ERLEBNISSE

▪ vier

Os observo ir embora, suspiro fundo antes de pegar meu celular e ir para o meu quarto. Chego no mesmo fechando a porta atrás de mim, caminho até a cama e me sento nela discando o número de Amanda que com apenas dois toques me atende.

- O que você quer Lina Mancini? - ela deve estar chateada por eu ter praticamente desligado o telefone na sua cara - você desliga o celular na minha cara e tem a coragem de me ligar ainda hoje? - declara em um tom de voz que deixa aparente sua raiva - No momento estou te odiando, então por favor me ligue amanhã.

- Amiga, calma, calma, por favor não desliga - digo rapidamente antes que ela encerre nossa chamada - Vou ser breve. O marido da minha tia é um gato, me viu de lingerie e eu quero dar pra ele! - declaro rápido sem dar muito espaço entre as palavras.

- Lina, pelo amor de Deus. Como você consegue ser tão cachorra? - ouço sua risada do outro lado da linha e começo a rir também - Qual o seu problema? Além dele provavelmente ter o dobro da sua idade ele é marido da sua tia.

- Amanda, pelo amor de Deus digo eu. Tô nem aí pra idade dele, a maior questão é ele ser casado com minha tia, mas ela é tão babaca que eu nem me preocupo. E também não quero destruir o casamento de ninguém, não estou dizendo que quero me casar e ter filhos com ele, eu só o desejo por algumas horas em uma cama.

-Tenha um pouco de juízo, isso é só uma atração boba que logo vai passar. Ele é casado com sua tia e com certeza não vai dar bola pra uma pirralha foguenta como você - pela primeira vez no dia começo a questionar se ele realmente olharia para mim com luxúria novamente, afinal ele tem aproximadamente o dobro da minha idade e deve ser acostumado com mulheres mais maduras e experientes - pensa comigo amiga, não vale a pena se arriscar tanto por algumas horas de prazer ao lado dele, isso você pode ter com qualquer outro homem solteiro.

- Mas eu quero ele - ouço seu suspiro de reprovação - eu vou tentar Amanda, se ele me disser que não me quer eu esqueço isso de uma vez e nunca mais me aproximo.

- Por mais que as vezes você pareça ser uma menina mimada de quinze anos você já é uma mulher adulta de dezenove, se você quer fazer isso, vá em frente. Não adianta me falar que o deseja e que não vai destruir o casamento de ninguém, não vem se vitimizar pra mim que não vou te dar o meu aval pra você fazer merda - as vezes me arrependo de ter uma amiga tão sincera - você está sendo egoísta Lina, meu irmão até que vai porque ele tem apenas um namorico de faculdade, já esse cara é casado a muitos anos com sua tia, imagina o impacto que isso pode ter sob a sua família se você quiser seguir com esse joguinho de sedução pra inflar seu ego pegando o marido da sua tia e isso vier a tona? - eu não digo nada, apenas me atento a suas palavras - vai lá e faz, só tenho peito para lidar com as consequências disso depois.

- Acho que vai dar certo de eu ir aí hoje, coloque as cervejas pra gelar - mudo de assunto na esperança de que ela se acalme, acho que quando eu chegar em sua casa e explicar tudo exatamente como aconteceu ela vai me entender - e quanto ao que conversamos agora eu vou te explicar pessoalmente e você vai ver que nem é de todo mal assim, fica calma amiga. Eu te amo muitão.