▪ sieben

5.5K 369 31
                                    

Herbert abre a porta do carona para que minha mãe adentre no carro e logo em seguida repete a gentileza comigo, sorrio em agradecimento e ele da a volta no automóvel para se sentar no lugar do motorista

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Herbert abre a porta do carona para que minha mãe adentre no carro e logo em seguida repete a gentileza comigo, sorrio em agradecimento e ele da a volta no automóvel para se sentar no lugar do motorista. Durante o caminho ele e minha mãe conversavam diversos assuntos, as vezes o pego olhando para mim através do retrovisor, quando percebe que eu estou vendo devia o olhar.

Evitei voltar a aquela casa durante as duas últimas semanas, a presença da minha tia naquele lugar não é nem um pouco convidativa, para não ter que lidar com a própria preferi manter distância.

- A Lina nunca se deu bem com números, as notas dela quando estudava eram uma coisa horrenda - ouvir meu nome faz com que eu saia do meus devaneios e comece a prestar atenção na conversa dos mais velhos.

- Mamãe! - chamo sua atenção.

- O que foi filha? - ela olha para mim e começa a rir - É a verdade - da de ombros e continua o assunto com o cunhado.

Reviro os olhos e não a respondo, observo através da janela de vidro as ruas iluminadas da cidade, pessoas sentadas em bares com amigos e casais andando de mãos dadas na avenida. Começo a prestar atenção na música da rádio que soa baixo no som do carro e cantarolo involuntariamente.

- Você me vira a cabeça, me tira do sério, destrói os planos que um dia fiz pra mim, me faz pensar porque que a vida é assim... - minha voz sai quase inaudível.

- Pronto, chegamos - exclamou Herbert enquanto abre o portão de sua casa e logo em seguida estaciona seu Audi.

Desço do veículo e caminho até a entrada da residência, minha mãe me acompanha enquanto o alemão se aproxima de nós duas. Ele abre a porta e nós adentramos o ambiente, avisto Camila e vou diretamente até ela abraçando-a, Vivian se encontra ao seu lado e portanto seria um tanto quanto indelicado ignora-la.

- Sua bênção tia - estendo minha mão e ela a aperta.

- Deus a abençoe Lina - estica seus braços me chamando para um abraço e eu educadamente a retribuo. Minha mãe se aproxima e eu rapidamente me desvencilho dos braços da minha tia.

- Por favor, sentem-se. Preparei um menu incrível para essa noite - concluiu Vivian.

Me sento ao lado de Camila, minha mãe e sua irmã do outro lado da mesa e Herbert na ponta ficando entre eu e sua esposa. Uma senhora se aproxima com uma bandeja e começa a nos servir, olho pro prato e me assusto com o que vejo.

- Que nojo, eu não vou comer caramujo! - exito, Camila começa rir e minha mãe me olha com reprovação.

- Maria Lina Mancini - bravejou ela entre os dentes.

- Querida, não é caramujo, isso é um caracol e se chama escargot. É uma entrada muito comum na Europa e também é uma delícia, experimente - fala Vivian com a voz trêmula, deixando evidente seu nervosismo com minha declaração.

ERLEBNISSE Onde histórias criam vida. Descubra agora