▪ fünfundvierzig

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O dia amanhece sem que possamos perceber, o sol invade o quarto sorrateiramente através das poucas frestas da janela que a cortina escura não consegue cobrir

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O dia amanhece sem que possamos perceber, o sol invade o quarto sorrateiramente através das poucas frestas da janela que a cortina escura não consegue cobrir.

Desperto esticando meus braços e pernas e me surpreendo ao olhar para o lado e perceber que o alemão ainda dorme.

Essa cena é rara, normalmente quando acordo ele já está na empresa e quando é final de semana a uma hora dessas a mesa de café já está posta enquanto ele lê um jornal no sofá esperando que eu desperte.

Aproveito o momento para virar-me totalmente para olha-lo com atenção e poder admirar seu rosto na penumbra do quarto, com sua feição neutra e poucas rugas aparentes no momento ele dorme calmamente.

Coloco uma das minhas mãos no rosto sereno a minha frente e carinhosamente começo a fazer um singelo carinho em sua bochecha sorrindo como uma boba apaixonada.

É o que realmente sou.

Uma boba apaixonada.

Aos poucos as palpebras pesadas do homem vão abrindo espaço para os olhos verdes e reluzentes. Devagar ele desperta e envolve minha cintura com seu braço aproximando nossos corpos.

Tenta me beijar mas eu imediatamente viro o rosto e mesmo com a escuridão do ambiente eu consigo ver sua virada de olhos.

- Só depois que eu escovar meus dentes - digo me levantando.

- Venha aqui - o alemão me puxa pelo braço forçando-me a deitar novamente, mas imediatamente me levanto mais uma vez e me desvencilho de seu aperto indo até o banheiro com divertimento.

Coloco a pasta em minha escova e começo a escovar meus dentes de forma natural e calma, em poucos minutos termino todo o processo, aproveito a oportunidade para lavar meu rosto com um sabão específico secando-o com uma toalha macia logo em seguida.

Caminho de volta para o quarto e me surpreendo quando vejo Herbert com o cenho franzido enquanto uma de suas mãos repousa em sua testa. Me aproximo sentando-me ao seu lado, na beirada da cama.

- O que houve? - pergunto retirando sua mão do local.

- Estou sentindo uma dor de cabeça muito forte - argumenta.

- Vou buscar um remédio para você - caminho até a cômoda presente no quarto, acendo a luz próximo a ela e pego um analgésico dentro da gaveta de medicamentos. Vou até a cozinha colocando uma quantidade de água suficiente e volto para o quarto.

Coloco o remédio em sua língua e em seguida o ajudo a erguer um pouco o tronco para tomar a água. Ele se deita novamente e eu sigo sentada, coloco o copo no criado mudo e continuo o observando atentamente.

Desde que conheci Herbert nunca o vi se sentir mal. É um homem que se importa com a saúde, se alimenta balanceadamente e toma poucos remédios por conta do histórico de doenças na família, só lhe faltam os exercícios físicos, mas fora isso ele é um homem saudável.

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