Capitulo 14 (Um amor perdido)

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John
        – Devia ser mais fácil achar alguém,esse pensamento me dava voltas como um carrossel e deixava um rastro de raiva por que fui negar algo que faço tão bem?É mais um trabalho,apenas isso não era!?Esfrego as mãos no rosto com violência querendo entender realmente qual era meu problema!?Tá beleza!Eu ajudei alguém que precisava de ajuda é claro que nunca tinha me pedido mas depois da cena do corredor lá no prédio me senti com uma vontade imensa de descer a porrada no maldito irmão dela!
        – Continuo indo contra as pessoas e contra o bom senso isso era muito tipico de mim,mesmo querendo esquecer o que havia acontecido talvez as lembranças fossem como fantasmas solitários vagando pela minha mente.
(UM ANO ATRÁS)
Marina:– Não posso te salvar sempre sabia disso!?
John:– E quem disse que preciso ser salvo!?Você foi lá porque quis!
          – Outra vez tinha saído para esfriar a cabeça e novamente minha mulher tinha ido até o bar atrás de mim,era quase a mesma história saía todas as vezes quando chegava do trabalho como segurança de uma boate e deixava Marina em casa o médico disse que ela precisava de repouso depois do aborto que sofreu.Me senti arrasado e acima de tudo culpado mas mesmo passando por toda essa barra a minha mulher nunca desistiu de mim.
        – Me lembro de estar deitado na cama de casal que tinha sido jogado por ela,estava cheirando a bebida,suor tão  fortes que me fazia enjoar porém continuava calado e distante.
John:– Estou cansado disso Marina!
Marina:– Então somos dois!
John:– Eu sei que você me culpa!
Marina:– Tá enganado como sempre!
         – Ela estava parada em frente à janela pensativa mas podia ver as lágrimas rolando pelo seu rosto de boneca,sim me odiava e sentia culpado quase que o tempo todo por fazer mal à alguém que deveria proteger e cuidar.
       – Me levanto um pouco desajeitado e vou cambaleando até chegar perto e quase cair por cima de Marina,porra!Sou um fracasso como homem,marido!E nem fazia idéia por que ela continuava comigo o que me fez questionar se estava bem porque sabia o quanto poderia ser uma perda de tempo.
Marina:– Volta pra cama idiota!
John:– Me perdoa Marina!
     – Falo isso enquanto me abraço em seu corpo até cair de joelhos,estou me humilhando pra única pessoa que faz a mesma coisa por mim,não quero ter mais essas brigas porém parecia um disco arranhado sempre repetindo as mesmas conversas.
Marina:– Por favor John se levanta!
John:– Não quero te ver mais triste por minha causa!
Marina:– Então faça por merecer!Quero que nossa família valha à pena,não posso sempre te buscar nos bares!
     – Olho pra ela que agora está me observando também e começo à me levantar até beijá-la na testa e dizer que prometia ser alguém melhor tanto por nossa família como por mim mesmo precisava mudar isso que me enlouquecia por dentro e não poderia fazer até que admitisse para minha mente que precisava de ajuda.
      – Agora olhando pelas ruelas dessa cidade percebo o quanto era um idiota antes e como estou sendo nesse momento,é quando ouço a voz dela,será que estou mesmo enlouquecendo!?Acreditava que sim mas ao dobrar uma esquina percebo que aquela garota queria mexer mesmo comigo porque a cena que estava se desenrolando na minha frente era a mesma que tinha acontecido na noite que perdi minha Marina.

Aos teus Olhos - Série IMPERFEIÇÕES Onde histórias criam vida. Descubra agora