Capitulo 62 (Até que nada mais importe)

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John
        — Tínhamos acabado de chegar do shopping onde pedi para Leticia e Brenda uma força pra escolher um presente bacana para minha garota,claro que ambas ficaram tagarelando como um casal de papagaios mas no fim precisei lembrar que suas ações eram boas,não sei explicar de onde veio isso mas essa alegria me contagiou porque queria participar das escolhas que tinham em mente e mesmo tendo demorado mais que o habitual já passando da meia-noite soube que Maria iria adorar o que suas amigas tinham escolhido e adoraria ver ela com aquela roupa e jóia em seu corpo delicioso.
Brenda:– Muito bem John nós já chegamos.
John:– Deus obrigado por isso.
Brenda:– Nossa é tão ruim assim passar um tempo com os amigos?Ah e à propósito o Antônio vai amanhã nessa reunião?
            — Droga,Brenda estava fazendo de novo aquilo de querer saber dos caras que está a fim por meio de outra pessoa,até agora não compreendia bem essas amigas de Maria mas esse tempo que passei com ela me fez entendê-la melhor tipo que o Antônio não foi feito pra ela e que por mais que gostasse dele o meu amigo era um tremendo idiota e dúvido que algum dia iria mudar.
          — Antes que abrisse a porta seguro seu braço e lhe mando a real sobre meu amigo cabeça oca.
John:– Brenda olha sei que não tenho nada à ver com sua vida mas mesmo assim...
Brenda:– Tudo bem cara pode falar.
John:– Antônio adora o trabalho que tem e dúvido que largaria por qualquer mulher.
         — Sei que fui direto demais e ao baixar a cabeça percebo a merda que tinha falado mas já era.
Brenda:– Eu compreendo John,mesmo assim obrigado você é como um irmão mais velho às vezes.
John:– Só por que falo as coisas?
Brenda:– E também porque se intromete na vida alheia.
John:– Obrigado?
Brenda:– Não é sério escute.
        — Agora é sua vez de tocar em meu ombro e sustentar meu olhar por alguns segundos.
Brenda:– Tive minhas dúvidas com você desde o começo mas quer saber?
       — À continuo observando em silêncio querendo que falasse alguma coisa diferente da minha consciência.
Brenda:– Você é um cara legal,faz bem para minha amiga e sei que Maria vai amar esse presente.
       — Ela aponta para a caixa prateada grande em minhas mãos com um laço preto em cima.
John:– Espero que esteja certa.
Brenda:– Estou mais que falando a verdade é um dom.
       — Ao abrir a porta notamos a tv ligada e sua vó cochilando com uma das mãos apoiadas na cabeça servindo de travesseiro.
Brenda:– Droga!Vou pegar um lençol pelo menos.
      — Enquanto Brenda vai até o outro quarto dou uma volta com meu olhar pela sala mas Maria não está lá.
Brenda:– Não se preucupe dona Lisa aqui está sua neta.
      — Depois que termina de esquentar sua vó me aponta para o quarto no corredor.
Brenda:– Se quiser vê-la está no quarto mas está dormindo John.
John:– Puxa.
     — Mesmo sabendo que não iria lhe dar nada naquela noite nem resisti e fui até onde estava ao chegar na cama de solteiro que está adormecida sei que alguma coisa não deve estar bem já que Maria não parava quieta se debatendo muito como se tivesse tendo um pesadelo.
        — Será que as feridas deixadas por aquele canalha foram tão profundas ao ponto de nem ao dormir Maria se esquecesse do sofrimento que passou naquela casa?É claro que não poderia falar porque passei bastante tempo com fantasmas internos na maioria dos dias e depois de amanhã chegava o momento de relembrar outra vez o que tinha acontecido à minha ex.
Brenda:– Ei vem cá!
John:– O que é?
Brenda:– Vovó se acordou e pediu que dormisse aqui.
John:– Sério?
Brenda:– Pois é,olha o banheiro fica no fim desse corredor caso queira se lavar tá bem?
John:– Ok.
           — Deixo o presente que tinha trazido em cima da cadeira no quarto que Maria dormia e fui tomar um banho já que hoje o dia foi puxado mas dou graças à Deus por dessa vez não ter perdido a cabeça com nada nem enchido a cara ou pensado em me lamentar pelo que aconteceu com o passado mesmo estando tão perto do aniversário da sua morte nem estou acreditando que pode ser diferente e ao sentir a água descendo sobre minha cabeça percebo que dessa vez é real e nada vai acontecer de ruim com ela porque estarei do seu lado,não vou abandonar quem amo dessa forma mais.
          — Ao sair do banheiro com uma toalha na cintura vejo Brenda do outro lado com uma muda de roupas na mão.
Brenda:– Minha vó pensou que precisaria.
John:– O que é isso?
Brenda:– Uma calça de algodão e uma blusa branca bem velhinha do meu vô.
John:– Obrigado.
         — Recebo as roupas dela e lhe dou um boa noite e me dirijo até o quarto onde Maria está dormindo,no meio do caminho encontrei dona Lisa uma senhora no mínimo simpática mas direta nos seus objetivos e disse que se eu fizesse qualquer coisa com sua menina nesse quarto ela me castraria pessoalmente e depois bocejou e me desejou um boa noite também com um sorriso indo para seu quarto que ficava no fim do corredor,claro que não poderia esperar menos das pessoas que Maria considerava família muito mais até do que a sua própria.
              — Ajeitei uns cobertores e lençóis e improvisei uma cama no chão  com um travesseiro que Brenda tinha me dado depois de ter vestido as roupas do marido de dona Elisa que fiquei sabendo ter falecido há alguns anos de ataque cardíaco.
John:– Lamento pelo seu avô.
Brenda:– Valeu mas faz tempo.
             — Antes de cruzar a porta me dá um último aviso.
Brenda:– Por enquanto tenha cuidado com suas bolas se minha avó pegar vocês afogando o ganso já sabe.
John:– Sono leve?
Brenda:– Nem imagina.
            — Mesmo que desejasse muito estar enterrado dentro da minha garota agora parecia querer só descansar e não estava nenhum pouco errada,ao deitar a cabeça e contemplar a escuridão a minha volta começo à ter noção um pouco do que Maria passa diariamente com a cegueira por Deus você não merecia esse tipo de coisa princesa.
             — Ao cair no sono tive diversos sonhos que incluíam meu passado e à nossa criança e em uma realidade paralela talvez tudo pudesse ter sido diferente mas agora essa imagem não passava de um desejo infundado,os olhos dela continuavam julgadores e condenando cada passo errado que dei e então cheguei até meu presente e aqueles gemidos e sons pareciam não ser parte de nada do que estava acontecendo naquele segundo,foi quando comecei à acordar e ao olhar para o celular era umas quatro e meia da manhã já e alguém batia na porta de leve.
Brenda:– John?Está tudo bem com vocês?
          — Ao me levantar percebo Maria se debatendo como se tivesse sendo chacoalhada por alguém e da sua boca apenas falava palavras como PARE e ALEX!Droga aquele maldito mais uma vez inundando sua mente.
John:– Está sim Brenda!Não se preucupe.
Brenda:– Tá.
         — Precisava dizer alguma coisa para tentar acreditar no que falava mas era óbvio que nada está bem,merda!Odeio vê-la nesse estado,antes de tentar acordá-la vou tentando abraçar ela fazendo com que de alguma maneira sentisse que não estava sozinha porque nos pesadelos a imagem daquele monstro poderia estar lhe esperando mas na realidade estaria do seu lado,finalmente depois de alguns minutos Maria começa à relaxar seu corpo e coloco meus braços ao redor da sua cintura e meu rosto sente o cheiro dos seus cabelos que estavam um pouco unidos pelo calor que sentia depois de tanto se remexer na cama,adorava beijá-la na bochecha perto dos olhos e especialmente naquela boca deliciosa que deixava meu pau duro só que dessa vez precisava me comportar,pelo menos foi essas as palavras da vó de Brenda.
Maria:– John?
John:– Oi amor?
Maria:– Me desculpa se te assustei.
John:– Não tem problema você teve um pesadelo.
Maria:– Sou uma idiota.
John:– Não fala isso.
           — Maria se vira e me abraça como se tentasse achar consolo para todas as imagens horríveis que aquele desgraçado tinha deixado gravado nela,poucos segundos depois sinto suas lágrimas em meu pescoço.
Maria:– Me desculpa.
          — Continuava alisando seus cabelos que eram muito macios droga pareciam uma seda de tão sedosos que eram,aquilo só me deu mais vontade de abracá-la,cuidar do seu sono e desejar que qualquer outro que tentasse lhe fazer mal fosse destruído por minhas próprias mãos!Droga estou me deixando levar por emoções perigosas de novo.
John:– Sinto muito pelo que aconteceu com você.
Maria:– É eu também.
          — Depois de um tempo entrelaçados daquela forma Maria começa à querer sair de perto e foi onde minhas mãos à trouxeram de volta.
Maria:– Que foi?
John:– Não sai.
         — Sua risada faz o clima tenso ser aliviado um pouco naquele momento.
Maria:– Por que não?
John:– Está muito gostoso assim.
        — Outro sorriso e dessa vez o sinto contra meu peito e em seguida seus cílios se fecham e posso dizer que me sinto em paz com tudo,claro que de vez em quando o quadro de culpa vem caindo com força mas agora me sinto em um paraíso pessoal com essa garota.
Maria:– Tá bem.
       — Alguns minutos de silêncio passam quando escuto aquela pergunta.
Maria:– Não quero mais ter pesadelos.
John:– É nem eu.
      — Aquilo faz ela levantar a cabeça e suas mãos começarem à tocar no meu rosto é claro que não estou reclamando nenhum pouco,se poderia mencionar daqui à pouco gostaria mesmo dessas mãozinhas por todo meu corpo e se possível em minhas partes baixas que ansiavam por seu toque.
John:– Não é que eu queira que pare mas...por que está fazendo isso?
Maria:– Quero saber se está triste.
      — Agradeço aquele tipo de preocupação era isso que existia quando as coisas eram mais simples e não um poço de lembranças tristes e pesadas do passado e para tentar agradecê-la um pouco por toda essa aceitação beijo cada dedo seu.
Maria:– O que tá fazendo?
John:– Te agradecendo.
Maria:– Ah.
John:– Está funcionando?
Maria:– Preferia que fosse meus seios.
          — Mesmo sabendo que recebi um aviso de uma vovó bem peculiar ainda assim a vontade de fodê-la nessa cama continua grande.
John:– Mencionei o que dona Lisa disse que faria com minhas bolas caso pegasse a gente no ato?
         — Maria continuava deslumbrante naquela posição onde já tinha tirado metade do seu pijama e beijava com leveza e gentileza meu pescoço e descia pelo meu tronco.
Maria:– Por favor John não me diga que está com medo?
         — É como tinha pensado antes certas regras eram para serem quebradas,pro inferno se me capasse pelo menos teria me divertido primeiro.
        — Ao introduzir minha língua na dela escuto seus gemidos abafados por nossas bocas coladas e coloco minhas mãos dentro da sua calcinha apenas pra comprovar o que já tinha certeza.
John:– Está muito molhada sabia?
       — Ela continuava dando beijos em meu rosto e acariciando meus braços,parecia frustrada por eu ter parado apenas para lhe dizer isso.
Maria:– Eu quero você John!Desejo que esteja logo dentro de mim!
       — Porra!Essa mulher sabia dizer exatamente as coisas que precisava ouvir e ao me levantar com ela nos braços e colocá-la de volta na cama só que dessa vez retiro minhas roupas e suas carícias só me fazem ter mais pressa de meter fundo dentro dela.
Maria:– Por favor não pare!
       — Queria ter mais tempo para todas as coisas sujas e pervertidas que passavam na cabeça com Maria mas tínhamos pouco tempo antes do sol nascer e da dona Lisa acabar com"meus rapazes."
        — Então meti fundo e rápido apenas parando algumas vezes para observá-la se derreter na minha frente,droga essa visão era de arrepiar e enquanto chupava seu pescoço escutando seu gemido um pouco baixo e sabia que se Maria quisesse realmente poderia acabar comigo porque já tinha lhe dado esse tipo de poder,merda!Tanto tempo tomando o mínimo cuidado com as clientes que tinha programas para acabar apaixonado por uma que nem quer nada comigo no fim das contas!?É muita irônia essa vida.
           — Aos poucos a luz do sol vai manchando as cortinas azuis e focando naquele rosto dela que parecia ganhar um brilho extra e à tornando mais viva e estonteante se é que poderia ser possível.
Maria:– Droga de sol!
          — Preciso rir dela que sabe tanto como deixar as coisas mais diretas como quebrar o clima então sim adorava essas várias facetas da minha garota.
John:– Olha já que vai amanhecer mesmo quero te dar um presente.
Maria:– Droga John!
John:– O que foi!?
Maria:– A gente nem usou camisinha!
John:– Nem vem com essa!Você não me lembrou!
Maria:– Eu estava com tanta vontade que nem lembrei!
           — Chegou minha hora de rir sabendo que posso ganhar um bico de puta da vida por ter apenas rido da forma que faz as coisas tão espontâneamente.
John:– Não vamos discutir agora por um bom sexo hum!?
         — Beijo sua boca e em seguida sua testa,à deixo deitada se enrolando nos lençóis,vou pegar o presente que tinha escolhido junto das suas amigas doidas esperava que gostasse.
John:– Toma.
        — Coloco a caixa grande de presente em cima das suas pernas e ela vai conhecendo com suas mãos e tocando e sentindo aquelas formas por entre seus dedos.
Maria:– Pra mim?Por que?
       — Ela deve estar de brincadeira comigo!?E por que eu teria que ter uma razão para lhe dar qualquer coisa!?Se não que adoro essa maluca e quero vê-la bem especialmente que à noite veríamos o idiota do Ricardo.
Maria:– Nossa.
John:– Que foi?
          — Enquanto ela conhecia as formas daquele vestido tateando em todas as partes como a saia rodada e curta e as mangas longas e compridas
e os ombros levemente caídos acredito que não estivesse mesmo acreditando.
Maria:– Qual deve ser a cor?
John:– Vermelho.
          — Noto que ficou meio surpresa com a minha resposta mas não deveria.
Maria:– Com o que se parece ela?
John:– Está no fogo,sol,no calor que sinto quando olho pra você.
Maria:– "Cê"fala cada coisa que me deixa sei lá.
John:– Está agora preenchendo suas bochechas.
        — Precisava tocá-la naquele momento então tirei algumas mechas teimosas da sua testa,apesar do seu cabelo estar assanhado pelo sexo recente não conseguia escolher se estava mais sexy assim ou quando está com uma roupa pronta pra sair ou minha parte preferida quando arrancava suas roupas nas preliminares.
John:– Você é linda.
Maria:– Pare com isso!
         — Seu sorriso é mágico porque transformava meu dia,porra!Estou mesmo ferrado!
Maria:– Brincos?
John:– É.
         — No meio do embrulho de papéis tinha um pequeno estojo azul com brincos de pedrarias que formavam pequenas tiras de prata e quem tinha escolhido foi Leticia,não pensei muito na hora mas tinha me dito que um vestido sempre vinha acompanhado de uma jóia,nesse momento Brenda se materializa a da outra loja com esse vestido em mãos e concordando com tudo que ela dizia.
Maria:– Que é isso.
         — Sua risada me contagia de uma maneira extraordinária já que olhando agora de fora vendo como tudo acabou aquelas duas tinham tudo planejado.
Maria:– São verdadeiras malandras por isso!
John:– Eu sei mas...agradeço pelo que fizeram.
Maria:– Também.
       — Ela coloca os presentes dentro da caixa novamente e me beija como agradecimento e apesar de ser um beijo breve tento prolongar mais lhe puxando pela nuca novamente.
John:– Pode caprichar mais nesse agradecimento não é?
Maria:– Deixa eu pensar.
        — À resposta foi um beijo no pescoço que me fez arrepiar e ansiar por mais e em seguida na boca.

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