ERLEBNISSE

▪ vierundvierzig

Apesar do pequeno espaço estar devidamente refrigerado, sinto muito calor. O nervosismo faz com que o ambiente ao meu redor fique abafado e cheio de angústia.

Estou a aproximadamente vinte minutos dentro de um táxi esperando o momento em que Camila vai entrar pela porta do restaurante escolhido por mim e Amanda como o local no qual eu a abordaria.

Passamos os últimos dois dias planejando como isso aconteceria. Eu quis que fosse o mais breve possível, quero ter a oportunidade de expor os fatos psra minha prima o quanto antes. Eu só não contava com o nervosismo, perdi a conta de quantas vezes considerei desistir de tudo agora e voltar atrás.

Nesse momento vejo minha prima se aproximando do estabelecimento mexendo em seu celular desperça como sempre é. Seu cabelo está mais curto, a franja atrás das orelhas e o andar calmo e devagar.

Eu e Amanda a conhecemos bem e sabemos que ela jamais criaria algum tipo de situação constrangedora em público, principalmente em um local como o restaurante escolhido.

Camila desde criança é muito discreta e empatica. Eu realmente não sei se essas características serão relevantes quando ela ver eu me aproximando da mesa no lugar de sua namorada, mas eu realmente espero que sim.

Pago o motorista um pouco a mais do que o combinado considerando o tempo que ele se dispôs a esperar comigo dentro do automóvel. Desço do carro e sinto minhas pernas falharem assim que meus pés se firmam no chão.

Tento manter o equilíbrio e me recuso a desistir dos meus planos para essa noite. Sigo em passos largos e logo estou do outro lado da rua em frente ao restaurante, paro por alguns segundos da porta do mesmo afim de recuperar minha coragem, sem pensar muito entro no lugar e avisto Camila ainda intertida em seu celular em uma mesa localizada no canto direito.

Caminho até ela que até então não notou minha presença. Quando estou a poucos passos de me sentar a mesa Camila finalmente ergue seu olhar a mim.

Estremesso, logo me sento a sua frente ignorando sua expressão de descontentamento. Coloco as alças de minha bolsa no encosto da cadeira atrás de mim e realinho minha postura em seguida.

Nos primeiros segundos eu não consigo proferir nenhuma palavra o constrangimento toma conta de todo meu corpo. Minhas mãos tremem, há um forte formigamento em minha barriga e minha cabeça está baixa.

- Eu preciso muito conversar com você - digo com a voz baixa colocando meu olhar a morena a minha frente.

- Eu não quero te ouvir - indaga rispidamete - Vou embora - Ela faz menção a se levantar, mas antes que conclua a ação uma visão de algo atrás de mim a faz se sentar novamente.

Institvamente viro meu pescoço com curiosidade, meu corpo estremesse quando vejo a inconfundível presença de minha mãe enquanto ela se aproxima. Todos conseguem notar sua forte personalidade enquanto ela caminha em nossa direção.