▪ fünfundzwanzig

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Sentada na mesa presente na cozinha tomo um suco de laranja que acabei de fazer

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Sentada na mesa presente na cozinha tomo um suco de laranja que acabei de fazer. Os olhos inchados e o nariz vermelho entregam que tive uma noite chorosa e mal dormida.

Ouço a porta abrir e me levanto esperando ser minha mãe, e então a encontro completamente bêbada sendo segurada por Herbert.

- Eu disse que viria andando - declara ela com a voz totalmente embargada por conta do álcool - não precisava me trazer cunhadinho - e então começa a rir sozinha pisando em falso - ah, oi filha.

- Eu vou coloca-la na cama - afirma o homem - Camila deu um banho nela, tentamos fazer com que ela ficasse lá em casa, mas ela insistiu em vir.

E então segurando-a firmemente ele segue com minha mãe até o quarto dela, eu nada digo, apenas acompanho os dois com os olhos.

Estou vestindo apenas uma camisa grande masculina que cobre a pequena calcinha que estou por baixo, meu cabelo esta desgranhado preso em um coque alto. Estou terrível.

Após poucos minutos o homem retorna a sala, para em minha frente e percebo que ele ainda está com a roupa de ontem, apenas sem o blazer e com alguns botões de sua camisa social abertos.

- Obrigada por ter a trazido - agradeço sem esboçar nenhuma reação - eu vou me deitar agora, portanto pode ir embora.

Viro as costas para caminhar até meu quarto, mas antes que eu consiga me mover sinto o corpo de Herbert se colar no meu por trás em um abraço apertado. Seus braços envolvem minha cintura e eu arfo com nosso contato.

- Não faz isso - ouço sua voz rouca em meu ouvido, fecho meus olhos sentindo todo meu corpo se arrepiar - Não se afaste de mim.

- Aqui não é lugar para conversarmos sobre isso - digo tentando me desvecilhar de seus braços, mas ele me prende ainda mais.

O europeu começa a espalhar beijos em minha nuca, tombo minha cabeça para o lado dando mais espaço a ele, seu aperto em mim fica mais frouxo e eu então me viro ficando frente a frente com o homem.

- Vamos para o apartamento hoje, precisamos conversar sobre isso tudo - declara enconstando sua testa na minha.

- Eu não sei se quero ir.

- Por favor - implora afastando nossos rostos e olha para mim.

- Hoje é domingo tio. Dia de ficar com a família - indago sarcasticamente.

- Hoje eu quero ficar com você - exclama calmamente - às 17h00 nos encontramos lá, está bem?

- Sim - balbucio somente.

- Preciso ir. Nem sequer dormi essa noite, as pessoas só foram embora agora pela manhã.

Não respondo, ele aproxima nossos lábios me dando um selinho em despedida e enfim vira-se e sai da casa.

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