Capitulo 27 (Fica comigo)

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Maria
         – Queria demonstrar as coisas como Brenda que parecia pelos sons ao meu redor tão animada quanto uma criança ao ganhar seu brinquedo predileto,agora com a música tocando,sua voz cantando junto diria que no mínimo minha melhor amiga sabia como enlouquecer mesmo antes da sua"reunião"começar.
Brenda:– Droga será que a música está alta,aí amiga o que acha!?
Maria:– Pra alguém que ouve sim,para um surdo talvez volte à ouvir.
Brenda:– Nossa,valeu!
Maria:– Que foi?Não queria honestidade?
          – Nesse momento a campanhia  toca,Brenda vai abrir ao notar que as pessoas começavam à chegar me sinto um pouco nervosa até porque estava meio exposta nesse vestido curto de alças que me emprestou e pra completar as costas eram nuas o que fazia o frescor da noite me tocar e arrepiar profundamente,"B"tinha me falado que a cor vermelha iria realçar mais minhas curvas,droga aquilo estava me deixando um pouco desconfortável,não que não usasse roupas curtas de vez em quando mas definitivamente aquela não parecia ser eu.
Maria:– Isso não está certo mesmo.
          – Termino de falar puxando a barra do vestido pra baixo,me perguntando por que deixei minha melhor amiga louca fazer esse tipo de coisa,talvez seja óbvio falar isso mais de uma vez mas à amo.
     – Tem certeza?Porque do meu ponto de vista estou adorando essa cena!
Maria:– Antônio?
Antônio:– O único princesa,aí como está passando depois daquilo?
     – Mesmo sendo por alguns momentos que passamos perto um do outro não tinha contado nada pra ele,isso me levava a Leticia que deve ter lhe contado todo enredo dramático,patético da minha família mas mesmo assim não estava pronta pra contar para um desconhecido o que se passava naquele lugar,apesar de contar para John que se enquadrava nessa parte eu não sei explicar mas as coisas com aquele cara eram fáceis e mais do que boas eram reais.
Maria:– É complicado sabe?
Antônio:– Como toda família é.
Maria:– Exatamente!
        – Ninguém me perguntou como estive passando,mesmo quando aparecia cheia de feridas pelo corpo ainda sim Lúcia ou minha própria mãe faziam o papel de meras espectadoras.
Antônio:– Mas quer saber?
Maria:– "Cê"tá uma gata com essa roupa!
Maria:– Muito obrigado.
Antônio:– Não é sério.
Maria:– Quer comer ou beber alguma coisa?A Brenda guardou a maioria da comida em cima da pia,na mesa pôs só  uma parte.
Antônio:– Me leve por favor senhorita.
         – Depois de tanto tempo visitando esse lugar poderia fazer isso de olhos fechados ou vice‐versa mesmo assim ele entrelaça seu braço ao meu e o levo até a cozinha quando chegamos me diz que vai tomar um suco,me pergunta se quero também mas xinga um pouco por não ter nenhum tipo de bebida alcoólica,óbvio que Brenda não se atreveria à esse tipo de coisa já que se sua avó lhe pegasse existiria menos uma doida no mundo ou seja não naquele apartamento.
Maria:– Bebe um suco ou refrigerante não vai te matar uma noite sem álcool.
Antônio:– Claro que vai,se sinta à vontade pra dizer que estou agindo como um idiota!
Maria:– Tá bem,você está agindo feito idiota.
Antônio:– Beleza.Quer dançar?
Maria:– Sério?
Antônio:– É claro que sim,por que não?
Maria:– Porque não sou tão boa em dançar especialmente esse tipo de dança?
Antônio:– Boa tentativa,bora!
Maria:– Qual é!
          – Sinto sua mão pegar meu braço e a outra na minha cintura para irmos até a sala onde para meu azar tinha acabado de tocar uma música lenta da Paula Fernandes que maravilha além de não saber como dançar esse negócio digamos que sertanejo nem era meu tipo para dançar mas Antônio estava empenhado em me ensinar os passos e parecia bem paciente especialmente quando errava alguma parte ou pisava em seu pé.
Maria:– Te avisei que sou péssima nisso!
        – A risada dele era curta e gostosa de ouvir parecia me achar engraçada mesmo quando nem tentava fazer isso.
Antônio:‐ Tudo bem pelo menos avisou.
       – Então sem esperar me abraça e rodopia por completo me levantando do chão e ao parar no mesmo lugar me desce me fazendo sorrir.
Antônio:– Viu?
Maria:– O que?
Antônio:– Fica mais bonita assim.
Maria:– Sorrindo?
Antônio:– Despreocupada.
         – Agora que Antônio tinha mencionado aquilo nem passou pela cabeça que tudo que sentia pelos cantos do meu apartamento era ressentimento e raiva sobretudo por achar que seria apanhada por aquele doente,deve ser por isso que lhe perguntei aquilo.
Maria:– Posso te fazer uma pergunta Antônio?
Antônio:– Fica à vontade gata!
         – Nesse momento me gira,me coloca no mesmo ponto de partida,poderia ser péssima em dançar mas estive fingindo bem junto do Antônio que é um ótimo dançarino.
Maria:– Você trabalha na mesma coisa que o John não,?
Antônio:– E se for?
Maria:– Foi como achei olha queria saber se você...
Leticia:– Meus amados!
          – Quando sou impedida de continuar falando esperava que Leticia tivesse um bom motivo para me interromper já que não estou tendo nenhum avanço com meu vizinho ultimamente,agora seria melhor fazer com outro cara não é?
John:– Boa noite.
          – Droga só de sussurrar aquilo em meu ouvido meus pêlos se arrepiam de uma maneira que só posso explicar entre nervosismo e vontade de fazer mais coisas mas que ficassem apenas entre nós e ainda por cima tinha aquele maldito beijo que...droga preciso manter o foco!
Antônio:– Meu garoto finalmente apareceu hum?
Leticia:– Ele e eu nunca perderiamos festas que acima de tudo nós fôssemos bem recebidos porque isso é algo bem peculiar de acontecer não acha John?
John:– Bem por aí,posso dançar com você Maria?
Maria:– Claro.
Antônio:– Ela é toda sua!
          – O que eu poderia dizer?Que não queria senti-lo por perto porque talvez isso me despertasse certas sensações?E talvez fosse melhor pagar pra outro cara fazer o"trabalho"dele?
Maria:– Está de paletó?Droga!
          – Minhas mãos ganhavam vida própria e percorriam caminhos invejáveis naquele momento para suas clientes que estariam se matando por aquele deslizamento meio que tirando uma casquinha também confesso até sentir a seda da gravata dele,poxa a noitada devia estar sendo boa em!?E nem ligo mesmo!Mas tenho meus pulsos segurados por John que talvez estivesse cansado daquela dança e quisesse apenas ir pra casa e descansar um pouco.
John:– Se continuar passando a mão em mim assim querida a gente vai ter que transar.
Maria:– Como?
John:– Quero conversar com você em casa.

Aos teus Olhos - Série IMPERFEIÇÕES Onde histórias criam vida. Descubra agora