John
– Desde o momento que tinha colocado meus olhos na minha deliciosa vizinha sabia que estava sendo provocado mesmo sabendo que Maria não tinha a menor intenção de provocar alguém mas sim estive à observando,lhe cercando no segundo que vi sua conversa com Antônio e apesar de saber que estavam apenas conversando aquele sacana lhe convidou pra dançar e isso me fez sentir completamente louco,não tinha direito algum sobre a garota mas por que de repente me achava com qualquer direito!?
Leticia:– Nossa eles são muito fofos juntos!
John:– Cala à boca garota irritante!
– Queria não ter feito aquilo mas parecia ser mais forte do que a parte sensata do meu cérebro falando pra deixá-la em paz e talvez assim essa ela ficasse melhor mas agora sei que estive pouco ligando pra isso,deve ser esse o motivo de tê-la convidado pra dançar e de estar duro só por estar em contato com aquela pele macia,aquele doce e cruel roçar das peles que me lembravam uma cama e nossos corpos suados e nus se movendo rapidamente,porra!Tenho que me focar em outras coisas se não...
– Deve ser por esse pensamentos safados e pervertidos que acabei à convidando pra casa.
Maria:– Você sabe que poderíamos ter ficado lá não é?
– Enquanto à ajudava subindo as escadas pensava exatamente a mesma coisa que por fim não foi a escolhida pela minha razão primitiva.
John:– Talvez esteja certa mas não estaríamos sozinhos não é?
Maria:– Para que?
John:– Nos pegarmos.
Maria:– Como?
John:– Digo conversarmos.
– Ao abrir minha porta e acender as luzes vejo Maria tão despreucupada que entra primeiro e vai logo procurando a cama ao esbarrar e tocar na colcha em seguida se senta,fica com as mãos cruzadas nas pernas.
John:– Tá nervosa?
Maria:– Olha só queria que soubesse que mudei de idéia.
John:– Sobre o que?
Maria:– Àquela conversa sobre"perdas" se me entende.
John:– Certo.
Maria:– Por que está rindo?
John:– Você é engraçada vizinha,não estou falando isso pra zombar nem nada mas ultimamente tem sido boa nossas interações.
Maria:– Por que me beijou?
John:– Porque queria,continuo querendo.
Maria:– Uau você é direto.
John:– Levo muito a sério meu trabalho.
Maria:– Mesmo assim não podemos fazer"isso"hoje!
– De repente suas mãos ganham vida própria e não conseguem ficar paradas em vez disso à vejo travarem um duelo entre si como se quisesse que isso logo acabasse mas ao mesmo tempo nem tivesse começado.
John:– Não vou fazer nada que não queira Maria.
Maria:– Olha pode parecer estupidez o que vou falar porém acredito nisso.
John:– É?Por que?
Maria:– Quando o Alex dava em cima de mim nunca parava apenas se fosse pego por alguém lá de casa ou me trancasse dentro do banheiro.
John:– Quanto mais fala desse idiota mais tenho vontade de arrebentá-lo!
Maria:– Não faça isso!Violência nunca resolve as coisas de fato.
John:– Certo boa samaritana.
Maria:– O que vai fazer?
– Mesmo sem entender muito bem já estou sentado ao seu lado na cama,quero ouvi-la mais,ficar por perto,deixar que o passado fique pra trás por alguns segundos.
John:– Quero te beijar.
– E sem esperar sua resposta acabo fazendo a mesma coisa que naquele dia antes de pensar em como estou passando dos limites com Maria,sua língua atrevida e na forma que estou excitado apenas por beijá-la,na maneira que responde bem,ansiosa por mais até o segundo que meu maldito celular volta à tocar e retiro minhas mãos do zíper daquele vestido que parecia zombar do auto-controle desgraçado que estive tendo apenas por receio de afastá-la.
John:– Alô!?
Leticia:– Nossa precisa ser grosso!?
John:– Desculpa,o que foi?
Leticia:– Olha a Maria ainda está aí?
John:– Sim por que?
Leticia:– Droga ainda bem que entrei no banheiro da Brenda pra falar melhor.
John:– Tá me deixando nervoso garota,fala!
Leticia:– Tá legal o irmão lunático dela apareceu agora pouco aqui fazendo o maior barraco atrás da irmã.
John:– Como é?
Leticia:– Foi,parecia bem transtornado até sei lá parecia possuído!
John:– E esse idiota continua aí!?
Leticia:– Não,sabe o Antônio conseguiu expulsá-lo pra fora.
John:– Tudo bem.
– As coisas acontecem por alguma razão e depois de sairmos de onde estávamos tenho mais certeza disso,se ficássemos talvez teria entrado em briga com esse maldito,feito uma grande besteira que iria me arrepender depois.
Maria:– O que foi?
John:– Não é nada.
Maria:– Quer tentar de novo?
– Ela iria saber de qualquer jeito então talvez fosse melhor abrir o jogo,deixar o resto se encaixar da sua maneira.
John:– Seu irmão apareceu na casa da Brenda e parecia enfurecido atrás de você.
Maria:– Droga!
– Sua fisionomia muda e passa à ser de puro medo como se à qualquer momento houvesse a possibilidade dele entrar aqui,arrastá-la pelos cabelos,só de pensar nisso quero socar onde mais dói naquele maldito.
John:– Maria?Você está bem?
Maria:– Preciso ir embora daqui!
– Como é!?Com aquele louco solto pelos corredores desse prédio essa garota quer mesmo voltar pro único lugar que nem devia passar pela sua mente hoje!?Mas nem em sonho princesa!
John:– Não acha que vou te deixar sair desse jeito né vizinha?
Maria:– John preciso ir pra casa por favor!
John:– Pelo que Leticia disse esse imbecil tá bêbado e pode fazer uma loucura!
Maria:– Olha eu...
John:– Mais nada,agora quem está pedindo por favor que não vá sou eu.
Maria:– O que?
– Ultimamente tenho ido contra todas as coisas que acredito serem certas e ajudando uma desconhecida que por mais gostosa que seja ainda continuava sendo estranha só que por mais diferente que fôssemos essa garota estava ferrada da maneira que me ferrei à anos atrás.
John:– Não gostaria de ver esse seu corpo todo quebrado por aquele louco.
– Minha mão pousava na sua cintura de um jeito quase territorial,sabia que se aquele animal cometesse qualquer violência contra Maria eu iria matá-lo.
John:– Dorme aqui em casa.
Maria:– Quer que eu fique mesmo?
John:– Tem bastante espaço.
Maria:– Sua cama é de solteiro.
John:– Mente suja posso dormir no chão mas se falar com jeitinho posso ficar do seu lado.
– Apesar da escuridão se misturar com as luzes do quarto posso notar suas bochechas muito rosadas,pra acabar comigo de vez e me deixar completamente acuado minha vizinha sorri.
Maria:– Ok vizinho.
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Aos teus Olhos - Série IMPERFEIÇÕES
RomanceMaria dos anjos teve uma infância dificil e violenta e mesmo nascendo cega nunca deixou que ninguém lhe tratasse diferente ou mesmo com pena como na maioria das vezes sua mãe e até seus irmãos fazem e apesar de suspeitar que Alex seu irmão mais velh...