Trilogia Europeus
1° ERLEBNISSE
2° SFOGARSI
3° INEFABLE
Nascida e criada no interior de Minas Gerais Lina tornou-se uma jovem determinada e corajosa.
Com a volta inesperada de sua tia para o Brasil ela encontra-se extremamente atraída pelo marido d...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Passei os últimos minutos tentando manter a calma e rezando para que Vivian não tenha visto sua sobrinha saindo daqui. Isso não seria nada bom e eu não consigo pensar em nenhuma explicação plausível para dar a ela.
Pego o telefone em minha mesa e disco para minha secretária.
- Valéria, venha em minha sala agora por favor - desligo antes de ouvir sua resposta e em poucos minutos depois ela adentra no ambiente.
- Você não viu ninguém entrar aqui hoje, está bem? - insinuo dirigindo meu olhar a mulher em pé na minha frente.
- Alguém entrou aqui senhor? Eu não vi - responde e eu sorrio para ela.
- Muito bem, era só isso. Pode voltar para sua mesa - volto minha atenção para os papéis presentes em minha mesa e ela sai do espaço.
Nesse extamo momento minha esposa entra na sala sem qualquer cerimônia, me ajusto na cadeira e inclino meu olhar para Vivian.
- Love, estou com uma dificuldade enorme de escolher a cor do meu carro novo. Preciso que vá na concessionária comigo e me ajude - diz se sentando na cadeira em que Lina estava sentada a poucos minutos atrás.
- Estou trabalhando, não posso largar tudo para te ajudar a escolher a cor do seu carro - indago massageando minhas têmporas.
- Você é dono desse lugar, pode sair a hora que bem entender - exclama impaciente cruzando as pernas.
- Exatamente, sou o dono e por isso preciso trabalhar. Se você está comprando um carro novo é graças ao meu esforço aqui dentro, então por favor saia que preciso me concentrar - faço menção a voltar a olhar os papéis na minhas mesa.
- Até quando vai continuar me tratando assim Herbert?
- Só não estou com tempo para suas futilidades - finjo ler alguma coisa nos ofícios e não olho para ela.
- Eu não admito que continue me tratando assim - esbraveja - eu sou sua esposa!
- Você acha mesmo que aqui é lugar para discutir nosso relacionamento? - retruco entre dentes voltando meu olhar a ela.
- E onde vamos conversar se você chega em casa e se enfia naquele quarto de hóspedes?
- Eu prometo conversar com você quando chegar em casa. Agora por favor, vá escolher seu carro e me deixe trabalhar - imploro e ela finalmente se levanta.
- Está bem. Te espero em casa - diz antes de virar as costas e sair da sala.
Esta cada dia mais complicada nossa convivência, as últimas atitudes dela me deixaram extremamente decepcionado, ela não é mais a mulher que conheci e isso já faz muito tempo, mas depois que viemos morar no Brasil as coisas pareceram ter piorado ainda mais. Seu narcisismo triplicou, ela destila ódio por onde passa e eu definitivamente não a reconheço mais.