John
- Não deveria ter deixado ela ir com aquele desgraçado,mesmo estando Brenda junto esse cara se mostrou ser mais perigoso do que parece,era melhor não subestimá-lo ou acreditar que estava lidando com um amador.
Lurdes:- Você tá inquieto.
John:- O que?
- Sua risada só me fazia ter certeza que estava agindo feito um idiota com ela.
John:- Desculpa Lurdes eu sou um idiota.
Lurdes:- O óbvio precisa ser dito as vezes hum?
- Agora é minha vez de sorrir pra aquela mulher que parece só se fortalecer com as coisas que lhe acontecem,eu aqui tendo ciúmes de alguém que provavelmente não interessa pra Maria.
John:- E você minha amiga como está?
Lurdes:- Estou bem,não se preucupe comigo.
- Me sento numa cadeira de plástico do seu lado segurando sua mão,querendo que aquilo pudesse ser diferente,Lurdes não precisava passar por esse tipo de situação,ambos sabemos disso.
Lurdes:- Nem pensar idiota!
- Ela tira sua mão da minha me deixando confuso,é até engraçado como vira a cabeça pro lado em direção à janela do quarto e cruza ambos os braços no peito.
John:- Certo e de onde veio essa cena de garota mimada!?
Lurdes:- Nem vem com essa tá legal!?
John:- Continuo sem entender.
Lurdes:- Olha desde algum tempo você tem saído comigo e a gente se pegou e foi legal mas não é por isso que vou deixar que me analise ou a pior é sentir pena por isso ter acontecido comigo!
- Desde que conheci Lurdes percebia ser alguém muito amorosa e preocupada até demais com todos à sua volta,claro que quando acreditava estar sendo alvo de piedade ou pena e até mesmo se sentir discriminada pela cor da pele já que por diversas vezes quando algum jornalista abelhudo perguntava como se considerava uma pessoa parda naquele país sempre respondia que tinha nascido de país negros e por tanto em suas veias corria sangue de gente negra e assim calava a boca de qualquer um que tentasse seguir com essa discussão sem sentido.
John:- Quem disse que estou sentindo essas coisas por você!?
Lurdes:- John!Está estampado na sua cara!
John:- Não é isso garota mas...
- Como dizer pra alguém que está feliz e até aliviado por nada de mais grave ter lhe acontecido?Esse era o problema não fazia idéia já que nunca fui muito bom com as palavras.
Lurdes:- Por que parou?
John:- Não sei como explicar as coisas que sinto Lurdes.
Lurdes:- Deve ter sido essa razão por ter te escolhido naquela boate sabe depois daquele episódio lamentável com Ricardo.
John:- Não era você que adorava enaltecer aquele idiota?
Lurdes:- Cala à boca!
- Ambos rimos daquela situação estranha mas que no fim precisava acontecer de qualquer maneira porque pretendia explicar o motivo de não querer mais fazer os"serviços"que prestava com ela.
John:- Lurdes não posso mais aceitar esse relacionamento entre nós.
Lurdes:- Caramba partiu meu coração.
- Lurdes faz sua melhor atuação no estilo daquelas atrizes canastronas da tv aberta com direito à mão no peito e cara de susto como se tivesse revelado que fui eu o mandante do atentado ao presidente do Brasil.
John:- Engraçada você em?
Lurdes:- Obrigado,não estou surpresa sabia?
John:- Sexto sentido?
Lurdes:- Mais do que isso acredito que estava lá na minha frente o tempo todo mas quando à vi percebi alguma coisa entre vocês dois.
- Nunca deu pra fazer a Lurdes de boba e não ia começar agora porque independente de como acabariamos aquela relação SUGAR lembro perfeitamente do compromisso de sempre ser honesto um com o outro,era chegada a hora.
John:- Não sabia que podia sentir isso por outra pessoa de novo Lurdes.
Lurdes:- É?Por que não?
A garota tem um corpão de arrasar!
- Que bom que não é apenas eu à notar esse tipo de coisa mas sabia que Maria tinha muito o que mostrar tanto fora como dentro,não estava preparado pra admitir isso mas gostaria.
John:- Porque desde a morte da minha mulher e filho me senti um completo nada,culpa era a coisa mais forte do que o simples ódio por mim mesmo,quando Maria apareceu as coisas mudaram de rumo,me apaixonei tanto pela maneira como se comportava e o jeito sacana e safado de falar sobre certos assuntos.
Lurdes:- Sexo especialmente.
- Um sorriso surge no meu rosto porque foi esse o ponto onde meus problemas e soluções começaram à brotar já que desde a proposta sacana dela minha vida deu uma guinada de trezentos e sessenta e cinco com direito à sexo selvagem e encontros mais intensos depois dessa primeira rodada.
John:- Realmente,eu à adoro!Porra,complicado falar dessas coisas com você.
Lurdes:- Por que imbecil!?
Lurdes:- Sou péssimo com as palavras,nunca sei me explicar direito pra ninguém.
Maria:- Pareceu super convincente!
- Merda!Será que estava aí desde o início me ouvindo despejar as coisas que estava com vontade de falar!?Espera e por que a Lurdes não contou nada!?Essas duas parecem mesmo ter se tornado aliadas,isso era uma enorme evolução mas agora não poderia fazer nada,já tinha comentado tudo.
Maria:- Não sabia que era tão bom assim com as palavras.
- Ela me beija na bochecha e à trago mais pra perto antes de ir até onde Lurdes estava e lhe beijo da maneira que queria desde o começo com nossas línguas duelando e tentando ter mais uma da outra,uma delícia mesmo essa mulher.
Lurdes:- Por favor isso é um hospital!
Maria:- Desculpa.
John:- Não se sinta mal logo vamos fazer em casa.
Maria:- John!
- Maria meio que fala meu nome achando que me repreendeu mas apenas deixou aquele gosto na boca de quero muito mais e vou conseguir isso.
John:- Que é!?
Brenda:- Tem razão o que Lurdes disse,procurem um motel ou um lugar de limpeza.
Maria:- Como é?
Brenda:- Sabe onde os zeladores ou faxineiros guardam seus materiais e dão uma rapidinha.
John:- Não é má idéia!
Maria:- Calados os dois!Vocês são bem pervertidos!
Brenda:- Com orgulho!
John:- Falou tudo!
Maria:- Lurdes por favor me dá uma força aqui!
Lurdes:- Você pediu,agora se vira!
- Antes de falar que gostaria estar sozinha com ela noto a presença daquele cara outra vez,por extinto fico do lado de Maria.
Maria:- John?Que foi?
John:- Nada,por que não vem pra fora comigo um pouco?
Maria:- Você tá agindo estranho,o que foi?
Brenda:- Tem razão amiga,o àr de repente ficou difícil de respirar aqui.
- Lurdes me olha um pouco atravessado mas no fim das contas entende o que estava passando e com um aceno de cabeça nos libera pra em seguida entrar no quarto Alex,não tinha idéia do que poderia ter acontecido entre Maria e ele só que iria descobrir porque esse cara cheirava à problema.
- Estávamos caminhando à passos lentos pelo corredor hospitalar com ela segurando meu braço e Brenda ao seu lado meio que procurando alguém porque olhava para diversas direções.
John:- E aí o que conversaram?
Maria:- Não sei bem o que houve naquela conversa mas com certeza a pessoa que me abordou pra conversar comigo não era o Alex.
Brenda:- Talvez seja um gêmeo do bem,que agora está no lugar do seu irmão doente?
John:- Não sou muito de cinema mas nesses casos é um gêmeo ruim.
Brenda:- O problema,que já temos essa cópia maligna John!
Maria:- Vocês dois francamente.
John:- O que!?
- À beijo na boca sem esperar que me repreenda ou ache qualquer coisa,mesmo estando tímida no começo sinto suas mãos em volta do meu pescoço e sua língua entrando em minha boca fazendo movimentos eróticos,cara poderia ser que minha vizinha estivesse ficando cada dia melhor na arte de seduzir as pessoas.
Lúcia:- Com licença.
- Mesmo que esse clima estivesse estranho com a chegada dela achei que até aquela altura tivesse compreendido a situação em que estávamos metidos,nitido em seu olhar para Maria,eu que esse tipo de coisa à incomodava mas era impossível mandar no coração e sentimentos não correspondidos eram uma verdadeira merda.
Lúcia:- Aqui,um hospital se querem se beijar pelo menos vão para o lado de fora.
Maria:- Me desculpa.
- Aquele tipo de seriedade demonstrava mais do que apenas educação era mágoa misturada com raiva,até cansaço.
Antônio:- Você tem toda razão querida.
Lúcia:- Para de me chamar assim,Por favor!
- Ela se afasta de Antônio indo em direção até a irmã e lhe dando um beijo na face,meio estranho estarmos de lados tão opostos assim,não queria causar essa confusão pra Maria mas certas bagunças às vezes servem para arrumar certas coisas.
Lúcia:- Como está?
Maria:- Melhor obrigado,tem um tempo para...
Lúcia:- Estou trabalhando agora Maria.
- Apesar de parecer gentil aquele fora na irmã poderia ser encarado como um possível"me esquece"ou"não quero falar sobre certos assuntos com você"o que importa é que Maria cruza as mãos e fica um pouco sem graça por aquela resposta,uma maneira cruel de cortar alguém que se importa com você,pegou pesado dessa vez.
John:- Vem!Temos que ir!
Brenda:- Pra onde vocês vão!?
John:- Quero levá-la pra casa e trepar um pouco.
Maria:- John!
John:- Eu sei querida!Você está com o mundo nos ombros mas não se preucupe logo vou tirar essa tensão.
Maria:- Espera!Não posso ir tão rápido lembra?
- Ela faz um movimento com a cabeça apontando para seu pé que estava se recuperando.
John:- Tem razão.
Maria:- Sei que tenho.
- Se não posso fazê-la correr pelo menos irei carregá-la até o carro.
Maria:- Você ficou doido!?Estamos em um hospital!
John:- Não se preucupe porque aquilo que falei foi pra deixar as coisas no nível da sua irmã.
Maria:- O que!?Do que tá falando!?
- Enquanto caminhávamos para fora do hospital noto o quanto parece estar relaxada em meus braços ao ponto de perder um pouco a vergonha e enlaçar seus braços em meu pescoço.
John:- Ela ainda está com raiva de mim.
Maria:- Não queria dizer comigo?
John:- Lúcia quer descontar uma culpa que só cabe em meus ombros.
Maria:- Sou uma ladra de homens!
John:- Não seja dura com você,além do mais nunca chegamos à ter nada.
- Ao chegar no estacionamento noto seu silêncio se prolongar mais que o normal e quando chego no meu carro vem a pergunta que estava presa na garganta.
Maria:- Você sabia que Lúcia tinha esses sentimentos?
- Queria entender por que essa pergunta naquele segundo,a resposta era que nunca soube que esteve interessada.
John:- Não Maria.
- Por que ao se sentar no banco do passageiro à noto distante como se estivesse pisando em ovos para perguntar alguma coisa só que estivesse com medo da resposta.
John:- Anda desembucha logo!
Maria:- O que?
John:- Está gravado na sua cara alguma coisa.
Maria:- Uma pergunta talvez.
John:- Provavelmente.
- À observo olhar o nada ao seu redor com as mãos fazendo movimentos repetitivos uma em cima da outra.Então pego seu queixo e viro seu rosto em minha direção.
John:- Não fique tímida,sabe que pode me dizer qualquer coisa.
Maria:- Acho que quero te perguntar algo mas tenho medo que seja aquilo que espero.
John:- Que é?
Maria:- Você está apaixonado por alguém?É por isso que entrou nesse ramo?E agora está tentando esquecê-la de alguma maneira?
- Essa garota tá de brincadeira!?Sera que não notou os sinais que mandei desde o momento que ficamos juntos!?Até nos conhecermos!?
John:- Você é doida?
Maria:- O que disse!?
John:- Estou apaixonado por você sua idiota!
Maria:- Certo.
- De repente suas mãos ficam longe uma da outra e assim sei que voltou à estar calma,claro que amo uma pessoa mas Marina não vai voltar mais e ela,meu filho estariam pra sempre em meu coração e de alguma maneira entendi que apesar de distantes meu amor por elas tinham se transformado de culpa e arrependimento pelo mal que fiz para perdão e saudade,isso me fez respirar melhor como se uma enorme pedra tivesse sido retirada de cima do meu peito,alívio quase me fez rasgar de alegria por dentro.
John:- Obrigado Maria.
Maria:- Não estou te entendendo.
- É claro que não estava e pra ser franco nem mesmo eu compreendia o que fazer com aquela revelação que tinha aparecido bem diante dos meus olhos mas acontece que esteve lá meio disfarçado só que ainda lá.
John:- Sei que não está.
Maria:- Você anda tão misterioso sabia!?
John:- Não me diga.
- Me controlo pra não comê-la aqui dentro do carro mesmo já que além de esperarmos por sua amiga tinha proposto apenas em pegá-la de jeito quando estivéssemos juntos oficialmente,gostaria que fosse ela à falar pra todos isso então até aquele momento sem sexo pra senhorita"controladora de sentimentos."
Brenda:- Idiota!Odeio os homens!
- Agora a festa parece ter sido animada por uma certa garotinha com cabelos coloridos que além de puta com toda os humanos de sexo masculino parecia estar querendo matar qualquer um que lhe falasse o contrário.
Brenda:- Quer dizer menos você John!Acho que tem sido um cara legal pra minha amiga!
Maria:- O que houve Brenda?
- Maria tenta apaziguar a situação como sempre,preciso lhe dar os parabéns pela paciência que desempenha com Brenda.
Brenda:- Tentei falar pro Antônio sobre meus sentimentos e aí ele falou uma conversa doida sobre estar interessado por outra!
- Começo à dirigir antes que isso vire um drama real,não um fora de uma garota mimada.
Maria:- Droga!E ele falou quem era?
- Tento não rir daquele jeito de consolar porque Maria fazia a melhor voz de amiga que está triste e com raiva por Antônio ter partido o coração dela,óbvio que aquela encenação seria digna de uma novela das sete,muito bem minha princesa!
Brenda:- Do que está rindo John!?
Maria:- Nada amiga,que antes de chegar eu e ele estávamos comentando umas piadas muito boas que ouvimos.
Brenda:- É?
Maria:- Claro que sim!Vamos me conta mais!
Brenda:- Eu nem quero mais me lembrar sabe!?
Maria:- Tudo bem.
Brenda:- É que desde a festa que dei lá em casa pensei que as coisas entre nós iria evoluir.
Maria:- E por que pensaria assim?
Brenda:- Logo depois de vocês terem dado uma escapada e em seguida o asno do Alex aparecer bêbado Antônio e eu tomamos algumas cervejas e meio que aconteceu.
John:- Merda!Vocês transaram!?
- Não que estivesse surpreso com isso mas quando Antônio tomava alguns drinques meio que dava em cima de todo mundo,não sei no que Brenda estava pensando mas começar um relacionamento com aquele cara,como querer nadar contra a maré porque ele estava mais focado no trabalho e na vida da noite.
Brenda:- O que!?Não!
Maria:- Nossa!Você quase me fez acreditar que...beleza!
- Vejo Maria respirar fundo e em seguida soltar o àr como se sua amiga não soubesse na encrenca que está metida.
John:- Fica calma.
Brenda:- Ele tem razão amiga!Nós só estamos preocupados com você.
Brenda:- Sei disso e agradeço,vocês são muito fofos e amo os dois por isso!
Maria:- Só que tem um"mais"por trás disso tô certa?
Brenda:- É porque tomei uma decisão que à partir de hoje não quero mais relacionamentos!
Maria:- Isso foi direto!
John:- É.
Maria:- Vamos ver até quando dura.
Brenda:- Vocês pensam que é só loucura minha não é!?
John:- achamos!
Maria:- Desculpa"B"mas não boto fé nisso não.
Brenda:- Tá beleza galera!Vou mostrar pra vocês!
Maria:- O que?
Brenda:- Que serei uma destruidora de corações.
Maria:- Estou com medo.
- Finalmente chegamos em frente ao prédio com Brenda saindo primeiro e parecendo bem decidida,vamos ver até onde vai essa loucura dela,será interessante ver o cara que irá se envolver com essa maluca tentar quebrar sua casca recém colocada.
John:- O que acha dessa?
Maria:- Tenho dó da pessoa que se meter com ela.
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Aos teus Olhos - Série IMPERFEIÇÕES
RomanceMaria dos anjos teve uma infância dificil e violenta e mesmo nascendo cega nunca deixou que ninguém lhe tratasse diferente ou mesmo com pena como na maioria das vezes sua mãe e até seus irmãos fazem e apesar de suspeitar que Alex seu irmão mais velh...