Capitulo 31 (Sem coração)

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Maria
        – Estava tudo uma bagunça tanto dentro como fora,primeiro acabava de tomar banho em um banheiro que não era meu,passei a noite abraçada com um cara super quente,gostoso me segurando e duro em certas partes que...droga!Estou enlouquecendo com a hipótese de transar com ele porque se minha irmã descobrir vai arrancar meu pescoço fora,mesmo duvidando que poderia fazer esse tipo de coisa que Alex faz não dúvido de mais nada,pra finalizar John tem sido um grande apoio pra todas as loucuras que me aconteciam,claro que se qualquer um me contasse antes que meu vizinho estaria sendo um grande amigo e me feito coisas que até minha própria família não fez estaria rindo porque era demais para acreditar.
John:– O café já tá pronto!
Maria:– Valeu,tô saindo!
          – As batidas na porta meio que me acordaram dos devaneios que estive tendo no momento que despertei de manhã cedo,sua respiração fraca no meu pescoço me mandava arrepios super deliciosos me deixando vermelha,feliz por esse tipo de proximidade,ao tentar levantar tive minha cintura levemente segurada,John parecia saber quais eram meus momentos de fuga,precisava fazer o que tinha me proposto desde o princípio e esquecê-lo.
           – Ao fechar o chuveiro tenho certeza que isso,a melhor coisa à fazer pra minha vida,não iria me arriscar num território tão escorregadio que era o amor,nem pensar!
  John:– Você tá quieta.
         – Precisava colocar minha cabeça,pensamentos no lugar e achei que a melhor forma de fazer isso era comigo mesma sem nenhum tipo de imprevisto e John sem dúvida era o maior de todos,pra me rachar mais parecia ser prazeroso esse atraso.
Maria:– Estou comendo.
           – Droga agora estava agindo como uma idiota,sempre que brigava com Lúcia ela fazia o tipo silenciosa da mesma maneira que faço agora,bom saber que falo dela mas sigo seus passos,ótimo isso!
Maria:– Na verdade John queria só agradecer.
John:– Pelo que?
Maria:– Vai querer que eu fale tudo não é?
John:– Com certeza querida.
Maria:– Pela noite passada,por ter ficado do meu lado depois do pequeno surto que dei,sou uma fresca!
           – Coloco a colher sobre a mesa e até mencionar os acontecimentos me faz perder a vontade de comer o mingau com mel que tinha preparado para mim,sim a culpa não foi minha mas não posso deixar de pensar que poderia ter evitado de alguma forma.
John:– Espero que não se culpe por nada,seu irmão é um idiota!
           – Nem foi isso que me desconcertou mas sua mão na minha parece ser tão surreal que me faz repensar do por que estou maltratando alguém que me fez bem,isso não deve acontecer,por isso que à puxo de volta como todos os pensamentos loucos que rondam à minha mente.
Maria:– Valeu John você tem sido um amigão!
           – Por que escuto sua risada tão espontâneamente,parece até que tudo que falo tem algum fundo de graça?Sou uma palhaça ou o que!?Mesmo querendo uma resposta que não desse mais voltas termino de comer e logo me despeço dele,daquele lugar tão confortável,é muito estranho pensar desse jeito mas antes toco em seu braço e lhe sussurro no ouvido sobre perder minha virgindade ou cabaço e etc porque no fim das contas a finalidade era a mesma,aí o resto foi apenas silêncio sem mais perguntas ou qualquer tipo de coisa.
John:– Nossa!
Maria:– Que foi?
John:– Você propondo sacanagem na porta de casa,meio difícil rejeitar esse tipo de convite.
Maria:– Droga!Fala baixo por favor!
          – Tento calar sua lingua solta mas sou segurada pelos pulsos,posta contra a parede,o sinto completamente e droga isso parece ao mesmo tempo certo e errado,pra piorar a situação estou adorando.
Maria:– Me solte!
John:– Gosto da posição que estamos.
Maria:– Você adora fazer esse tipo de coisa comigo!?
John:– Gostar não está mais pra um prazer total gata!
            – Sua respiração na minha bochecha parecia tão pesada e excitante mas o problema,que há qualquer momento alguém poderia nos pegar nessa posição,essa pessoa podia ser o desagradável do Alex.
Maria:– Eu...
Lúcia:– Entre em casa agora.
            – Se antes me sentia culpada pelo que fazia nesse instante estou ferrada,a voz dela estava fria que mal podia reconhecê-la.
Maria:– Lúcia posso explicar!
Lúcia:– Entra!
            – Durante toda minha vida nunca achei que ela dentre todos os outros pudesse me fazer sentir mal por qualquer coisa até porque pelo que me lembrava éramos nós duas contra o resto do mundo,mesmo assim estou nervosa,insegura pelo que posso lhe explicar.
John:– Maria você não precisa...
Maria:– Por favor John.
           – Aquele silêncio é encarado como minha"deixa"pra finalmente conversar com minha irmã e tentar explicar meu ponto de vista,agora que a porta foi fechada me sinto estranha,sem graça parece que me tornei até a vilã vendo pelo seu lado da perspectiva.
Lúcia:– Quer me dizer alguma coisa?
Maria:– Sei que está magoada comigo.
Lúcia:‐ Sabia não é?
Maria:– Olha ontem a noite...
Lúcia:– Alex me contou tudo.
Maria:– Foi?
           – Nossa,pensar nele como alguém  salvando minha pele,no mínimo peculiar e inesperado.
Lúcia:– Você me enganou dizendo que iria dormir na casa da sua amiga mas foi curtir uma festa com o cara que durante meses te falei o quanto estava apaixonada e que no fim das contas"cê"se achou no direito de se envolver!
Maria:– Peraí Lúcia!As coisas não foram desse jeito,o Alex...
Lúcia:– Pelo que estou vendo"irmãzinha" a única pessoa mentirosa e dissimulada aqui,você!
Maria:– O que?
Lúcia:– Quer saber mesmo?Sobe pro seu quarto,só volta aqui quando estiver disposta à me pedir desculpas sinceras!
Maria:– Lúcia por favor!
Lúcia:– Não vou mais cair nas suas mentiras!Vai!
             – Enquanto tento alcançar o corrimão de madeira da escada percebo que meu maldito irmão conseguiu não só fazer a cabeça da minha mãe mas também da minha irmã,isso foi baixo até pra ele,ao subir finalmente pro meu quarto e me trancar percebo que estava tão sozinha antes e nesse momento não tenho nada além de lamentos,ódio pelo que me fez.

Aos teus Olhos - Série IMPERFEIÇÕES Onde histórias criam vida. Descubra agora