Capitulo 46 (Paixão libertadora)

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John
       – Ela estava radiante com aquele sorriso sexy pra caralho estampado no rosto e brincando vez ou outra com a melhor amiga e comigo,flertando no caminho quase todo de casa e sim adorava esse tipo de provocação vindo da sua parte,como se toda a tristeza que tivesse ficasse com seus parentes,aquelas pessoas não sabiam o quanto eram responsáveis pelas feridas que Maria carregava na pele,adoraria arrancar todas as preocupações da sua vida mas não posso fazer isso mesmo querendo muito.
John:– Chegamos moças!
Maria:– Nossa finalmente!
John:– Deixa adivinhar,você estava sentindo uma enorme saudade de mim?
Maria:– Não seja convencido.
Brenda:– Cara que horror!
Maria:– Que foi B?
Brenda:– Vocês estão começando à se parecer com um casal de namorados.
John:– Quem sabe...
Maria:– Por favor corta essa!John tem o trabalho dele e eu a minha vida somos só bons amigos não é?
John:– Da sua parte talvez!
Maria:– Como disse?
John:– Já chegamos em buraco doce buraco.
Maria:– Não seja malvado com o lugar que vive.
            – Ao pegar na maçaneta da porta ocorreu que nem esperava ficar mexido com o que disse mas confesso que fiquei porque desde que aconteceu de ficarmos juntos não tenho pensado em estar com mais ninguém e não sei se percebeu o que está acontecendo ou apenas é ingênua demais pra entender o que rola.
Leticia:– Chegaram finalmente!
           – Antes de Maria passar por mim é abraçada por minha melhor amiga maluca que estava mesmo com saudades dela já que encontrar uma outra garota que à suporte foi tarefa quase impossível.
Maria:– É muito bom te ver também!
Leticia:– Depois vai me contar o que houve tá?
Maria:– Ok mas quer saber!?
Leticia:– O que?
Maria:– Senti mesmo sua falta.
Leticia:– Aí que fofa!Droga eu também!
John:– Não chore você já é insuportável apenas sorrindo.
Leticia:– Idiota!
Antônio:– E eu não ganho abraço não?
Brenda:– Sempre tão silencioso.
Antônio:– Isso é um dos meus talentos gata!
Maria:– Como está Antônio?
Antônio:– Melhor agora mas devia ser eu à perguntar esse tipo de coisa não acha?
Maria:– Você vai superar.
          – Embora saiba que Antônio adora fazer piadas e me provocar sei que não seria louco à ponto de abraçar minha garota assim,espera um pouco falei mesmo isso!?Nós só dormimos juntos uma vez e já estou marcando território!?Cara como foi que esse tipo de loucura acabou acontecendo!?
Antônio:– Graças à Deus que se recuperou.
John:– Pois é,pode tirar as garras de cima dela?
Leticia:– Eita!Estou notando sinais de marcação,que coisa masculina!
Maria:– Como é?
Leticia:– Nada!Vem trouxemos algumas comidas pra comemorar que"cê"voltou!Está com fome não é?
Maria:– E como!
Antônio:– Isso é ótimo e pode contar pra gente como foi que conseguiu todos esses machucados?
           – Pra ser sincero comigo sei de onde está surgindo essa vontade de estar ao seu lado foi no momento que nos conhecemos nesse corredor de fora onde começou à me provocar com aquele mini pijama que pelo amor de Deus já era tremendamente sexy mesmo quando nem se esforçava pra fazer isso,meio que despertou minha curiosidade quando começamos à conversar pelas paredes dos nossos quartos,não acreditei nem por um momento que seria uma ameaça para tudo que houve entre mim e meu passado mas agora vendo tudo que já passamos juntos sei que faria qualquer coisa que me pedisse e até as coisas que nem desejou em falar com alguém,quero realizar e ser o responsável por cada sorriso e confortar cada tristeza sua.
Maria:– John?Você está bem?
John:– O que?
Maria:– Ficou calado de repente.
Antônio:– Esse é o nosso garoto sempre pensativo!
John:– E você como sempre um idiota!
Maria:– Parem de briga galera hoje é dia de comemorar!
Leticia:– Minha amiga tem razão!
Brenda:– É isso aí!Vamos continuar bebendo e comendo.
            – E assim se passou uma manhã cheia de pessoas sorrindo e se divertindo por uma garota que mal tinha chegado e já fazia parte do meu cotidiano e vida era como se tivesse conseguido juntar alguns pedaços por dentro que continuavam teimosos mas do seu jeito e com seu sorriso Maria conseguiu fazer todos eles ficarem juntos,nem fazia idéia de por que isso teria acontecido comigo.
           – Por volta das dez e meia recebi uma ligação da Lurdes o que me pegou de surpresa mas meio desconfiando já fui me desculpando por dar um bolo nela,como sempre foi compreensiva mas me ofereceu um período de paz se à acompanhasse numa festa naquela noite como seu acompanhante apenas e pensei por que não?Precisava de uma grana e não estava lucrando muito com os programas porque não tive nenhum desde essa garota,por que!?Então chutei o balde e aceitei sabendo que poderia não estar cem por cento mas pelo menos estaria me distraindo e com certeza me esquecendo de uma certa moça gostosa que estava circulando minha mente.
(MAIS TARDE NAQUELA NOITE)
Maria:– Você está cheiroso.
John:– Obrigado querida.
Maria:– Então hoje vai ter?
          – Sua risada debochada e despreucupada me faz repensar se devia ou não mantê-la aqui sozinha enquanto vou trabalhar só que tão rápido quanto o pensamento surge vai embora na mesma proporção.E depois do jantar que insisti pra comer alguma coisa de verdade e não aqueles restos de pizzas e bolos da festa de recepção dada pelos seus amigos,digo isso porque até mesmo Antônio ficou encantado por ela mas resolvi cortar logo suas asinhas pra cima de Maria.
Maria:– E não se preocupe comigo vou ficar bem.
John:– Como sabe que estou preocupado com você?
Maria:– Suas perguntas e olha nada de mal vai me acontecer.
John:– As vezes você é irritante.
Maria:– Muito obrigado.
John:– Olha só pra esclarecer não vou ter relações alguma com Lurdes.
Maria:– Mesmo que tivesse John não é da minha conta sua vida porque está trabalhando,acima de tudo nem estamos juntos somos apenas amigos.
           – Maria falou isso e apesar de não querer me abalar com suas palavras confesso que estou até ofendido parece que nada rolou entre nós e por mais que seja condescendente naquele momento só consigo imaginar que está enlouquecendo falando esse tipo de coisa.
John:– "Cê"tem razão e como sempre devo ter imaginado as coisas na cabeça.
Maria:– Tá resmungando do que?
John:– Nada,melhor sair antes de fazer uma besteira.
Maria:– Não está falando coisa com coisa sabia?
John:– É sou assim mesmo.
           – Olho no relógio,ao notar que já passava das nove da noite me dou uma última olhada no espelho e apesar de achar um pouco demais aquele smoking todo negro que tinha me enviado também relaxei e fui apenas curtindo aquele começo de madrugada.
John:– Olha preciso ir mas qualquer problema...
Maria:– Não se preocupe porque tranco tudo e nada nem ninguém me fará mal.
          – Por que sempre acho que dá um jeito de debochar das coisas que digo?
John:– Engraçadinha.
         – Lhe dou um último beijo na testa e saio pela porta levando as chaves do carro,pensando mais uma vez em como minha vizinha deu um jeito de me pôr louco.

Aos teus Olhos - Série IMPERFEIÇÕES Onde histórias criam vida. Descubra agora