria?
            — Sou meio que acordada dos meus devaneios por um beijo suave no meu olho direito.
Maria:– Oi?
John:– Estava viajando.
Maria:– Estou?Nem percebi.
           — Antes de poder comentar alguma coisa tenho minha boca capturada pela sua e sentindo sua língua brincar com a minha daquela forma faz meu cérebro derreter um pouco e os pensamentos racionais vão se evaporando como água da chuva.
John:– Tem medo?
Maria:– Do que?
John:– De ter um filho?
Maria:– Não acho que seria uma boa eu engravidar agora sou muito nova e...
John:– Muito gostosa.
Maria:– Obrigado mas talvez não seja uma boa idéia.
            — Com o fim daquela declaração sinto suas mãos me abandonarem e um vazio circular minha pele como falta e uma vontade imensa de poder retirar o que acabei de falar mas era a verdade,que isso entre nós é tão novo e intenso já nem passava pela cabeça essa história de me tornar mãe mas com o John a história ganha novas entrelinhas e possibilidades.
Maria:–  O que foi?Por que parou?
John:– Tem medo de gostar eu compreendo.
             — E novamente aquela mão acariciando minha coxa me faz perder o começo o meio e até o fim disso,impossível pensar em dar uma resposta com ele fazendo esse tipo de coisa pelo meu corpo.
Maria:– Tudo bem você venceu!
John:– O que?
Maria:– Eu não tenho problemas em ter um filho mas...
John:– Diga.
Maria:– Tenho medo dele nascer como eu.
John:– Especialmente se for uma menina.
Maria:– Por que?
John:– Vou tentar matar qualquer um que se aproximar dela sabe tem muito homem safado nesse mundo.
          — Como uma sessão de pegação com sexo dentro do carro foi virar uma possível conversa sobre o futuro e algo sobre gravidez ainda estou me perguntando isso na mente enquanto não paro de rir até meus olhos começarem à chorar por não conseguir me controlar pelas besteiras que falava mas aquilo me divertia de uma forma muito completa e real,droga poderia estar mesmo cogitando isso!?
John:– Estou aos teus olhos.
Maria:– Não queria dizer pés?
John:– Não garota cega porque foi através disso que começamos à nos envolver.
           — John conseguia ser estranhamente fofo mas precisava mudar o foco dessa conversa porque deveria estar parecendo um tomate de tão vermelha que estava.
Maria:– Que eu saiba foi por causa da minha virgindade espertinho.
John:– Não importa estou mesmo louco por você!
         — E dessa maneira tão romanticamente peculiar volta à me beijar e me penetrar da maneira que queria desde o início,finalmente!

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