▪ vierunddreißig

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Estou no colchão que Amanda me cedeu para dormir no chão de seu quarto

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Estou no colchão que Amanda me cedeu para dormir no chão de seu quarto. Inquieta e apreensiva, essa noite não consegui pregar os olhos, tentei por diversas vezes ligar para Herbert, mandei dezenas de mensagem e não obtive sequer uma resposta.

O que será que aconteceu?

A opção dele ter desistido de tudo parece pouco possível para mim, mas ao mesmo tempo sinto como se fosse a mais viável.

Minha mente está confusa e curiosa, esperando qualquer sinal do homem me dizendo que está tudo bem.

Meu coração continua acelerado e as borboletas ainda estão em minha barriga. Me sinto desconfortável, ansiosa. Analisando cada uma das incontáveis possibilidades de ter dado tudo errado, ou do que aconteceu apos eu ter saído as pressas do lugar.

E para isso só tenho uma opção agora, minha mãe.

Ainda são 5h23 da manhã, calculo o tempo que eu levaria para me levantar, me arrumar e me dirigir até minha casa e se eu for rápida consigo encontrá-la antes dela ir ao trabalho.

Não penso duas vezes. Me levanto e coloco minha roupa com agilidade, penteio meu cabelo de qualquer jeito e saio da casa em poucos minutos.

A brisa fria da manhã bate na minha barriga nua, enlaço meus braços em volta da mesma na esperança de amenizar a sensação.

Ando mais devagar do que desejo, o salto alto é um grande vilão para quem está com pressa, mas ainda assim tento manter um ritmo que me faça chegar em casa logo.

Após longos minutos de caminhada avisto minha casa, apresso meus passos e abro a porta encontrando minha mãe já arrumada coando seu café que deduzo estar levemente açucarado, como ela gosta.

- Bom dia mãe - digo caminhando até a mais velha e beijando seu rosto.

- Bom dia filha, como foi a noite? - questiona me devolvendo o beijo.

- Foi ótima - minto sentando-me na mesa de café.

- Não parece. Está com uma cara péssima - diz em um tom sarcástico - Não parece ter dormido nada essa noite, danada.

- Mãe! - chamo sua atenção.

Nós duas rimos e eu observo enquanto ela se serve e se senta a minha frente.

- Você não sabe o que aconteceu ontem..- começa a falar enquanto assopra seu café.

- O que? - pergunto apreensiva.

- A Vivian foi atrás do marido e me levou junto com ela, acredita? - declara com inconformidade na voz - Foi muito constrangedor.

- Me explique isso direito - peço.

- Ela apareceu aqui em casa desesperada, querendo me mostrar que Herbert tinha uma amante. Eu disse que não queria saber, que aquilo era assunto particular deles, mas ela insistiu tanto que eu cedi por cansaso - respira fundo, da um gole curto no líquido escuro presente em sua xícara e prossegue - Eu fui, ela entrou em um táxi e abriu um aplicativo em seu celular. Acredita que rastreou o aparelho do marido? - exclama franzindo o cenho - Quando chegamos ela fez a maior confusão do planeta, ele estava sozinho, mas tinha um copo a mais na mesa. A mulher gritava muito, ele simplesmente abaixou a cabeça totalmente constrangido e eu também fiquei tendo que presenciar tudo aquilo.

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