▪ fünf

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Ouço o alarme no celular, pego-o do criado mudo e cesso o barulho

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Ouço o alarme no celular, pego-o do criado mudo e cesso o barulho. Olho para o lado da cama e minha mulher não está nela, ouço o barulho do chuveiro e deduzo que ela está no banho.

Por mais que eu tentasse essa noite foi impossível de dormir, aquela menina insiste em ficar em meus pensamentos sendo a maioria deles um tanto quanto impuros.

Ela tem idade pra ser minha filha, será que ela não percebe o quão errado isso é? Para Lina isso é um maldito jogo de sedução, mas para mim não, sou um homem experiente e casado. Meu relacionamento não está no seu melhor momento, brigas e intrigas são constantes, talvez a convivência tenha deixado tudo mais difícil, mas mesmo assim amo minha esposa, ela me deu o que eu mais queria na vida, uma filha, e por mais que Camila não seja minha filha de sangue eu a amo como se fosse.

Quando conheci Vivian expus para ela meu desejo de ser pai, no início ela disse gostar da idéia, mas com o passar do tempo ela começou a dizer que já tinha Camila, estava com seus trinta e poucos e não tinha mais toda a disposição necessária para a chegada de um bebê. No início foi difícil eu aceitar, não contestei sua decisão pois a decisão de entrar numa gravidez é dela, mas confesso que fiquei bastante triste com sua escolha, porém quando Camila chegou para morar conosco construímos uma relação de pai e filha e por mais que a vontade de ter um bebê esteja ainda reprimida em mim, ela ocupa uma grande parte do meu coração.

Vejo minha esposa saindo do banheiro do nosso quarto com uma toalha enrolada ao corpo, ela vem até mim e me da um rápido selinho.

- Bom dia, love.

- Bom dia, dormiu bem? - pergunto enquanto a vejo ir em direção ao closet.

- Se não fosse pelos mosquitos desse lugar dormiria melhor. Levantei cedo porque tenho que ir ao shopping e em seguida no supermercado, precisamos abastecer essa casa - grita do closet, me sento na cama, alongo meus braços sob minha cabeça espreguiçando-me.

- Então não se esqueça de comprar o repelente - me levanto, caminho até a porta do pequeno cômodo onde ela se encontra - vou tomar um banho, preciso ir a padaria comprar algumas coisas para tomarmos café.

- Ok love - é apenas o que ela diz.

Me direciono ao banheiro, adentro o mesmo começo a me despir, abro o chuveiro e sinto o a água quente cair sob mim. Começo a me lembrar da noite passada, a boca molhada beijando meu pescoço, como será o gosto dela? Aquela minúscula camisola branca que caiu perfeitamente naquele corpo delicioso. Imediatamente sinto meu mebro se enrigecer, desço minha mão até ele e começo a fazer leves movimentos para cima e para baixo.

- Droga, onde estou com a cabeça? - sussuro para mim mesmo e paro o que eu estava fazendo, eu não posso fazer isso, mas se eu não fizer isso vou elouquecer, eu preciso.

Começo a travar uma briga interna comigo mesmo. O que essa garota está fazendo com a minha sanidade?

Volto a fechar os olhos e me lembro de como seu corpo ficou lindo embaixo daquela lingerie florida, minha mão envolve meu pau novamente, o sinto pulsar com o meu toque enquanto penso nela. A imagino tirando aquela lingerie minúscula enquanto dança pra mim, ela balança seu corpo sensualmente enquanto vai tirando com delicadeza e sem pressa as duas pequenas peças que me separam de vê-la totalmente nua, totalmente minha. Porra.

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